Acordo com meu celular tocando.
- A...alô.- Atendo com a voz rouca.
- Raul? O que aconteceu com a sua voz? Ah mas isso não importa! Eu tô aqui na porta da sua casa, abre logo isso aqui!- Era Yngrid, e percebi que não era o meu celular, e sim de Raul.
- Vai cagar garota!- Falo e ela reconhece minha voz.
- Ah é você não é Jade!?- Ela fala com a voz de nojo.- Passa para o Raul agora! Pera ai, o que você tá fazendo com o celular do Raul?
- Já mandei você caçar o que fazer?- Falo e ela parece se estressar mais.
- Passa logo esse telefone para o Raul!- Ela praticamente grita e eu escuto baterem na porta.
- Ah não, ah não!- Falo já sem paciência.- Raul! Raul acorda!
- Am? Oi.- Ele fala também com a voz rouca.
- Sua ex tá lá na porta nos perturbando.- Falo.- E ela também quer falar com você aqui no telefone.- Dou o celular para ele.
O resto da aula foi bem chata, o Enzo como sempre, dando em cima de mim, a Yngrid, se gabando toda hora e vários caras babando nela.Saio da sala e logo encontro Raul.- Por que tá com essa cara?- Raul pergunta.- Ah, nada.- Falo.- É só o Enzo que tá insuportável, me perturbando e dando em cima de mim toda hora.- Pera aí, o Enzo? Primo da Yngrid?- Raul fala.- Então ele é primo dela?- Falo.- São bem parecidos eles! Já devia ter desconfiado disso.- Não acredito que esse moleque fez isso.- Raul fala.- Ele não fez!- Falo.- Ele faz todos os dias.- Vou arrebentar esse moleque!- Raul fala estressado e volta pra minha sala.- Raul, o que você vai fazer?- Falo preocupada.- Raul, pra onde tá indo?- Vou dar um jeito naquele desgraçado!- Raul fala demonstrando raiva.Ai meu senhor, o que eu faço agora?
E vejo Yngrid deitada no colo de Raul em sua cama.Logo os dois acordam e me veem.- Jade?!- Raul fala esfregando os olhos.- Yngrid o que você tá fazendo aqui?- Ele olha para Yngrid sentada ao seu lado.- Vim dormir com você amor!- Ela fala com a voz manhosa e passa a mão em seu ombro.- O quê!?- Raul fala.- Olha, eu não do afim de ficar vendo essa merda.- Falo e saio do quarto.- Calma Jade, espera!- Raul fala e se levanta.- Não é o que você tá pensando.Me viro para ele e o vejo só de cueca.- Vai colocar uma roupa, seu ridículo!- Falo com raiva e saio de lá.- Jade espera! Jade!- Raul fala, mas eu saio de casa.Sigo o caminho da faculdade à pé.Chego lá, bem cansada e vou para minha sala....Não aguento ficar até o fim da aula, minha cabeça começa a doer bastante.
Não gosto de tratar o Raul assim, mas lembrar do que eu vi hoje no quarto dele, foi horrível e não consigo tirar da minha cabeça.Meu celular toca e vejo que é John.Atendo.Chamada de vídeo com John.- Oi minha princesa!- John fala.- Oi, como vai as coisas por aí!?- Falo.- Nem nos falamos mais.- Ah vai tudo bem, você é que não ligava pra mim.- Ele fala.- Você tá pálida Jade, você tá doente?- Mais ou menos.- Falo.- Como assim, mais ou menos?- Ele fala preocupado.- Eu só senti algumas dores de cabeça, mas já passou.- Falo.- Uhmm, e aconteceu mais alguma coisa?- Ele pergunta.- Po...porque tá me perguntando isso?- Falo meio gaguejando.- Não aconteceu nada.- Então por que tá nervosa assim?- Ele pergunta.
- Espera Raul! Aonde você vai?- Yngrid pergunta.- Vou tomar um ar.- Ele fala.- Vê se me esquece Yngrid!Vou atrás de Raul.- O que você tava fazendo aqui garota?- Yngrid pergunta e eu volto o olhar para ela.- Eu estava escutando o que eu precisava.- Falo.- Agora vou atrás do que eu preciso!Volto à ir atrás de Raul.- Raul, espera!- Falo e nós paramos no meio da rua.- Preciso falar com você!- Não sei Jade, acho melhor não. Você não acredita em mim mesmo, então não precisamos perder tempo!- Ele volta a andar.- Mas eu...- Um carro buzina alto em nossa frente e...- Jade!- Raul me empurra.Quando olho para o lado, vejo Raul no chão e sangrando a testa, e seus braços meio ralados.- Raul!- Grito e corro até ele, tento fazer algo, mas logo eu e Raul somos cercados por várias pessoas.- Alguém chama uma
A mãe do Raul com certeza não foi com a minha cara. Ela tá me olhando feio à horas kkkk, e eu tô aqui fingindo que não estou me importando.A enfermeira sai e se pronuncia.- Família do Raul, não é mesmo!?- Ela fala e todos confirmamos.- Então... ele está bem melhor, só teve alguns ferimentos, mas que são leves. Ele só irá precisar andar de muletas, pois provavelmente ele vai ter um pouco de dificuldade em andar.- Mas ele vai ficar bem?- Pergunto.- Sim!- Ela responde.- Não precisam se preocupar, ele está ótimo, só são alguns ferimentos, mas não é nada grave. Também quero dizer que ele já está em alta amanhã! Examinei ele e vi que não será mais preciso, ele ficar aqui no hospital.- Ótimo! Muito obrigado enfermeira.- Dave fala e logo se senta na cadeira ao meu lado.- O Raul e você estão namorando?- Eh... a gente ainda está resolvendo isso, mas creio que logo sim.- Falo.- Olha
- Então vocês estão namorando?- Malu pergunta.- É... pois eh.- Falo sorrindo.- Uhmmmm... Jade, agora só eu que fico assim, sem ninguém!- Ela fala e eu começo a rir.- Se acalma Malu, uma hora chega a pessoa certa pra você!- Falo e entro em casa.Nós já estamos em casa. Hoje até que foi bem legal na facul. O Enzo não mexeu comigo, e a Yngrid manteu distância de mim e do Raul, mas é claro, de cara feia.- Amor, que dia dá certo pra eu te levar na casa dos meus pais?- Raul fala e eu quase cuspo a água que eu estava bebendo.- Mas eles já me conhecem.- Falo.- E eu também conheço eles.- Mas seria legal eu te levar lá na casa deles, te apresentar para o resto da família...- Ele fala me abraçando por traz.- Não sei não.- Falo.- Sua mãe não foi nem um pouco com a minha cara.- Esquece minha mãe. Ela é assim mesmo!- Ele fala.
- Yngrid?- Falo surpresa.- Sim, eu mesma.- Ela fala.- Posso entrar?- Pode.- Falo ainda surpresa.- Bom, eu quero ser bem breve...- Ela começa.- Eu queria te pedir desculpas pelo modo de como eu te tratei nesses últimos tempos e por qualquer coisa que eu fiz pra você. Eu não quero continuar assim com você, não quero mais ser sua "inimiga".- Você nunca foi.- Falo.- Só não nos dávamos bem.- Pois é, mas eu queria consertar isso.- Ela fala e eu faço cara de surpresa mas logo lhe dou um aperto de mão.- Por isso eu queria te convidar para uma pequena festinha, lá na casa dos meus pais.- Ah, não precisa!- Falo.- Eu, eu não sei se vou poder ir...- É só no fim de semana!- Ela fala.- Eu faço questão de você ir, assim você demonstra que está de boas comigo.- Então tá... Eu vou.- Falo meio indecisa ainda.- Então, fim de semana eu te encontro lá.
- Doutor ela tá bem?- Uma voz fala e eu consigo abrir meus olhos.- Sim, sim. Ela está bem. Fiz alguns exames nela e encontramos um medicamento em algo que ela bebeu, que no caso, é um tranquilizante, que dá o efeito dela dormir e ficar meio tonta.Tento me levantar e vejo que estou no hospital.- Amor?!- Raul vem em minha direção e se senta ao lado da minha cama.- Você está se sentindo melhor?- Sim.- Falo e pego em seu rosto.- Bom... vou deixar o casal conversar. Com licença.- O doutor sai do quarto.- O que aconteceu?- Pergunto.- A gente estava na festa e tals, mas aí os pais da Yngrid chegaram e começaram a expulsar todo mundo, então fui te procurar e te achei em um quarto com o Enzo...- Ele fala.- Aquele imbecil fez algo com você?- Não, eu acho que não.- Falo.- Eu estava conversando com as amigas da Yngrid, quando ela chegou, me deu uma be