Paramos no estacionamento do shopping e após tomar uma surra do cinto da cadeirinha e Bianca rir sem controle da minha cara, começamos o nosso passeio. Percebi que conforme andávamos, ela apertava a minha mão todas as vezes em que se aproximava de um número grande de adultos. Eu passava a mão ao redor do ombro dela, garantindo que tudo acabaria bem e ela relaxava visivelmente. Estávamos somente andando, vendo as lojas e procurando o que poderíamos fazer de divertido, quando Bianca puxou a minha mão, dando uns solavancos fracos.
— O que foi? — perguntei parando de andar.
— Quero sentar tio, meu pé doí. – Seu rosto franzido com a dor e a mão livre apontando para os pés.
— Ah, meu Deus! – Nem ao me
A beleza da vida está nos amores incondicionais, nos desafios ultrapassados, nas conquistas alcançadas e nas que ainda estão por vir.Francesca Moraes&nbs
Descemos, Gustavo e Heloísa já nos esperavam com o portão aberto. Após o momento “abraços” seguimos em direção ao prédio da minha pequena, ela estava parada na porta, olhando com atenção, como se estivesse ansiosa me esperando e assim que me viu, correu em minha direção me dando tempo para abaixar e pegá-la em meio a corrida. Bianca me abraçou apertado e gritava em meu ouvido.— Você veio! Você veio!— Eu disse que hoje viria te buscar. Está pronta?— Sim, sim. — Ela segurou o meu rosto entre suas mãozinhas. — Tenho mesmo um quarto só meu? — perguntou curiosa.— Todinho para você.<
Compreensão nunca vou te negar, nem vais te faltar o meu perdão,Esta é a minha forma de te amar, sempre tão pura e sem condição.Dennys TávoraA chegada não poderia ter sido mais linda. Assim que entramos, os olhos de Bianca se encheram de luz diante da festa de boas-vindas, sorria e batia palmas pulando no meio da sala.— É uma festa só para mim? — perguntou aos gritos.— É, amigo... — Gustavo falava ao meu ouvido. — Prepare o bolso para as multas — riu,
Afastou-se sem nada dizer, sabia qual era o pedido, por dois anos sempre foi o mesmo, não teria o porquê mudar agora. Voltou em seguida com duas taças de flocos com cobertura de caramelo. Não consegui tomar o sorvete, fiquei parado olhando para minha filha, admirando cada traço de seu rosto e descobri que mesmo após tanto tempo, não sabia pentear os cabelos dela, ainda vivia descabelada.— Precisamos cortar seu cabelo. — Acabei pensando em voz alta.— Não gosto — respondeu, passando a mão lambuzada no rosto.— Mas está muito descabelada. – Foquei em seu cabelo rebelde para tirar meus pensamentos do peso que aquele momento me trazia.— Faz trança. – Deu d
Se você fosse uma música, seria as melhores notas.O Amor Não Tira Férias Passei a m
Cabelos pretos que na luz certa tinham um brilho azulado, baixa e tão delicada que ficava impossível imaginá-la desafiando alguém em um tribunal, por exemplo. Em um determinado momento da noite esqueceu dos adultos na sala e sentou-se no chão de frente para Bianca, ajudando-a a montar uma casinha com peças que não tinham fim. Sabe aqueles brinquedos que você compra, mas assim que chega em casa se arrepende amargamente? Bianca adora uma coleção desses brinquedos que pareciam não ter mais fim. Casinhas perfeitas, com detalhes que me espantavam todas as vezes em que abria uma nova embalagem. Seus moradores, minúsculos bichinhos, habitavam em família. Enfim, era um grande, imenso e infinito brinquedo.Amanda estava tão empolgada com a brincadeira que deitou-se no chão para conseguir arrumar um pequeno quarto
Trame, planeje, calcule, postule, o quanto quiser. Sempre existirão surpresas à sua frente. Conte com isso!Henry MillerBianca estava encantada com Amanda, que atrasou sua ida para a fazenda, pois estava decidida a passar seu tempo com minha filha, as duas passavam a maior parte do tempo juntas e quando nem Heloísa e nem a minha mãe podiam estar com elas, Amanda me ligava implorando para deixar a pequena só com ela. O que neguei algumas vezes, mas confesso que cedi em outras. O dia foi corrido demais no hospital, não parei um momento sequer, nem mesmo para almoçar. Estava esgotado, física e mentalmente. Passei na escola para buscar minha filha, queria somente pedir algo para comermos, dar banho e colocar a pequena para dormir e,
— Não, isso machuca a criança, não mexe assim!Já eram quase duas da madrugada quando Bianca gritou tão alto que tirou todo o ar dos nossos pulmões, corremos para o quarto, entrei rapidamente tomando a pequena nos braços e a apertando contra meu peito. Amanda sentou-se ao nosso lado, acariciando os cabelos dela, enquanto dizia palavras sussurradas.— Já passou princesa, já passou. Estamos aqui, você não está sozinha.Sentia o corpo pequeno e delicado da minha filha tremendo em meus braços, movendo-se nos soluços do choro alto. Nesses momentos, toda a passividade sumia de dentro de mim, queria poder pegar e matar com as próprias mãos o monstro que a machucou. Embalei seu corpo, tentando passar to