Mundo de ficçãoIniciar sessão
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V. Você pode se vingar e eu não?
O ponto de vista de Oliver WildeEstou prestes a sair do quarto do hospital quando sinto um gemido doloroso atrás de mim e me viro para encontrar Grace acordando do sedativo e da medicação para dor que lhe foi dada.- Oliver? - ela diz e vejo seus olhos mudarem de choque para pânico.Se ela está fingindo, é bom demais para ela, mas ela é especialista nisso.- Sim, sou eu, Grace- respondo, olhando para ela.- Oli... Oliver... Como?- É isso que eu gostaria de saber, Grace, como, entre tantos países, tantas ruas e tantos carros, você caiu bem na frente do meu- digo com óbvio sarcasmo.- Eu não... não foi de propósito... eu só... eu estava fugindo de um assaltante e atravessei sem olhar... eu nunca procuraria por você depois....- Depois que você me drogou para fazer o seu show de morte para o seu aluno psicopata pervertido - ele completou sua óbvia gagueira nervosa- Não estou aqui para lhe pedir explicações, porque certamente não quero ouvir suas mentiras. Ninguém me obrigou a fazer o
VI. Sr. Brown
O ponto de vista de Megan WilsonEu me olho no espelho e acho que estou bem bonita.Estou nessa cidade pequena, mas muito aconchegante, há mais de um mês.No início, morei com a simpática família de Ronald, mas depois consegui um aluguel barato, dividindo o apartamento com Monica, uma enfermeira do hospital local e minha nova amiga, um pouco louca, mas muito simpática.No momento, estou a caminho de uma entrevista de emprego.Já fiz alguns projetos comissionados, mas preciso de um emprego estável, só que quando você diz que está grávida, eles olham para você como se você tivesse a peste e nunca a contratam.Essa é a dura realidade, e a única coisa que me resta é continuar trabalhando duro, porque tenho que criar meu bebê de qualquer maneira que puder.Caminhando em direção à empresa onde será realizada a entrevista, passo por um canteiro de obras e fico olhando para ele com curiosidade.- Essa viga não vai aguentar- digo, observando o desastre de projeto que estão fazendo, pensando qu
VII. A sorte que os outros desprezam
O ponto de vista de Steve BrownJá faz algum tempo que estou na varanda bebendo minha cerveja e perdido em pensamentos, ou melhor, tenho que admitir que estou preocupado.Megan não tem se sentido bem ultimamente e hoje ela teve uma consulta com o ginecologista.Liguei para ela mais tarde para saber os resultados e ela disse que precisava fazer alguns exames, mas, pelo som de sua voz, não fiquei convencido.Tive vontade de ir vê-la, mas não queria ser muito intenso nem fazer com que ela se sentisse incomodada por mim.Megan é uma mulher incrível.Estamos trabalhando juntos há mais de três meses e sua maneira de ser, embora um pouco letal às vezes, porque ela é meio divertida, mais do que qualquer outra coisa, faz o meu dia.Ela é espirituosa e engraçada, faz muito tempo que não tenho esse interesse em uma mulher e devo confessar que não me sinto atraído apenas por sua personalidade alegre.Desde que minha esposa morreu, nunca mais me senti assim. Fiquei surpreso ao descobrir esses sen
VIII. Olá novamente, meu caro CEO
O ponto de vista de Oliver Wilde- De quem é este projeto? - pergunto à minha assistente, segurando uma pasta de desenhos em minha mão.- Presidente, esse esboço foi apresentado pela concorrente...- ela me diz enquanto procura as informações em seu tablet, mas não preciso delas, sei muito bem quem o desenhou, foi Grace quem o fez, eu reconheceria seu estilo de pintura em qualquer lugar.De fato, ela me lê o nome dela.- Os juízes do concurso de talentos a escolheram como o prêmio vencedor e tudo o que é necessário é a sua aprovação- ela confirma.Abaixo minha cabeça e olho para o desenho do mar e das gaivotas.É uma reprodução de um desenho que ela fez para mim, quando eu era o aluno apaixonado que a idolatrava e ela era minha professora perfeita e inatingível.É sua mensagem direta, para me dizer que ela não se esqueceu dos velhos tempos.Durante esses meses, desde o início, eu me deparava com lancheiras que chegavam a tempo para o almoço ou jantar, se eu ficasse até tarde.Isso nunc
IX. Oliver Wilde é o pai da minha filha
O ponto de vista de Oliver WildeViajei até esta cidade para me encontrar com o magnata transnacional Brown.Ele é um empresário que admiro muito e é por isso que fui pessoalmente fechar esse importante negócio com sua empresa.Finalmente nos encontramos na festa e devo admitir que gostei muito dele. Era um homem formal, direto e sem rodeios.Só me intrigava o fato de ele parecer distraído às vezes, como se estivesse procurando alguém, embora no final ele tenha deixado claro para mim que estava procurando sua companheira, talvez uma amante, uma namorada, não sei, nem me importava, porque ele estava aqui a negócios, não para socializar.Mas todos os meus pensamentos foram completamente interrompidos quando finalmente encontramos sua companheira e ele se virou para nos cumprimentar.- Megan? - perguntei incrédulo, nunca imaginei que encontraria a mulher que ocupou meus pensamentos a maior parte do dia neste lugar.- Vocês dois se conhecem? - ouvi o Sr. Brown dizer ao meu lado.- Querid
X. Sou um homem pequeno demais para você?
Ponto de vista de Oliver WildeNo final, não consegui resistir.Eu os observei quando saíram da festa e os segui como um perseguidor.Escondi-me em um canto do corredor e os vi entrar em um quarto como um masoquista.Acho que agora eles vão dormir abraçados ou talvez fazer outras coisas, como ela fez comigo naquele cruzeiro.Eu me sinto tão patético, agarrado a uma mulher por causa de um caso de uma noite.Achei que tinha amadurecido o suficiente, mas ainda sou o garoto que Grace traiu, só que agora estou atrás de outra mulher impossível, com um marido e um bebê a caminho.Cheguei ao fundo do poço, mas continuaria afundando, porque quando estava prestes a deixar de ser um perseguidor, vi o Sr. Brown saindo e entrando em outro quarto, não muito longe no corredor.Eles estavam dormindo separadamente?Parece que havia problemas no paraíso, então vou tirar proveito disso, porque não aguento mais essa incerteza sufocante.Bati em sua porta e, assim que ele a abriu, não lhe dei tempo para r
XI. Preciso saber a verdade
O ponto de vista de MeganImediatamente protejo meu estômago com medo de cair, mas braços fortes e quentes me pegam.- Megan, você está se sentindo mal? - Sinto a voz preocupada de Oliver atrás de mim - Sua barriga está doendo, há algo errado com o bebê, vamos ao médico, rápido!- Estou bem, Oliver, estou bem- sussurro, mas ainda há escuridão diante de meus olhos.Ele me carrega no estilo princesa e se senta no sofá, comigo em cima dele.Ele acaricia minhas costas gentilmente e eu me sinto vulnerável demais, então encosto minha cabeça em seu peito largo, só por um momento, só por um momento, só por um momento vou deixar de ser forte.Sinto que ele me puxa para seus braços e beija minha testa, enquanto continua a me dizer que está tudo bem.Há um nó em minha garganta e quero chorar, por que tudo tinha que ser tão complicado, por que ....- Megan, você está tão pálida, vamos ao médico ou você quer que eu ligue para o Steve? - ele me pergunta em um tom baixo que eu não sei como definir.
XII. Minha nova família
O ponto de vista de Megan Wilson- Como você pôde pensar em tal absurdo? É claro que a resposta é absolutamente NÃO! - Meu médico me diz com muita raiva, quando faço a pergunta sobre a doação de sangue - Quem recomendou que você fizesse isso? Diga-me para mandar aquele burro repetir os estudos de medicina!Penso em um certo burro que divide o mesmo andar que eu e que, graças aos céus, não me acompanhou e continuou com suas chamadas de emergência, senão a bronca seria pior.Explico ao meu médico chateado que a ideia foi minha, que eu só conhecia um paciente grave que tinha o mesmo tipo sanguíneo raro que eu e estava prestes a continuar seu discurso, quando batem na porta e vejo o inocente Steve entrar."Fuja, Steve, enquanto você ainda pode!" Tento dizer a ele com meus olhos, mas é tarde demais.O médico o manda entrar e toda a agitação que era para mim é ocupada pelo meu pobre chefe.Olho para ele, meio divertido, com as costas mais retas do que uma régua, sentado como um bom aluno re
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