Vicenzo Eu amo falar sobre o meu filho ou filha.— Temos um sério problema. — sorri cruzando os braçose me afastando mais damesa.— Qual? — ela falou realmente preocupada.— Escolher padrinho e madrinha.— Temos um grande problema. — riu. — Eu voto na Joice e no Rick.— Rick nem pensar. — falei rindo. — ele não me escolheu para ser da Maria, preferiu o Arthur a mim. — fingi secar uma lágrima e fiz voz de chorão.— Ah quanto remorso.— O Maurício ou o João. Ou seu irmão.— O ruim de escolher meu irmão é que ele é casado e sei lá, acho estranho colocar apenas um do casal. Além do que ele tem três filhos e nunca me chamou para ser madrinha... — ela falou começou a rir.— Depois sou eu que guardo remorso.— Eu gosto da ideia do Maurício, mas temos um pequeno problema.O Maurício era um dos meus primos, era só um ano mais velho que eu. Considerava ele pra caramba, apesar da convivência ter sido dificultada porque ele trabalhava demais.Mas seria uma ótima ideia chama-lo para ser padrinh
Vincenzo Acordei com barulho de panelas caindo no chão. Me assustei vocês meus olhos antes de olhar para tudo. Levantei e estava sozinho na cama, a única coisa que existia lá além de mim são roupas que Sara usava no dia anterior. Coloquei um moletom grosso e fui para a sala, onde Sara estava usando apenas uma camiseta minha, comendo uma salada de frutas e assistindo televisão.Olhei por cima do balcão e a Melinda estava fazendo alguma coisa no fogão, sua cara não era a das melhores. Suspirei e fui até minha melhor amiga, como de costume dei um beijo em sua bochecha.— Bom dia.— Dia. — ela falou desanimada, claramente stressada.Olhei para ela tentando fazer comida, preparando um molho em uma panela, cozinhava macarrão em outra e picava cebola em uma taboa em cima da pia. Olhei para o relógio e já era quase meio dia.A cara de brava da Mel não negava a raiva que ela estava.— O que foi, Mel?— Nada, só estou cansada. — foi irônica enquanto mexia o molho com uma colher de pau.Apoiei
Melinda — Para com isso. — puxei a mão da boca dele.— Estou nervoso. — mordeu meu ombro como ele sempre fazia quando estava nervoso durante toda a nossa adolescência.— Ai, Vincenzo! — reclamei, empurrando-o e rindo.Vincenzo estava sentado na cadeira ao lado da maca onde eu estava deitada. Minha barriga estava exposta e estávamos esperando a doutora, que tinha ido buscar uma fita métrica para medir a altura uterina.— Você deixava eu te morder antes. — ele reclamou.— Quando eu tinha uns 15 anos.Ele fez uma careta engraçada e colocou a mão gelada na minha barriga. Já estava muito frio, eu estava com a barriga de fora e com uma mão grande e gelada sobre ela. Me encolhi com frio e virei de lado olhando para Vicenzo, sorri e estendi a mão para bagunçar seus fios de cabelo preto. Ele fez uma careta como se fosse reclamar, mas depois apenas abaixou a cabeça e fechou os olhos. Continuei mexendo, mas dessa vez com mais calma.— Olha quem está deixando mexer no cabelo. — brinquei.— Não c
Melinda Meu coração pulou do peito e perdi a fome na mesma hora, deixando o pão de queijo que estava comendo de lado. Levantei e Vince fez o mesmo, enquanto Rick já estava quase entrando no elevador.Meu melhor amigo olhou assustado e com lágrimas nos olhos, comprimi os lábios tentando confortá-lo desde já.— Não pode ser. — as lágrimas escorriam por seu rosto.— Não é. — abracei-o fortemente e ele retribuiu, sentindo seus músculos rígidos e tensos.Peguei dinheiro na minha bolsa e dei à atendente da lanchonete. Puxei Vince para o elevador e apertei o botão do primeiro andar, onde ficava a emergência. Ele chorava muito, então afaguei seu cabelo tentando acalmá-lo.Segurei seu rosto entre minhas mãos e enxuguei suas lágrimas. Mesmo sentindo-me aflita, imaginava como ele devia estar se sentindo.— Minha sobrinha.— Fique calmo. Rick já está nervoso, se te ver chorando então. Respire! — ele respirou fundo junto comigo e enxuguei suas lágrimas novamente. — Nossa sobrinha está bem, enten
Melinda — Está bem mesmo? — Vince me perguntou pela milésima vez ao pegar minha bolsa e me estender a mão.— Estou, Vince. — falei pela milésima vez.— E você, Maria?— Estou, Vince. — me imitou.— Aí Maria você está andando muito com a sua tia. — ele falou, mas estava preocupado demais com nós duas.Nós três entramos no carro do Vince e tanto Maria, quanto eu, encostados a cabeça no vidro, caindo de sono por conta dos medicamentos. Rick ainda tinha uns pacientes da pesquisa para atender, então mandou Maria com a gente para ficar na casa da avó.— Eu não sabia que salgadinho tinhaamendoim. — falei coçando a cabeça lembrando do motivo da Maria ter passado mal.— Nem eu. Não fazia a mínima ideia. —respondeu bocejando.— Tadinha de você, não conhece o sabor deuma paçoca.— brinquei.— Nem vai conhecer — Vince falou autoritário enquanto dirigia. Parecia um pai todo preocupado.— Não mesmo — a Maria falou.Não demorou muito para chegarmos em casa, Maria pediu para ficar comigo e dona E
Vincenzo — Vince, eu e a Maria já estamos indo. — ouvi a voz do meu irmão enquanto me sacudia. Me fazendo acordada.Abri os olhos e encontrei meu irmão meencarando bem de perto. Como ele fazia quando eu era criança.—Não, você tem..Tentei organizar as ideias, precisavaperguntar alguma coisa para ele, peguei emseu braço tentando lembrar o que era.Apenas ouvi sua risada e ele se afastando.— Preciso ir para casa, tenho que ir na escola da Maria e várias outras coisas para resolver. Estou indo! Mais tarde te ligo.— vi ele acenar e passar pela porta.Deveria levantar e levá-los até a porta, mas eu não aguentava de tanto sono, agarrei mais o lençol com o melhor cheirinho que existe e até suspirei sem perceber.Virei para o lado e voltei a dormir. Algum tempo depois senti mãos quentes pegarem meu cabelo, abri um pouco os olhos encontrei minha amiga, ela estava falando alguma coisa, mas meu sono acumulado era tanto que não estava nem entendendo.Procurei sua mão e puxei para perto de m
Vincenzo Pior do que ter sido interrompido, era asituação que se criou quando eu abri a porta, Sara estava segurando sua bolsa e chorando.Ai meu Deus, minha vida parece novelamexicana. Ela entrou e aos prantos e meabraçou.— O que houve? — perguntei.Não proferiu nenhuma palavra, apenaschorava em meus braços. Olhei de longe para Melinda, que filtrava a cena com uma expressão diferente. Direcione Sara até o sofá e me mantive um pouco distante dela. O barulho de uma panela caindo no chão me assustou,olhei para a cozinha e respirei fundo.—...eu perdi... — chorava e falava coisasdesconexas. — Foi tudo culpa dela! — gritou se levantando e apontando para minha melhor amiga.— O que você está falado, Sara?— O que foi culpa minha? — Gabriela veiopara a sala secando as mãos em um pano de prato. — Fala garota, o que é minha culpa?— Você é uma vaca, uma ladra de namorados. — gritou bem alto.— Sara! — a repreendi. — Você não vai vim à minha casa falar assim da Melinda...— Deixa ela
Vincenzo A Sara estava descontrola jogando as plantas da Mel para todo os lado, tentei fazer ela para e um caco de vidro entrou na minha mão.Ela só gritava que a Melinda e o bastado tinham que morrer e só queria muito fazer ela parar logo com aquilo a minha mão ardia de dor.—Para! — gritei. — Eu vou ligar para apolicia.Peguei o celular realmente discando o número da polícia, mas ela pegou meu celular e ameaçou a jogar no chão, eu estava começando a ficar com medo do que essa garota podia fazer. Ela voltou a socar meu peito em desespero com o meu celular na mão.— Isso é tudo culpa sua, porque você não quis que ela tirasse aquele bastardo nojento.— Sara, coloca uma coisa na sua cabeça, o meu filho e a Melinda sempre vão vim em primeiro lugar, aquela garota que você chamou de interesseira, foi a única que me ajudou quando eu mais precisei, ela e a família dela me deram todo o suporte e principalmente amor que eu precisava quando os meus pais se separam e estavam ocupados demais d