Cap.2

Cada passo há um destino, mas apenas o amor escolhe seu ideal”

Aristides Wanderley.

*Crystal White*

Depois de acordar e arrumar meus filhos sigo para o banheiro e início meu ritual de todas as manhãs. Lavo meus cabelos massageando meu couro cabeludo e fecho os olhos sentindo as gotas de água caírem no meu rosto

Consegui dormir um pouco a noite e graças a Deus não estou cheia de olheiras!

Desligo o chuveiro com pesar e enrolada na toalha caminho até minha cama

Será que essa roupa vai ficar boa? Merda, devia ter escolhido algo mais básic... – balanço a cabeça me livrando do pensamento e visto a roupa que separei ontem. 

Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo alto.

Encaro meu reflexo no espelho e me surpreendo.

Puta que pariu, essa sou eu?

Coloco meus óculos na bolsa, pego o celular e desço.

Ólia Clara como a mamãe

bunita – Luccas fala meio enrolado com as palavras por ainda estar aprendendo

— Eu vou ser lida igual vucê quandu crescer, mamãe?

— Não, você vai ser muito mais bonita! – beijo sua bochechinha gorda — Agora os dois vão já pro carro para a mamãe levar vocês pra creche.

— Tá, mamãe! – eles correm até o carro. A minha adorada  caminhonete 4×4 branca. Coloco eles direitinho nas cadeirinhas e ligo o carro colocando rapidamente em uma estação de rádio brasileira.

(...)

Chegando na empresa, estaciono meu carro na vaga de presidente.

Minhas mãos já estão suando e a droga da insegurança começa a querer surgir no meu peito

Você consegue Crystal! Você é uma Loren White, você consegue!

Prestes a sair do carro sou surpreendida por uma Mercedes vermelha que passa por mim em alta velocidade

— TOME MAIS CUIDADO SEU IDIOTA!!! – grito furiosa e saio do carro batendo a porta com força

Marcho até a Mercedes vermelha bufando de ódio decidida a xingar até a décima quinta geração desse inergumeno

Quando olhos verdes intensos entram no meu campo de visão sou atingida por uma avalanche de sentimentos

Não pode ser...

Loirinha... – sussurra com seus rosto praticamente colado ao meu

Se isso for um pesadelo por favor não me acorde!

— Senhorita White... – escuto a voz do Camillo e imediatamente recupero minha fala

— Tenho que ir! – digo me virando e olhando o relógio — Merda! Estou atrasada para a reunião com o senhor Collins! Droga! – murmuro correndo em direção ao prédio encontrando Camillo parado na porta

— Senhorita White estava te procur...

— Eu sei, eu ouvi, mas agora estou atrasada, merda! Estou muito atrasada! Depois conversamos! – digo correndo em direção ao elevador.

Cumprimento a recepcionista loira com um aceno de cabeça e entro no elevador presidencial

Documentos, eu preciso passar na antiga sala do meu pai e pegar os documentos!

Solto um longo suspiro e resolvo pegar um copo de chá de camomila na copa

Não posso iniciar uma reunião importante como essa ligada no 220!

No caminho de volta para minha sala sou atropelada por uma parede de músculos ambulante responsável por eu ter virado todo o conteúdo do copo branco sobre mim

M.E.R.D.A!!!!

Queimando, queimando, QUEIMANDOOOOO!!!!

Olho para o culpado e me deparo com o ele... Esse cara só pode ser meu karma, Não tem outra explicação!

Saio de lá e caminho até minha sala já tirando o blazer e abrindo alguns botões da minha camisa. Pego meu telefone e ligo para minha secretária

— Tânia, vá até a farmácia e compre uma pomada para queimaduras, por favor...

Okay, volto senhora!

Encerro a ligação e tiro a minha camisa a jogando pra longe.

Pego um pequeno espelho na bolsa e vejo que meu busto está todo vermelho e irritado.

5 minutos depois alguém bate na porta. Uau! A Tânia foi rápida!

— PODE ENTRAR! – grito

— Porra! – olho para minha frente e lá está ele, Erick.

Droga! Que vergonha. Eu estou quase nua da cintura para cima! Espera, ele é o culpado! Volto a ficar vermelha e dessa vez não é de vergonha.

— Você viu o que fez? Olha para isso!

— Estou olhando. – diz sorrindo safado.

Vou matar esse desgraçado!

— Pare de me olhar!

— Por que está tão tímida se eu já conheço cada detalhe do seu corpo? – ele diz se aproximando, a cada passo que ele dá em minha direção, eu dou um para trás e isso estava funcionando muito bem, até eu chegar na droga da janela! — Você não tem ideia do quanto eu esperei por isso, Crystal. – diz antes de colar nossos lábios.

Meu Deus, que beijo! Que boca...

Enquanto ele alisa meu corpo eu faço o mesmo, sentindo tudo em meu interior ferver. Da onde surgiu todo esse fogo, menina?

— Senhora... – Tânia entra na sala sem bater — Desculpe atrapalhar... Sua pomada está aqui. – ela coloca a pomada sobre a mesa e se vira voltando para seu posto

— Hum... Ãhn... OBRIGADAAa! – droga!  Devo estar mais vermelha que uma pimenta malagueta, até esqueci que meu peito estava ardendo e da raiva que estava sentindo — Você já ganhou seu beijo, já pode ir embora!

— Quer que eu passe?

— Mas nem fodendo!

— Deixe-me passar a pomada em você, Crystal... – por que meu nome saindo da boca dele soa tão pecaminoso? Como pode ele ainda lembrar meu nome? — A culpa é minha, é o mínimo que posso fazer, eu juro que não vou fazer nada que você não queira.

Mas esse é o problema, cacete!

— Tudo bem... Mas vai com cuidado porque tá ardendo!

— Uhumm... – ele passa a pomada com todo o cuidado do mundo não desviando nossos olhares nem por um segundo.

Eu vou pular nesse homem e depois não me responsabilizo pelo o que vou fazer em cima da minha mesa!

TÁ LOUCA? VOCÊ TEM UMA REUNIÃO AGORA! UMA REUNIÃO! – minha deusa sensata praticamente grita querendo me dar uns tapas

Droga... – murmuro encarando o teto

— Prontinho, loirinha – sorri — Desculpa pelo incomodo – murmura saindo da minha sala as pressas

O que deu nesse homem agora?

Respiro fundo e me concentro em procurar a regata branca que sempre trago na bolsa.

Pelo menos o blazer não molhou...” penso colocando meu terninho azul marinho por cima da regata

Saio da minha sala e caminho em passos apressados até a sala de reunião.

Assim que abro a porta dou de cara com o senhor Collins segurando alguns papéis na frente do seu rosto

Esse perfume não me é estranho... – penso sentindo o cheiro gostoso de perfume masculino que se alastrou pela sala de reuniões

— Peço desculpas pelo atraso senhor, eu tive que levar meus filhos pra creche e acabei pegando um pouco do trânsito caótico de Manhattan. – sorri

— FILHOS!? – assim que o senhor Collins tira os papéis do rosto vejo Erick me encarando perplexo.

Merda! Ou eu tenho muita sorte ou muito azar, não pode ser...

— Só pode ser brincadeira! – digo encarando o homem a minha frente — Olha, me dá um tempo, tá? – respiro fundo —  Primeiro, qual o seu sobrenome?

— Petterson Collins! E pelo o que vi você é Crystal White, a filha do meu sócio. Essa história de filhos... Você é Casada?

— O QUÊ? NÃO, NÃO! Claro que não... Não sou casada e nem namoro, se eu fosse comprometida pode ter certeza que você já teria minha mão tatuada no seu belo rosto!

— Isso me deixa aliviado.

— Tudo bem... Vamos primeiro conversar sobre as empresas, depois precisamos tratar de um assunto bastante... Delicado.

— Tudo bem, será como a senhorita deseja, vamos tratar de negócios, senhorita White.

(...)

— Então nossa parceria ainda está de pé, senhor Collins? Como o senhor pôde perceber pelos gráficos, nossos lucros subiram muito com a  parceria das duas  empresas.

— Vejo que a senhorita está certa... Nossa parceria é muito promissora e ainda vai longe! – aperta minha mão... Uau! Que pegada forte. Pelo amor de Deus cadê o botão que desliga esses pensamentos? — Agora... – diz mudando o olhar de profissional para um mais despojado e tranquilo — Vamos aproveitar que estamos aqui sozinhos e tratar dos nossos assuntos pessoais. Quem é o pai dos seus filhos, Crystal? – por que ele tinha que ser tão direto? Por que não deixar esse assunto para outro dia? — Por que ficou calada e com o olhar distante? Quem é o pai dos seus filhos?

— Tá. – respiro fundo. Quem diria que um dia eu teria essa conversa? — Aquela noite da boate, depois que... Nós fizemos “aquilo” de alguma forma eu... – rio sem humor

— Você...? – pergunta apreensivo

— Bom, e-eu fiquei grávida!

— G-grávida!? – pergunta de olhos arregalados — C-como? Usamos camisinha! C-como pode ser possível eu ser o pai?

— Sei lá, a camisinha deve ter furado! Eu não sei! Só sei que engravidei e que são seus! – ele fecha a cara e eu também — Se não quiser acreditar, não acredite senhor Collins! Meus filhos não precisam de um pai!

— F-filhos?

— Tive gêmeos! – falo entredentes — Se você não acredita em mim, faça o exame de DNA e se depois de comprovado a paternidade você não quiser assumi...

— Se eles realmente forem meus eu vou assumi-los, loira! – diz e vejo em seu olhar verde uma tempestade

— Certo. – digo fugindo daqueles olhos verdes malditos que nunca sairam da minha cabeça

— Eu quero conhecê-los! – diz de repente me fazendo arregalar os olhos e voltar a encará-lo

Esse cara deve ser algum tipo de extraterrestre!

— Como!?

— Eu disse que quero conhecê-los, Crystal, eu sinto que preciso!

— Tem certeza?

— Sim. – encaro seus olhos verdes novamente e dessa vez eu os vejo brilhando

Será que ele é bipolar?

— Me encontre às seis horas na garagem da empresa. – digo fugindo do seu olhar e tentando inutilmente não olhar para seu corpo escultural

Mas que merda! Pare de babar nele Crystal! Ele é lindo? Com toda certeza! Gostoso pra caramba? Também... Tá legal já chega!

Fecho os olhos com força e quando volto a abri-los tenho novamente seus lábios grossos próximos aos meus

Não, você não vai beijá-lo! _ minha deusa interior sensata diz

— Você é linda, loirinha... – sinto seu hálito de menta bater contra meu rosto e sorrio — Merda! Que se foda! – murmura sério e avança contra meus lábios

Desculpa deusa sensata!

Puxo sua gravada e grudo mais nossos corpos

Ele me coloca sentada sobre a mesa de reuniões e continua me beijando enquanto suas mãos percorrem todo meu corpo.

— Você é tão linda... – diz parando gradativamente o beijo com selinhos — Agora eu infelizmente tenho que ir, loirinha. Mas antes, Será que você poderia me mostrar uma foto deles?

— Sim, claro! – mostro primeiro uma foto deles recém nascidos e uma mais recente

— Eles são lindos... – murmura encantado — Minha mãe vai adorar saber que já é vovó – ri — Até às seis, loirinha!

— Até... – sela novamente nossos lábios e sai.

Volto pra minha sala, e começo a analisar alguns papéis de uma nova transação. E meu dia se passa assim, entre algumas  assinaturas e reuniões.

(...)

Olho para o relógio e vejo que daqui a pouco tenho que encontrar Erick na garagem.

Tem algo familiar no sobrenome dele, no olhar dele. Ele é o representante da empreiteira Collins... Será? Não. Isso não é possível! Vou terminar de guardar essas coisas e parar de pensar... Pensar demais deixa as pessoas malucas! 

_____________________/

*Erick Collins

Estou atrasado... Porra de trânsito! Chego na empresa já acelerando quase atropelando uma mulher no caminho. Escuto sua voz me xingando e seu timbre me lembrou ela... A loira dona dos meus sonhos mais obscenos.

Tá aí, endoidei de vez!

Desço do carro para lhe pedir desculpas, mas a mulher que vejo em minha frente me faz perder a fala. Ela está mais linda do que eu me lembrava... Tem mais curvas e essa roupa a deixa sexy pra caralho!

— Loirinha... – sussurro completamente hipnotizado pelas belas órbitas azuis

Ela continua a me encarar até a voz de um outro homem tira sua atenção de mim

Não gostei disso!

A loirinha ergue o pulso e ao ver o horário arregala os belos olhos

— Merda! Estou atrasada para a reunião com o senhor Collins! Droga! – murmura e ao ouvir meu sobrenome sorrio

Vejo a loira sair correndo e parar na porta para conversar com um homem ruivo

Ele não me é estranho...

Me aproximo dos dois e antes que eu possa ver o rosto do homem ele se vira e some

Eu já vi aqueles fios ruivos em algum lugar...

Empurro esses pensamentos estranhos para o fundo da minha mente e sorrio

Estou mais que preparado para minha reunião com a loirinha...

Pego o elevador e subo até o último andar onde fica a sala de reuniões.

Abro a porta e encontro a sala vazia

Ela já deveria estar aqui...

Espero alguns minutos e então decido ir atrás dela.

Não acredito que vou fazer isso!

Me levanto da cadeira calmamente e caminho até a porta, mas assim que passo por ela esbarro em alguém. Olho para ver quem foi o coitado e... Puta que pariu!

É ela. A loirinha!

Merda, Eu deixei a camisa dela coberta de chá! A loira olha pra mim e sai correndo. Acho que foi pra sua sala.

O que diabos eu estou fazendo parado aqui que nem um poste?

Depois de recobrar a consciência vou atrás dela, bato na sua sala e escuto um “entre

Oh meu Deus! Nada no meu psicológico me preparou para aquela cena. Ela estava sem camisa com os seios  arredondados sendo apertados pelo sutiã preto de renda destacando sua pele branquinha.

Me lembro muito bem do corpo dessa mulher. Suas curvas me atormentaram por anos, mas ela parece ter mudado um pouco... Ela não tem mais aquele ar inocente. Seu corpo cheio de curvas ficou mais curvilíneo, vejo que ela tem algumas estrias na barriga e que seus seios estão maiores. Ela definitivamente é a mulher mais gostosa que eu já conheci!

— Porra! – sussurro sentindo meu amigão querendo acordar

— Você viu o que fez? Olha para isso! – diz apontando com a mão para seu lindo par de seios.  Merda eles estão bem vermelhos e irritados... Como eu queria que eles estivessem vermelhos assim por causa da minha boca. O rosto da loirinha está todo vermelho, só não sei se é de vergonha, de raiva ou da mistura dos dois... Acho que a terceira é a mais viável.

— Estou olhando. – digo sorrindo cheio de segundas e até terceiras intenções

— Pare de me olhar! – impossível!

— Por que está tão tímida se eu já conheço cada detalhe do seu corpo?

Vou me aproximando dela com passos lentos vendo-a recuar a medida que me aproximo

Deus abençoe quem criou as janelas! - penso ao conseguir encurralá-la contra a enorme janela de vidro fumê que tem na sua sala

É agora ou nunca! - penso antes de beijá-la

Meu Deus que boca deliciosa! Exploro cada parte da sua boca e quando estou prestes a intensificar o beijo sua secretária abre a porta.

Péssima hora!

A loirinha fica vermelha e dessa vez eu tenho certeza que é de vergonha! Ela pega a pomada e praticamente me expulsa da sua sala. Nessa hora eu me sinto mal por ter sido eu o culpado dessas queimaduras em sua pele

Me ofereço para ajudá-la com a pomada e ela nega, porém nada que um cara insistente para fazer ceder a mulher teimosa.

Como essa mulher consegue ser tão perfeita? Passo a pomada delicadamente tentando manter o respeito, mas tá difícil pra cacete! Não quero ficar duro agora, ela vai achar que eu sou um maníaco sexual!

Termino de passar a pomada e saio da sua sala caminhando até a sala de reuniões. Estava analisando alguns papéis quando ela entra na sala

— Peço desculpas pelo atraso senhor, eu tive que levar meus filhos pra creche e...

Ela tem filhos? FILHOS! COMO ASSIM? SERÁ QUE ELA É CASADA?

— FILHOS!!?– tiro os papéis do rosto e a encaro perplexo

— Só pode ser brincadeira! – diz bufando — Olha, me dá um tempo tá? Primeiro, qual seu sobrenome?

— Erick Petterson Collins E pelo o que vi, você é Crystal White, a filha do meu sócio. Essa história de filhos... Você é Casada?

— O QUÊ? NÃO, NÃO! Claro que não. Não sou casada e nem namoro, se eu fosse comprometida pode ter certeza que você já teria minha mão tatuada no seu belo rosto!

— Isso me deixa aliviado

— Tudo bem... Vamos primeiro conversar sobre as empresas, depois precisamos tratar de um assunto bastante... Delicado.    – diz me deixando confuso, coisa que faço questão de disfarçar

Ela fica muito mais linda com essa máscara de CEO concentrada, vejo que ela pega a bolsa e tira dela um óculos de grau, o que na minha opinião só a deixa mais sexy do que ela já é naturalmente.

Essa é a mulher que vai me tirar dos trilhos!

(...)

Depois da reunião dada por encerrada resolvo iniciar nossa conversa pessoal já perguntando do pai de seus filhos... Preciso saber se esse cara é presente na vida dela.

— Tá. – ela respira fundo e me encara com aquele par de órbitas cristalinas — Aquela noite na boate, depois que... Nós fizemos “aquilo” de alguma forma eu... – ri nervosa

— Você...?

— Bom, e-eu fiquei grávida!

— G-grávida!? – meu coração acelera e eu a encaro de olhos arregalados... Como assim grávida? C-como? Usamos camisinha! C-como pode ser possível eu ser o pai?

— Sei lá, a camisinha pode ter furado! Eu não sei! Só sei que engravidei e que são seus! – fecho a cara e me controlo para não dar uma risada sarcástica

Não vou cair nesse golpe de novo, mas não vou mesmo!

Vejo a loira fechar a cara e me encarar com tanta frieza que me senti no polo norte

— Se não quiser acreditar, não acredite, senhor Collins! Meus filhos não precisam de um pai!

— F-filhos? – pergunto abismado

Ela quer dar um golpe do baú duplo?

— Tive gêmeos! – fala irritada — Se você não acredita em mim, faça o exame de DNA e se depois de comprovado a paternidade você não quiser assumi... – Como? Nunca renunciaria a dádiva de ser pai. Minha mãe corta meu pau fora se ela descobrir que eu fiz isso alguma vez na minha vida! 

— Se eles realmente forem meus, eu vou assumi-los, loira! – digo seguro mesmo com meus sentimentos em conflito

— Certo.

Fecho os olhos e me lembro da vez que peguei Lia furando minhas camisinhas...

Será possível?

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