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Capítulo 19 – Carol: Criando novos laços

Depois da dança, estamos agora conversando animados, bem descontraídos, parece que nem existiu a tensão que os meninos nos fez no começo dessa noite, apesar deles ainda estarem claramente irritados com o Eros na nossa mesa.

Michele já virou da família, não sai mais da nossa mesa, percebo que de vez ou outra ela e a Weenny estão olhando na mesa do Eros, que aparentemente também está animada.

Eros como um cavalheiro nato que é, pede bebida para todos nós. Quando íamos erguer um brinde para Weenny e ele quando surgem duas pessoas novas na nossa mesa.

 De repente essas duas pessoas novas começam a falar com a Weenny e Eros, eles estão tendo uma breve conversa e vejo a Weenny concordando. Pelo que breve entendi que as duas pessoas que se aproximaram da nossa mesa são avaliadoras de um curso, e que a dança da Weenny foi uma avaliação que faltava para poderem concluírem o curso, que eles tinham passado com a nota mais alta, as avaliadoras estavam impressionada com a técnica de dança, destreza, sensualidade e conexão entre eles.

To vendo que vai sair coisa boa daí, as coisas estão acontecendo tão rápido que estou só observando, sem muito pra dizer de tão sem palavras que estou.

Elas estão dançando de uma forma espetacular, de cair o queixo. Decidi não prestar atenção nos meninos que estavam criticando como sempre.

— Não aguento mais eles reclamarem sabia. - Mayara cola do meu lado falando.

— Nem eu por isso resolvi fingir que eles nem estão na mesa e apreciar a dança que está maravilhosa, eles de tão negativos sugam qualquer alegria aqui, então faz que nem eu bloqueia e bora ser feliz, por que não saímos de São Paulo, pra chegar nessa boate maravilhosa, com tanto homem bonito pra admirar aqui e ficar de mal humor ou empacadas por conta desses dois. - eu digo pra ela.

— Verdade Carol, bora deixar pra lá, vamos ao bar pegar algo pra beber e ver se tem algo pra comer que estou morrendo de fome.

— Somo duas - digo rindo e vamos em direção ao bar.

Chegamos ao bar, como a May não bebe, ela pede um refrigerante.

— Ah não May, refri não né. - eu protesto antes que ela terminasse o perdido.

— Moço vocês tem algum drink sem álcool?- pergunto para o mixologista.

— Temos o exclusivo lavender fresh, que é feito com o suco de limão, açúcar, flor de ervilha borboleta, essência de lavanda e flores de lavanda secas com uma crosta de açúcar.

— Parece delicioso, pode fazer dois desses para nós por favor?

— É para já senhoritas. – responde o mixologista com um simpático sorriso.

Aproveito a simpatia dele e pergunto se há algo para comer, por que estamos com fome.

Ele então nos diz que sim e escolhemos batatas fritas, agrada a todos, ate os mais frescurentos.

Então decidimos pedir três porções grandes, até por que nossa mesa é grande pacas. E peço para entregar na nossa mesa.

Nosso drink ficou pronto, provei e achei uma delicia.

— Nossa que delicia e refrescante fiquei com medo de ficar com gosto de sabonete por causa de a lavanda ser complicada de dosar. - Digo para ele.

— Sim realmente é complicada mesmo, ainda quando não sai muito esse tipo de drink, só paladares especiais como os de vocês apreciam e conseguem perceber o toque suave da lavanda. Obrigada por pedir esse drink. - disse ele claramente surpreso e atraído.

Nos despedimos por hora dele, em meio a piscadas, que ainda não sei se é pra mim ou pra May, informo que provavelmente volto para pegar mais desse drink.

Estamos chegando à mesa no final da coreografia da batalha entre as meninas e os meninos.

Olho para a mesa do Eros e vejo que estão todos na pista de dança.

Olho chocada pela beleza de cada movimento deles. Como uma apaixonada pela dança, musica e afins, é inevitável eu não olhar a movimentação dos pés ágeis dele, o alinhamento, a ponta perfeita das meninas, foi inevitável não lembrar da minha época de dança, que saudades eu sentia de estar no palco, vestir um figurino pensado e desenhado por meses, ouvir o aplauso do publico e o orgulho dos meus pais na platéia por que sabia que estava ali no palco enfrentando meu maior inimigo, minha timidez.

A coreografia acaba e toda boate esta aplaudindo eles fervorosamente.

As meninas estão saindo e vindo em direção a nossa mesa, estão tão felizes.

Porem os rapazes continuam dançando, confesso que não consigo tirar os olhos do moço de sorriso bonito, estou hipnotizada.

— Eles estão gostosos... Não, eles são gostosos. - Samara dispara.

— Acho que ela quis dizer que eles são incríveis, na verdade todos vocês são. Parabéns. - digo mais que de pressa.

Vivian comemora que um tal de Enzo está dançando com eles dessa vez, não entendi nada mas sigo o fluxo, com certeza é coisa deles.

Fico reparando na dança dos rapazes, estão tão empolgados, felizes, acabo contagiando com esse clima gostoso que se instalou, parece que nem teve a tensão que tivemos no começo dessa noite.

Quando menos percebo a Weenny está de volta à pista de dança, começo a ouvir uma musica que remete ao tango, e vejo a Weenny dançando com todos os rapazes.

Uma dança vibrante, como muitos giros, pegadas, to sentada aqui assistindo de boca aberta e chocada com a sincronia e confiança entre eles.

Realmente essa noite eles estão dominando tudo.

Vejo que Gislaine está falando algo pra Weenny e ela sai em direção aos meninos.

To vendo mais um grande espetáculo começando.

E tenho razão, eles crescem quando ela se junta a eles, e estão fazendo mais uma coreografia de tirar o fôlego, tem um dos rapazes que parece ser mais velho que os outros, tem um sorriso encantador, percebo que é bem querido por todos, e esta sempre fazendo o pessoal rir e por isso chama mais atenção que os outros, vejo que ele está ficando ao lado do Eros junto com o outro rapaz, um de cada lado.

As luzes estão se apagando e focando somente nos quatro, nesse momento não consigo descrever tudo que está acontecendo, to hipnotizada por esse clima de sedução e dança tão latentes no ar.

É impossível não aplaudir de pé essa dança.

Eles terminam a dança e vão direto pra mesa do Eros. Duas mulheres conversam com eles e já estão a caminho da nossa mesa

 Eros senta e posiciona a cadeira pra Weenny sentar praticamente colada nele, e fazem um pedido ao garçom.

 Estamos comemorando e bebendo juntos, realmente essa noite será inesquecível.

Estamos conversando animadamente, quando percebo estou vendo Gislaine e mais duas moças estão vindo em direção da nossa mesa. Estão convidando Weenny pra dançar novamente, e Michele fala que ela está devendo isso a eles.

Weenny sinaliza pra outra mesa e eles se juntam na pista de pista de dança, é realmente essa noite está sendo cheia de surpresas incríveis.

Nunca nas minhas mais vãs imaginações, e olha que elas são bem férteis, consegui mensurar um terço dessa noite, vendo a Weenny feliz com nunca tinha visto, a cada passo que ela da na pista de dança, a cada movimento de mão e quadril vejo que ela está em casa, livre, mais que livre como pássaro, mas livre quando uma alma encontra seu lar. É assim que finalmente estou vendo minha amiga está noite, hoje se tornou mais que uma simples comemoração de aniversário, se tornou um encontro de alma em paz.

Como sempre estou reparando as pessoas no salão, é e dessa vez é a vez de todos os homens do recinto babando nas meninas na pista, ela estão exalando sensualidade em cada gota de suor, até Vitor e Filipe estão totalmente hipnotizados nelas.

Os rapazes da mesa de Eros estão impolvorosos assistindo elas dançarem. Ouço o rapaz de sorriso bonito que achei lindo conversando com Eros, dizendo como a Weenny muda tudo quando está presente, que com ela as meninas ficam desinibidas ao ponto de romperem em sensualidade e ousadia.

A musica das meninas nem acaba direito e já começa outra e vejo os meninos entrando na pista também, e começa a ser formar meio que uma disputa entre meninos e meninas. Vejo Michele dançando com um dos rapazes simulando um duelo, e o rapaz de sorriso bonito, preciso descobrir o nome dele, dança com uma das moças com tantos giros e saltos que começo a me sentir naqueles filmes de dança com competições.

A coreografia acaba num tom divertido com a Weenny empurrando Eros e ele está sendo amparado pelos meninos.

A boate toda vem abaixo em aplausos, assovios, todos de pé, tudo bem que os meninos da nossa mesa não querem dar o braço a torcer e não esboçam nenhuma reação, a não ser cara feia, aproveito e olho para todos da nossa mesa, May esta tão deslumbrada quanto eu, nos olhamos encantada com tudo que estamos presenciando nessa noite mais que mágica, olho pra Samara ela também extasiada, Marilia e Melissa também compartilham do mesmo brilho pela surpresa e empolgação dessa noite.

Weenny está vindo pra nossa mesa, porem os meninos continuam na pista de dança. Está começando mais uma apresentação. Ta to chocada como esse povo tem fôlego gente, juro que só de ver essa disposição todo e esse vigor to exausta.

A dança dos meninos começa, quanta sensualidade, não consigo tirar os olhos um minuto se quer do moço de sorriso bonito, acho que realmente estou encantada por ele, não consigo nem prestar atenção no que eles exatamente estão dançando, só sei que fecho a boca por que percebo que minha garganta começa a arder pelo tempo demais aberta, só faltou escorrer a baba. Os meninos acabam sua coreografia.

Levanto irritada da mesa, não agüento mais essa ladainha do Victor e do Filipe, já falei tudo que tinha pra falar.

— May, vou tomar um ar por que senão vou avançar pra cima deles. Preciso me acalmar. - falo olhando diretamente par Victor que percebe e fica furioso.

— Ta bom, mas se acalma amiga, relaxa. Te espero para pegarmos mais uma bebida ta!?

—Ok. - respondo saindo o mais rápido da mesa estou a ponto de explodir.

Estou quase chegando próximo de um puff no jardim quando sinto alguém puxando meu braço e automaticamente me viro e dou de cara com o Victor furioso.

— Quem você pensa que é pra falar comigo daquela forma hein.

— Prazer sou Ana Carolina e acho melhor você soltar o meu braço está machucando. -com os olhos semi-cerrados olho  para o meu braço e depois para ele.

Parece que o que eu disse causou um efeito contrário ele aperta ainda mais meu braço com ódio no olhar.

— Você é bem estressada e maluca pra falar com quem você não conhece dessa maneira.

Ao dizer isso ele com certeza declarou guerra, foi o fim para mim, estressada tudo bem, mas ninguém nessa face da terra me chama de maluca.

 É como o que acabei do ouvir descarregasse uma carga gigantesca de adrenalina no meu corpo que me faz tirar meu braço das mãos dele e como o mesmo lhe dar um tapa que estrala na alma e me faz gritar.

— NUNCA MAIS OUSE A ME CHAMAR DE MALUCA, VOCÊ ESTÁ OUVINDO, SEU MOLEQUE MIMADO.

Nessa hora escuto.

— Eita mulher brava essa viu.

Quando me viro dou de cara com o moço de sorriso bonito que esta na mesa do Eros, um dos dançarinos.

— Você está sentada na mesa da Weenny não é?- ele pergunta.

— Sim estou sim. - respondo ainda um pouco eufórica.

— Prazer eu sou Claudio da companhia de dança e qual a sua graça?- fala de uma forma divertida e galante ao mesmo tempo.

— Ana Carolina, o prazer é todo meu. - digo de uma forma firme e tímida, mas por dentro ele não tinha idéia de como realmente era meu prazer finalmente saber o nome daquele sorriso lindo.

— E por que dessa braveza toda com o rapaz !?

Nessa hora que venho que lembrar do Victor, o procuro, mas não o vejo mais.

— Pode me dizer o que quiser, porem não admito que ninguém me ofenda, e ele caiu na besteira de fazê-lo, não sou agressiva, detesto briga, mas hoje ele extrapolou todos os meus limites numa noite só- digo começando a rir de toda a situação e de como me deixei levar pela raiva e percebendo que descontei minhas frustrações em alguém nada a ver.

— Bom isso é verdade, falta de respeito não deve ser tolerada.- disse ele olhando nos meus olhos.-

— Bom vamos entrar?- pergunto tímida.

— Tem certeza? Aqui fora está tão gostoso.

— Pior que é verdade, lá dentro está bem quente, e clima um pouco pesado até- falo retorcendo os lábios.

— Então vamos sentar aqui? O que acha?

— Para mim está ótimo. - falo e sentamos juntos

Quando íamos começar a conversar, Samara nos encontra.

— Bora, vocês não ficar ai, juntamos as mesas e só estão faltando vocês dois, vamos logo.

— Droga fomos descobertos. - Cláudio fala de uma forma divertida que me fez rir alto.

— Pois é, e uma dica, é melhor irmos atrás dela, por que ela não vai sossegar enquanto não nos ver lá na mesa.

— Então, dama primeiro. - Cláudio anuncia enquanto me da a mão para ter como apoio para levantar e me da a passagem para ir na frente.

Nossa como ele é cavalheiro, difícil achar homens assim hoje em dia.

Chegamos a tempo na mesa, Samara já coloca uma taça de champanhe em nossas mãos.

Eros em pé nos sugere fazer um brinde.

Todos erguem um brinde em homenagem aos amigos e aos bailarinos.

Ao tocarmos nossa taça, Cláudio está me olhando de uma forma diferente,

 E assim que o brinde termina e eles estão de volta ao palco, para uma dança, essa dessa vez de uma forma bem descontraída. Percebo que é uma dança para comemorar, apesar dessa noite está sendo recheada de surpresas, é o aniversário da nossa mais querida amiga Weenny. E no final todos nós caímos na pista de dança, sou convidada pelo Claudio para uma dança. Uma das mais gostosas da minha vida. E assim vamos terminando nossa noite.

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