Na sala minha mãe estava com dona Lúcia e com o Leandro, me aproximei deles e minha mãe veio e me abraçou.
– Que bom que resolveu ir querida… disse ela.
– Ele precisa de mim, não posso deixar ele sozinho… eu disse.
– Sabe que estamos contigo não é mana? Vai ficar tudo bem… disse Leandro nos abraçando também.
Pela primeira vez depois do que aconteceu eu sorri, um sorriso de satisfação pois minha família estava comigo, me apoiava, estava do meu lado.
– Vamos querida? Disse dona Laura.
– Sim, vamos… eu disse e saímos.
Pegamos um táxi e em poucos minutos estávamos no hospital.
Fomos até a recepção e pegamos os crachás de visita.– Quer que eu entre com você querida? Disse ela.
– Não… tudo bem… preciso fazer isso sozinha… eu disse, e engoli seco, pois o medo só ficou maior agora, e a vontade enorme de chorar já estava quase me vencendo, mas eu tinha que ser forte, pelo menos aqui na frente da mãe dele.
– Está bem, eu espero a
Fiquei o dia inteiro com o Cadu e no fim da tarde eu voltei pra casa… chegando não havia ninguém, com certeza meu irmão e minha mãe foram trabalhar e ainda não chegaram.Então fui pro meu quarto, e fui ver meu celular, que tinha mais de mil mensagens, pois todo esse tempo eu o deixei de lado, não queria falar com ninguém, não sai nem de casa, estava mesmo em depressão.Olhei algumas mensagens, haviam muitas mensagens de apoio pelo que aconteceu com o Cadu, e também havia mensagens da Helô e ela dizia que estava com saudades, várias mensagens de apoio dela também e por esses dias ela disse que precisava muito conversar comigo, precisava da minha ajuda, mas como eu não vi, não respondi… então liguei pra ela.– Nena, amiga, é você mesmo? Perguntou ela atendendo, parecia estar muito nervosa.– Oi Helô, sou eu sim, pode vir até aqui em casa? Perguntei.– Claro, sim, eu estou indo agora mesmo… disse ela.– Ok… eu disse e desliguei.Desci novamente
Finalmente Leandro chegou em casa, Helô e eu fomos conversar com ele e contar a novidade, ele ficou bem bravo, não quis acreditar que o filho era dele, teve uma briga feia com Helô, mas depois se convenceu, disse que daria tudo que ela e o bebê precisassem, mas que nem por isso ele ficaria com a Helô, o que a deixou muito mal, pois ela o amava, mas ela jurou que um dia ele se arrependeria e correria atrás dela, mas ela não daria nenhuma esperança a ele, se isso vai acontecer não sei, mas pelo menos tudo ficou esclarecido entre eles, agora é bola pra frente, pois nossas vidas tomaram um rumo completamente diferente do que imaginávamos, e não podemos fugir disso, temos que encarar…1 ANO DEPOIS…NênalyParece que o tempo parou… juro que não saberia dizer se realmente passou todo esse tempo… 1 ano se passou, e não houve um
Depois de me recompor eu saí de casa e fui até a casa da Helô… sua mãe me atendeu e disse que ela estava no quarto com o Leandrinho, meu sobrinho… com todos esses problemas, ao menos uma coisa me deixava feliz, meu sobrinho, ele estava lindo, e faltava pouco pra ele fazer 1 aninho, era a cara do meu irmão, não podia nem dizer que não era filho dele, mas disso eu nunca duvidei mesmo.Subi até o quarto da Helô e entrei, ela estava fazendo o Leandrinho dormir, assim que entrei ele levantou a cabeça e sorriu pra mim esticando os bracinhos.– Atrapalhei né amiga… eu disse indo até ela e o pegando no colo.– Que nada, ele não queria dormir mesmo, eu estava insistindo, mas quem sabe com você ele dorme… disse ela.– E aí, como você está? Me conta, como foi na entrevista de emprego hoje?– Era sobre isso que eu queria falar, eu fui aceita, começo amanhã mesmo! Disse ela animada.– Nossa
Enquanto eu caminhava pelo calçadão da praia, eu olhava o mar e via vários surfistas… e era inevitável não lembrar do meu Cadu, ele estaria ali surfando agora se não estivesse naquela situação, e tudo por causa daquilo mesmo, de uma onda mal pegada, de uma força que puxou ele pra baixo e pra longe… se não fosse isso, o meu Cadu estava aqui… e de repente a cena dele caindo me veio a mente e um desespero horrível tomou conta de mim... eu nunca mais quero nem ouvir falar de surf… atravessei correndo a rua pra não ter que olhar mais aqueles caras, e acabei batendo de frente com alguém subindo a calçada.– Nênaly? Oi… disse alguém, era Fernando.– Fernando… eu disse.– Nossa, quando tempo… disse ele.– É… eu disse.– E aí, tudo bem? Soube do que aconteceu com o Ricardo, mais como eu não estava no país não sei se ele já está melhor, sabe dele? Ainda estão juntos? Perguntou ele.– Bom…
Minutos depois cheguei ao hospital e fui para a sala ver o Cadu, entrei devagar e sua mãe estava com ele.– Oi… bom dia dona Laura… eu disse.– Oi querida, bom dia… disse ela sorrindo.– Como o Cadu está? Perguntei.– Está bem, hoje ele parece muito mais forte, venha ver… disse ela me dando espaço.Me aproximei dele e ele estava tão sereno como sempre, estava com a expressão bem tranquila como se dormisse sem nenhuma preocupação.– Está sim, ele está ótimo… eu disse pegando em sua mão e dando um beijo.– Você também está linda querida! Disse ela.– É… eu tive uma noite de sono boa e pude colocar meus pensamentos em ordem e decidir as coisas dona Laura… eu disse.– Vejo no seu rosto que você aceitou ir para Nova York… disse ela.– É… eu decidi ir… mais o meu coração vai ficar aqui, com o meu anjo.– E
Noite de domingo – Nova York – Nênaly.Nossa, eu estou morta! Que viagem cansativa, eu não via a hora de me levantar e andar, fiquei praticamente um dia inteiro sentada dentro de um avião, mas finalmente ele chegou onde tinha que chegar, Nova York.Estava tão frio, o ar era gelado e chegava sair fumaça da boca das pessoas quando elas falavam.Era tão diferente do Rio, aquele calor enorme, o céu cheio de estrelas e a lua brilhando, aqui o céu era cinza escuro e não dava pra ver nada.Mas, esse era o lugar onde eu iria morar, por quanto tempo eu não sei, mas eu tinha que me acostumar.Peguei minhas malas e pedi um táxi, passei o endereço e ele me levou até o prédio.No caminho muitas pessoas pelas ruas, passeando, muitos casais, e isso me fez lembrar do Cadu, me contive para não chorar novamente.Enfim cheguei, era
3 anos depois… Rio de Janeiro – Henrique– E que horas posso passar pra te buscar? Perguntei a Nena.– Pode ser às 20h, já vou ter chegado em casa… disse ela.– Ok então, até mais tarde… eu disse.– Até… disse ela e eu desliguei.Respirei fundo e sorri satisfeito, me levantei da minha cadeira e fui até a janela da minha sala.Finalmente minha vingança está quase completa! Tenho tudo que um dia foi e seria do meu irmão Ricardo, tudo, tudo mesmo, só falta a garota dele. Depois de 3 anos tentando conquistá-la, finalmente acho qu
Alana– Alana, vamos ao mercado da cidade, preciso comprar algumas coisas.– Claro vovô, aproveito e já fico por lá para não chegar atrasada no trabalho… eu disse.Moro com o meu avô em uma cidade bem pequena no Canadá, desde que meus pais e minha avó se foram, eu cuido do meu avô, o que me impede de seguir a minha vida como eu realmente queria, mas não tenho coragem de deixar o meu avô e ir embora, ele foi quem cuidou de mim depois que meus pais se foram, então agora eu é que preciso cuidar dele.Meus pais e eu morávamos no Brasil, e meus avós aqui no Canadá, mas com a morte deles eu precisei vir ficar com meu avô.A cidadezinha é até bonita, cheia de lugares bonitos e coisas, mas meu sonho é ir morar novamente no Brasil, sinto falta do sol, do calor, aqui é só neve e frio… mas, por enquanto, isso só vai ficar mesmo na minha imaginação.