Amanda
O café da manhã foi estranhamente taciturno. Sinto que há qualquer coisa de errado acontecendo ao redor, mas não sei exatamente o que é. Derek leu o jornal, me sorriu algumas vezes e comeu ligeiramente. Parecia apressado.
Não questionei sua ligeireza, provavelmente ele teria alguma reunião importante na empresa. Antes de ir ele beijou Lexie no topo da cabeça e me deu um selinho. Ele me pareceu relaxado, seu semblante ameno.
Subo com Lexie para o quarto, assisto algumas canções infantis com ela e depois a deixo no berço, onde ela se diverte com seus brinquedos. Me certifico de que ela está bem protegida e em segurança. É hora de fazer minha higiene matinal.
Preoc
Amanda— Ainda não entendi muito bem. Como aquela maluca sobreviveu ao acidente? Teve velório e enterro, eu não...Estamos todos sentados na sala. Derek resolveu reunir todos e lhes contar toda a verdade.Todos ficam surpresos, especialmente Sabrina. Ela demora algum tempo para absorver tanta informação e, ainda assim, muitas perguntas ainda rondam sua mente.— Ana é uma ex-enfermeira do hospital para onde fomos levados depois do acidente. Coincidentemente, ela era também uma antiga amiga da mãe da Monnie. — Derek explica. — Monnie pediu para que ela a ajudasse a forjar sua morte. É claro que foi algo ílicito, mas Ana se arriscou para ajudá-la. AmandaDerek me apresenta formalmente a maioria de seus amigos. Todos são educados e simpáticos. Me tratam bem e nos felicitam pela nossa união e especialmente por nossa Lexie.Algumas mulheres me olham de lado, não escondem a invídia. Entendo o motivo. Derek é meu. Isso as incomoda. Sei que dariam qualquer coisa para estar onde estou. Ou melhor, para estar com quem estou.Nossa casa está cheia. A decoração, toda escolhida e organizada por Sabrina, ficou impecável. É claro que Derek achou um pouco exagerado, mas Sabrina é incontrolável. Não se pode protestar com ela.Derek segura minha mão firme, como se estivesse com medo de que nos separássemos.Capítulo 17
AmandaVejo sangue nas mãos de Derek. O sangue de Peter escorre pelas suas mãos.Grito ainda mais alto. Não demora para Meg sair correndo do quarto e Aspen aparecer no corredor, seguido de Damen.Eles me olham sem entender. Só consigo chorar.Damen corre na direção de Derek, tenta pará-lo, mas ele está cheio de ódio. É irrefreável.— Derek, chega! Derek!Damen grita de modo autoritário, mas Derek o ignora sem muito esforço. Apenas continua socando o rosto de Peter com toda sua força.A esta altura não sei se Peter aind
AmandaSaio com a roupa do corpo. Não é apenas orgulho. É raiva e um emorme desejo de sair dali o quanto antes.Deixar Lexie para trás me corta o coração. Sou sua mãe. Sou sua mãe desde o primeiro minuto. Mesmo que esse não tenha sido o plano, sou sua mãe. A amo desde o momento em que ouvi seu coraçãozinho pulsando fortemente; ela dentro de mim, cheia de vida. Sinto que nosso amor foi escrito na estrelas. Algo fadado a acontecer de um jeito ou de outro.Não era esse o plano. Não deveríamos ter ligação alguma. Mas temos. Não sou apenas a mulher que lhe cedeu o ventre. Sou a mulher que a carregou por nove meses na barriga. A mulher que seria capaz de qualquer coisa por ela. Sou sua mãe. Sempre sua mãe.De todas as coisas eu poderia esperar de Derek, jamais
Derek— Devia ir para casa. — Damen está parado na porta do escritório.Rolo meus olhos vagarosamente para ele.— Tenho coisas... muitos papéis para ler. Não posso sair antes de organizá-los.— Lexie precisa de você.Mordo os lábios e suspiro.— Eu sei, só...— Só que você está entrando em uma onda terrível de depressão. — ele entra no escritório, aproxima-se de minha mesa e senta na cadeira. — Nós dois sabemos o motivo.— Damen...— Faz seis semanas, Derek.
DerekAciono a polícia, alguns colegas investigadores, aciono qualquer coisa que possa me ajudar a encontrar minha Lexie.Ando por cada canto da cidade, o coração apertado, a mente se restringindo à pensar num provável lugar aonde Monnie estaria.Não sei se sobrevivo sem Lexie por muito mais tempo. Sou pai, vivo e morro por minha filha. É um sentimento inexplicável.Por um segundo me vejo sentindo o que mesmo que senti quando Amanda foi levada por Stevan.Eu fiquei sem direção, completamente sem rumo.Abro a porta de casa, Sabrina está de costas para mim e conversa com alguém. Quando vejo quem
DerekAssim que coloca os olhos em Monnie, Amanda se transforma. Ela corre em sua direção e, se eu não a contenho, Deus sabe o que poderia acontecer.Sabrina e Meg correm em nossa direção, ambas assustadas.Monnie se distância ainda com Lexie em seus braços. Seus olhos revelam uma agitação descontrolada.Todo aquele rebuliço acaba assustando Lexie, que começa a chorar freneticamente.— Dê-me a minha filha, sua vagabunda! — Amanda grita, tenta soltar-se, mas a mantenho contida.Não faço isso por Monnie. É por Amada. Não quero que ela ou nossa filha saiam ma
Amanda— Monnie, ouça, por favor...Minha voz soa trêmula, mas tenho que me manter o mais firme possível. Derek está ao meu lado, tento esquecer nossas indiferenças, nossos desentendimentos e brigas, porque tudo que me importa agora é que isso termine bem. Que terminemos vivos, um ao lado do outro, como dever ser.Somos uma família.— Você não precisa fazer isso. Não vai te levar a lugar algum. — Monnie me olha com desdém.— Eu perdi tudo que eu tinha.— E por isso quer acabar com nossas vidas? O quanto isso vai mudar a sua?— Não é o quanto vai mudar. Você n&a