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UMA NOITE EM UMA CAMA QUENTE
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"E agora? O que devo fazer?" — Bloodstain se questiona enquanto de longe, em sua forma lupina, observa o vilarejo iluminado pelas lamparinas nortunas.
A lua está no seu maior pico, indicando que já é meia noite. Bloodstain volta a sua forma humana e o vento frio b**e com força em seu corpo nu, o fazendo estremecer. Se manter quente é mais fácil quando o corpo está cheio de pelos, o estômago da jovem ronca e ela cruza os braços na frente da barriga. A energia que ela gastou atravessando um país, foi demais, e sua falta de alimentação correta não ajudava nem um pouco, suas pernas não tremem apenas pelo frio, mas pelo cansaço e desnutrição. Se manter é em pé, é quase uma missão impossível.
O ar quente solto no suspiro de Bloodstain dançou em um tom branco com o vento frio, ela concentra todas as suas forças nas pernas e começa a se mover indo e
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ UMA CONVERSA DESAGRADÁVEL ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ — Voltamos! — Margareth anuncia entrando na cozinha, Occisor está em pé preparando sua refeição da noite. Carne de porco mal passada com cebola. — Bem vindas — Occisor cumprimenta e Margareth dá um beijo na bochecha dele, logo após ela se senta na mesa. — Como foram as férias? — Maravilhosas — repsonde sorrindo. — Imagino, matou quantos? — Infelizmente, apenas sete. — E Mari? — Catorze — revira os olhos — Ela sempre fica com a melhor parte! Só matei eles porque estavam atrapalhando a passagem! A ação é sempre dela — cruza os braços e faz bico, como se fosse uma criança mimada. A risada de Occisor preenche toda a cozinha, mesmo após cinco anos, Margareth não se contenta com as mortes que já conquistou. A parte do resgate que ela mais odeia é a que sempre fica para ela.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ UMA LADRA QUE NÃO SABE ROUBAR ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Os sons de muitas vozes se misturando entre si despertam Bloodstain do primeiro sono tranquilo que teve em toda a sua vida. Esfrega seus olhos com o dorso de suas mãos e leva alguns segundos até fazer sua visão focar na imagem de dois humanos a sua frente, um macho e uma fêmea. — Ah, então finalmente a vigarista acordou — a fêmea fala e começa a caminhar na direção de Bloodstain, mas Cíntia entra no meio. — Pare com isso, Carla — a voz cansada de Cíntia soa com firmeza. — Você só pode está ficando caduca, sua velha! — a mais nova retruca irritada. — Eu falei, deverias ter a deixando na casa de idosos — o macho cometa e revira os olhos com impaciência. "O que está acontecendo? Quem são eles?" — Bloodstain se questiona enquanto abraça os joelhos se encostando na parede e fecha os olhos com força. A gritaria machuca seu
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ A MARCA SÓ DOI EM UM! ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Uma noite sem estrelas se encontra com um mar de sangue. Um olhar inocente e medrosos de frente a um rancoroso e assassino, como podem ser destinados? A respiração fica cada vez mais rápida, o coração de ambos acelera dentro do peito. Tudo que era frio, parece está queimando ao redor do grande lobo negro, a cada passo que Occisor da para trás, uma dor atingi seu pescoço o obrigando a voltar a forma humana, Bloodstain também sente seu corpo ser forçado a voltar a forma humana, a neve abaixo de suas costas está descongelando. Ao levantar seu olhar para o seu assassino, se depara com um homem nu, seu rosto todo cora, ela nunca tinha visto um homem nu antes, não com todas as partes no lugar e nem tão bonito. Diferente dela, ele é viril e musculoso, enquanto ela é apenas osso e pele. Com o rosto ardendo como brasa ela ergue as mãos para tapa-lo, m
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ COMENDO COM A FAMÍLIA DO COMPANHEIRO ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Occisor sem pestanejar abre a porta de entrada do segundo andar privativo sem se importar com os olhares dos oficiais, e não escuta nenhum som dentro do andar. "Onde elas estão?" — se questiona enquanto adentra a área privativa deles. Sem nenhum cuidado ele tira a garota de seu ombro e a j**a no chão. Bloodstain segura o gemido de dor que tenta lhes escapulir a garganta e massageia suas nádegas. Sem nenhuma vergonha de seu corpo ele caminha até o corredor e vai em direção a terceira porta, que é onde fica o quarto de Margareth, mas desiste de lhes pedir ajuda ao ouvir os gemidos de sua irmã mais velha. "Entendi o porquê dela não ter notado o cheiro diferente aqui dentro" — revira os olhos com o pensamento e retrocede o caminho voltando para a primeira porta do corredor, esse é o quarto de Mari, mas ela não está nele. "Onde ela está q
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ A CAMA DE SEU COMPANHEIRO TAMBÉM É SUA? ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ — Foi a escolha certa — Mari sussurra para si mesma se convencendo que fez o certo, indo em direção ao seu quarto. Já se passaram duas horas desde que o jantar terminou. O odor de Sasha estava muito ardido incomodando o nariz de todos, Mari a ajudou a tomar um banho corretamente. Nas raras vezes em que a menina se limpava em sua antiga moradia, era apenas um pano úmido na intimidade entre suas pernas e axilas. Dentes? Escovou apenas uma única vez, que foi no dia em que fugiu. Mas Mari a deu uma escova apenas para ela usar. O segundo andar da base tem apenas dois banheiros, um fica dentro do quarto de Mari e o outro na última porta do corredor, a primeira a se banhar foi Margareth, Mari decidiu que iria tomar banho junto de Sasha no banheiro do corredor e Occisor ficou por último da fila. Nessa noite, foi a pr
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~SASHA NUNCA ANTES VIU TANTO LIVRO~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~As nuvens fofas no céu, o vento calmo assobiando límpido nós tímpanos. Sasha sente sua loba praticamente gritar dentro de si pedindo para sair e correr como fazia anos atrás. Mas o que aconteceria se ela fizesse isso? Um floco de neve cai do céu e pausa em seu nariz logo se derretendo. Sasha sorrir, não tem muito o que fazer. Depois que Mari saiu com Margareth ela pensou que poderia passar o tempo limpando, mas todo o local está impecavelmente limpo.Atrás de si, sentando no sofá, seu companheiro está lendo um livro. Ela quer conversar, mas ele vem se mostrando tão grosseiro, que Sasha sente receio até de olhar para o sofá onde ele se encontra."Respira... O que pode acontecer de ruim?" — questiona em pensamento e sorrir forçado. Seu ser não aguenta mais o silêncio pesado dentro do ambiente. Com passos hesitantes
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~CIÚMES? UM PASSEIA NA FLORESTA~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ⏞ 𝔘ma Lua Depois ⏟Os fracos raios de sol tocam o suave rosto de Sasha, em apenas uma semana, os olhos fundos em olheiras negras sumiram, o tom azul em sua íris está vivo e agora ela consegue sorrir de forma despreocupada. Desde que seu companheiro a concedeu permissão para ler na biblioteca, seus dias tem sido de grandes aventuras. A maior parte do tempo fica lá, sentada com os olhos vidrados no conjuntos de palavras que criam uma bela história. Único momento em que se encontra com Occisor é somente na hora da refeição, mas não trocam nenhuma palavra. Nos primeiros quatro dias,
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~UMA NOITE DE TEMPESTADE~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~— O cheiro está ótimo! — Sasha fala enquanto observa Occisor jogar os temperos picados na panela com o fogo acesso — Qual a carne de hoje?— Alce.A felicidade parece transborda do pequeno corpo da jovem. A dois dias, Occisor vem sendo mais suscetível a interações com a sua companheira e mesmo sendo algumas poucas palavras, apenas na hora do jantar, para Sasha, já faz total diferença. O sentimento de solidão diminuiu dois por cento de sua rotina.— Vá arrumar os pratos — manda sem tirar os olhos da carne muito mau passada que está preparando.Apesar dos paladares degustativos dos licantropos serem diferentes dos humanos comuns, alguns temperos deixam o gosto da carne mais aprimorada. Os gostos costumam variar. Alguns gostam de muito pimentão, outros de muita cebola e já outros com alho e assim por diante. Occisor gosta de misturar os temper