Marry estava sentada confortavelmente no sofá da espaçosa sala de estar, os pés levemente elevados em uma almofada para aliviar o peso que vinha carregando com tanto amor e dificuldade. A enorme barriga de quase nove meses de gestação dos trigêmeos já lhe causava certo desconforto, e qualquer esforço físico era estritamente proibido pela médica. A recomendação de repouso absoluto era rígida, mas essencial para garantir que os bebês chegassem saudáveis e na data prevista para a cesariana, que seria dali a apenas três dias.Ela olhou para o relógio na parede e sentiu uma leve ansiedade. Era o momento em que Ricardo subiria ao palco para receber mais um importante prêmio em sua carreira como médico. Ele seria homenageado por suas contribuições excepcionais na área de cirurgia cardíaca pediátrica, um campo em que ele se destacava com brilho. Marry estava orgulhosa, como sempre, mas desta vez havia uma mistura de emoções em seu peito. Ela queria estar ao lado dele no evento, vendo-o brilha
Era o grande dia. O dia em que Marry e Ricardo finalmente conheceriam seus trigêmeos. A manhã ainda estava escura quando o despertador tocou às 5:00 da manhã, um som suave que sinalizava o início de uma jornada que mudaria suas vidas para sempre. Ricardo, que mal conseguira dormir de tanta ansiedade, acordou antes do alarme e olhou para Marry, que ainda dormia. Sua barriga volumosa, que carregava seus três filhos, subia e descia lentamente ao ritmo de sua respiração. Ele não resistiu e a beijou na testa com carinho, despertando-a com um sorriso.— Está na hora, meu amor — sussurrou Ricardo.Marry abriu os olhos devagar, seu coração já batendo acelerado de emoção. O dia havia chegado. Depois de meses de espera, de repouso e de preparação, finalmente conheceriam os pequenos que tanto amavam antes mesmo de vê-los.— Estou pronta — respondeu ela, com uma mistura de nervosismo e excitação na voz.Ambos se levantaram devagar. Marry, já com movimentos mais lentos devido ao peso da barriga, f
Com os trigêmeos finalmente em seus braços, Ricardo e Marry sentiam que o mundo havia mudado para sempre. Após meses de espera e preparação, seus três pequenos agora estavam ali, saudáveis, trazendo um amor que parecia crescer a cada segundo. No entanto, havia uma questão importante que ainda não tinha sido resolvida de forma definitiva: os nomes dos bebês. Eles já haviam discutido várias opções durante a gravidez, mas agora, com os filhos nos braços, sabiam que era o momento de escolher oficialmente os nomes que cada um carregaria pelo resto da vida.Ricardo segurava o primeiro bebê que havia nascido, um menino com cabelos escuros e uma expressão calma. A cada olhar, ele sentia um misto de orgulho e emoção. Desde o início, havia um nome que eles amavam e que parecia se encaixar perfeitamente no pequeno que agora descansava em seus braços.— Gustavo — disse Ricardo, olhando para Marry com um sorriso. — Acho que esse nome é perfeito para ele.Marry sorriu em concordância. O nome Gustav
A casa de Ricardo e Marry havia se transformado em um refúgio de amor e também de muita atividade. Os trigêmeos — Gustavo, Felipe e Sofia — estavam finalmente em casa, e a sensação de completude tomava conta de ambos. Contudo, o casal estava rapidamente descobrindo que cuidar de três recém-nascidos ao mesmo tempo não era uma tarefa simples. A nova rotina era intensa e desafiadora, exigindo muito planejamento e, claro, ajuda extra.Felizmente, as babás contratadas por Ricardo, todas de confiança da família, haviam se mostrado essenciais. Cada uma delas era responsável por um dos bebês, garantindo que Gustavo, Felipe e Sofia recebessem toda a atenção e cuidado que precisavam. Marry se sentia mais tranquila com essa ajuda, mas ainda fazia questão de estar presente em cada detalhe, observando os banhos, as trocas de fraldas e, principalmente, as amamentações.— Mesmo com as babás, sinto que preciso estar perto deles o tempo todo — comentou Marry com Ricardo, enquanto ambos se preparavam p
Era uma noite tranquila na casa de Ricardo e Marry. O silêncio dos bebês finalmente dormindo criava uma atmosfera de calmaria que eles não experimentavam há muito tempo. Marry, embora feliz com a nova rotina, tinha algo a mais em mente naquela noite. Sua médica finalmente a havia liberado para retomar sua vida conjugal, e ela sabia que Ricardo, com toda sua paciência, esperava por esse momento com ansiedade. Contudo, havia algo que a inquietava profundamente.Enquanto os dois se preparavam para ir para a cama, Marry olhava para si mesma no espelho. Ela tinha dado à luz a três bebês há poucos meses e, apesar de todo o amor que sentia por eles, não conseguia deixar de se sentir insegura com o próprio corpo. A pele do abdômen, esticada ao máximo pela gravidez múltipla, não havia voltado ao lugar como ela esperava. O excesso de pele a incomodava, e sua autoestima estava abalada.Ricardo, sempre atento, percebeu o olhar distante da esposa enquanto ela passava os dedos suavemente sobre o ab
O dia da cirurgia plástica de Marry finalmente chegou, um momento que ela vinha aguardando com ansiedade e esperança. Era uma manhã ensolarada, mas dentro do coração de Marry, havia uma mistura de nervosismo e alívio. Nervosa pelo procedimento em si, mas aliviada porque em breve poderia sentir-se mais confortável com seu corpo novamente. Ao seu lado, como sempre, estava Ricardo, que não deixava sua mão por um segundo sequer. Ele sabia o quanto essa cirurgia significava para Marry, e seu único desejo era que tudo corresse bem.— Está pronta, meu amor? — Ricardo perguntou, enquanto segurava sua mão com firmeza e carinho.— Estou, mas um pouco ansiosa — admitiu Marry, tentando sorrir.— Vai dar tudo certo, como sempre — Ricardo disse, tentando tranquilizá-la com um sorriso confiante. — E quando tudo acabar, você vai se sentir ainda mais linda do que já é.A cirurgia estava marcada para as 9h da manhã, e o cirurgião já estava à espera no hospital. Marry tinha confiança no profissional, ma
Marry estava no terceiro dia de seu repouso pós-cirúrgico, e, mesmo com a ajuda da enfermeira e das babás, o ritmo desacelerado começava a mexer com sua mente ativa. Ela sempre fora uma mulher de ação, dividindo seu tempo entre os cuidados com os trigêmeos e apoiando Ricardo em sua carreira. Agora, confinada ao repouso, sua criatividade borbulhava, procurando uma saída.Enquanto observava os bebês dormindo pacificamente em seus berços, uma ideia começou a se formar em sua mente. Desde pequena, Marry sempre teve o hábito de escrever, havia escrevido alguns livros de romance, porém nada muito famoso. No entanto, a pausa forçada, imposta pela recuperação da cirurgia plástica, parecia o momento perfeito para reacender essa paixão.— E se eu escrevesse um livro? — ela sussurrou para si mesma, sorrindo ao sentir a excitação crescendo dentro de si.Ela já sabia o tema perfeito para sua nova obra: a história de amor entre ela e Ricardo. Desde o primeiro momento em que se conheceram, até o pre
Marry acordou cedo naquela manhã, sentindo-se renovada. Já havia se passado alguns meses desde sua cirurgia plástica, e, finalmente, ela estava totalmente recuperada. Após o longo período de repouso, ela começara a retomar suas atividades físicas, mas desta vez, com o acompanhamento de um profissional que a orientava em cada passo, garantindo que sua saúde estivesse em primeiro lugar.Cada dia na academia era uma vitória. Embora ainda estivesse se adaptando à nova rotina de exercícios, ela se sentia mais forte, mais confiante. A sensação de bem-estar físico a ajudava a recuperar não apenas seu corpo, mas também sua autoestima. Marry sabia que o processo de aceitação pós-parto não era fácil, mas com o apoio de Ricardo, sua família e o trabalho incansável de seus treinadores, ela conseguia enxergar uma nova versão de si mesma no espelho – uma versão mais forte, tanto física quanto emocionalmente.Caminhando de volta para casa após o treino, Marry sentiu o vento fresco no rosto e, em seu