Ela veio.Quando olhei pela janela e vi aquele táxi e Shayla descer, meu coração bateu de emoção. Eu não posso mentir; eu estava preocupado que ela não aparecesse. Eram dez para as duas, e ela não tinha chegado. Eu tinha perdido toda a esperança até ver aquele táxi. Agora ela está aqui sentada à minha frente, aninhada no assento de couro, lendo um livro. Decolamos há quatro horas, e Dubai está a oito horas de Londres. Continuo espreitando-a sorrateiramente sobre meu ‘laptop’ em cima da mesa. Ou ela está muito absorvida no que está lendo ou é boa em fingir que está concentrada. Eu me inclino para trás no meu assento, mordo meu lábio e olho pela janela, observando o céu azul claro e as nuvens lá embaixo.Eu deixei minha mente divagar até a última vez que eu e ela estivemos neste jato voando para Nice. Eu daria tudo para voltar naquele dia e reviver toda aquela fuga com ela. Fiz algo um pouco insensato e não sei se conto ou como eu conto a ela sobre isso, sem estragar toda nossa viagem. O
"Sim”, ela responde, excitada, e eu pisco para ela. Eu ainda nem terminei a porra da pergunta. Eu balanço minha cabeça e coloco o anel de diamante em seu dedo, ela chora e chega perto de mim, pressionando seus lábios nos meus. Eu a beijo de volta por uns segundos, e ela envolve seus braços em torno do meu pescoço, me abraçando. Eu envolvo meus braços em sua cintura e fixo um olhar apático na parede à frente. Acabei de ficar noivo?"Sr. Hoult?" Eu pisco e olho para a comissária de bordo que estava segurando a comida. Eu a pego, e sorrio, agradecendo. Olho para Shayla que balança a cabeça quando ela oferece a comida. "Você pode deixar aqui, ela vai comer", eu lhe digo, e Shayla olha para mim com cara feia."Eu não estou com fome", ela diz e olha para seu livro novamente. Eu suspiro e fecho meu ‘laptop’ antes de me inclinar e tirar o livro de suas mãos. "Ei!""Você vai comer e ponto final", eu falo com firmeza, e ela levanta e me olha fixamente, estreitando ligeiramente os olhos."Eu não
"Regras?" Ela pergunta, e eu aceno, me encostando novamente, e ela faz o mesmo, ouvindo atentamente."Sim, as demonstrações públicas de afeto são proibidas quando você está em locais públicos. Se você é casada, você pode sair de mãos dadas, mas é só isso. Duas pessoas que não são casadas não podem se tocar em público ou compartilhar um quarto de hotel. Se você for pega quebrando as regras, você é presa, e pode pegar até um ano de prisão". Explico, e os olhos de Shayla se arregalaram."Um ano? Isso é um pouco extremo", ela murmura, abanando a cabeça. "É péssimo para aqueles que vivem como um casal, mas não são casados, imagine terem que ficar em quartos separados durante as férias", ela sorri.Sorrio acenando: "Dubai não é tão ruim quanto Abu Dhabi; é mais descontraído; eles não se importam desde que você não esteja fazendo sexo em público. Você pode fazer o que quiser na privacidade do seu quarto de hotel", eu explico, e Shayla acena com a cabeça, mordendo seu lábio inferior, com um so
Ah, o que estou fazendo?É em momentos como esse, que eu realmente questiono minha integridade quando estou perto desse cara. Eu faço coisas que normalmente nunca faria, e isso está totalmente fora do meu controle. Meu corpo age por conta própria, e mesmo que minha cabeça esteja gritando para eu parar, algo dentro de mim não ouve a razão. Como neste momento, eu deveria me afastar, até chegar tão perto dele é errado, é tão imoral porque ele agora pertence a outra pessoa. Não que ele tenha sido meu, para começar, mas pelo menos ele era solteiro, e o que quer que tivéssemos feito, não estávamos machucando ninguém. Eu só queria poder encontrar uma maneira de resistir a ele, mas é tão difícil porque não parece errado, parece tão certo, estar tão perto dele, parece que é a coisa mais natural do mundo.Deus, por favor, me ajude a encontrar forças para pôr um fim a isso, antes que eu faça algo estúpido e o deixe me beijar."Merda, Shay, se você não se afastar agora mesmo, eu vou beijá-la", eu
"Você pode ficar com a cama carrossel. Eu o conheço. Você vai acordar cedo e girar a cama pra eu acordar". Eu digo, andando até a janela, e ouço Cole rir atrás de mim."Você me conhece muito bem, querida". Ele fala, caminhando para ficar ao meu lado. "Que vista, hein?"Eu aceno olhando para a vista do oceano e da ilha das palmeiras. "É lindo. Mal posso esperar para vê-la pela manhã. Posso ficar olhando para aquela vista o dia todo e não me cansar dela", suspiro, e Cole acena olhando para mim."Eu conheço esse sentimento". Eu me viro e olho para ele. Sinto meu rosto esquentar sob seu olhar e desvio o olhar antes que ele me provoque novamente."Você está cansado?" eu pergunto, e ele balança a cabeça."De jeito nenhum. Você quer sair um pouco?" Ele sugere, e eu aceno, sorrindo para ele. Cole sorri de volta e acena também. "Está bem, por que não nos trocamos e vamos explorar um pouco? Tem um lugar que eu quero te levar"."Claro, está bem." Eu vou até o segundo quarto, coloco minha mala na
"É uma visita particular, então somos só nós", Cole diz enquanto me leva para cima. Eu aceno e vejo uma mesa para dois no convés superior. "Espero que você esteja com fome".“Eu estou morrendo de fome". Eu sorrio e me sento quando ele puxa a cadeira para mim. "Obrigada". Eu olho em volta do barco. Foi tão bonito e romântico. O barco começa a sair da marina, enquanto esperamos pela comida, bebemos vinho, e ouço Cole falar sobre os prédios enquanto passamos por eles. Eu adoro como ele é apaixonado por seu trabalho. Sinceramente, é tão cativante.Cole para de falar quando percebe que eu o estou observando: "Agora quem está olhando como um cachorrinho que quer ser acariciado? Eu sorrio e encolho os ombros."Eu adoro ouvir você falar sobre arquitetura. Você fala tão apaixonadamente sobre isso que você não consegue evitar se sentir absorvido". Eu digo com sinceridade, e ele sorri calorosamente para mim e coloca minha mão na sua, seu polegar esfregando os nós dos meus dedos."É muito bom
Nada me dói mais do que ver uma lágrima cair dos olhos dessa garota linda. Cada lágrima é como uma faca enfiada no meu coração. Quando eu me afasto e olho para seus olhos que ainda estão encharcados, por um breve minuto, é como uma cortina que cai e ela me permite ver sua alma. Eu vi tanta tristeza e algo dentro do meu peito doía, de tal forma que perdi o fôlego. Sinto as lágrimas queimando a parte de trás das pálpebras. Eu sou um idiota. Como eu não pude ver isso?Eu estou apaixonado por ela.Eu fecho os olhos e coloco a cabeça dela sobre meu peito, e continuamos a balançar lentamente juntos. Eu envolvo meus braços em torno dela com firmeza, e a sinto relaxar. “Shayla...”, eu sussurro em seu ouvido e fecho os olhos. “Eu acho que estou apaixonado por você”, eu confesso.Shayla fica imóvel e lentamente tira a cabeça do meu peito e olha para mim. "O quê?" Ela sussurra, seu lábio inferior tremendo um pouco, seus olhos se enchendo de lágrimas novamente."Estou apaixonado por você", eu
"Adoro que você seja minha querida". Eu falo e paro de andar. Puxo-a pra perto, envolvo meus braços em torno de sua cintura e me inclino beijando-a profundamente. Shayla geme, subindo nas pontas dos pés para me alcançar melhor, seus braços giram em torno do meu pescoço e ela me beija ardentemente. Ela coloca uma mão atrás da cabeça e com a outra afasta os cabelos do rosto enquanto continuamos a beijar. Nós sentamos na areia, Shayla fica entre minhas pernas, meus braços ao redor dela, fico dando beijinhos suaves e amorosos em seu rosto. Ela está sorrindo; seus olhos fechados enquanto seus dedos brincam com os meus. "Queria ter percebido antes o que sentia por você ", admito pressionando meus lábios em sua testa. "O que eu sinto é algo tão novo para mim, Shayla", acrescento e ela abre os olhos e me olha."Você disse já se apaixonou antes". Ela diz, os olhos dela procurando os meus. Eu abano a cabeça e afasto uma mecha de cabelo do seu rosto."Isso é diferente". Eu expresso, olhando nos o