A aposta — 1995
Francisco estudava na sala de Isabela. Apesar de muito bonito, ela nunca tinha prestado atenção nele. Mas, certa vez, se encontraram na boate “Fun Club”, que ficava no meio do shopping Rio Sul, e o rapaz investiu pesado em Bela. Tentou beijá-la, elogiou a sua beleza e até mesmo confessou uma admiração reprimida há muito tempo.
Embora Isabela não tenha cedido aos apelos de Francisco, ficou mexida com eles. Voltou para casa pensando no menino e, na segunda-feira, foi incapaz de vê-lo com indiferença. O investimento continuava, firme e forte, na sala de aula. Ele não economizava cantadas, paqueras, piadas e olhares.
A cada novo dia de sedução, a garota ficava mais disposta a aceitar o assédio, vislumbrando qualidades nunca observadas no rapaz. Em pouco mais de dois meses, já estava louca para beij&a
Amor da vida — parte 1 — 1996A paixão inesperadaEra fevereiro de 1996 e Isabela ainda estava de férias no colégio. Foi à boate Fun Club mais uma vez: o seu destino preferido para dançar. O lugar estava bastante movimentado e já contava com uma fila na entrada, indicando que a noite prometia ser boa.De repente, viu uma das suas amigas cumprimentar um menino que encheu os seus olhos e roubou toda a sua atenção. Com cabelos castanho-escuros e um amplo sorriso no rosto, o rapaz era uma graça. A sua voz e o seu jeito de falar faziam o coração de Bela falhar algumas batidas.Assim que ele saiu de perto, quis saber tudo a seu respeito.— Quem é esse garoto, Cris? — perguntou, sem nem tentar disfarçar o interesse.— Ué, vai dizer que não conhece o Júl
Confusões amorosas — 1999Mais velho, cheio de charme e muito bonito. Assim era Patrício: um verdadeiro deus grego que frequentava os mesmos lugares que Isabela nos últimos meses. Com os cabelos bem pretos e uma pinta no canto da boca carnuda, ele parecia ter saído direto das telas de Hollywood.Bela suspirava sempre que o rapaz passava por perto nas festas e baladas dos fins de semana. Para completar, ainda era dono de um sorriso lindo, dançava bem e se vestia com extremo bom-gosto.Junto com Valentina e as amigas, Belinha ficava imaginando o que ele fazia, onde morava, o que o atraía. Todas sabiam que se tratava de um sonho distante: alguém perfeito e totalmente inalcançável. Mas, em uma determinada noite, o que parecia impossível aconteceu. Patrício veio falar com Isabela.— Oi, Isabela. Tudo bem? — disse, sorridente.&md
Trocada por um Yakult — 1999A faculdade de Comunicação finalmente começou e Isabela estava radiante com a nova etapa da vida. Sentia-se adulta, responsável e pronta para recomeçar.Agora, universitária, ela tinha esperança de ter mais sorte no amor e de dizer adeus a todas as derrotas sentimentais que marcaram a sua trajetória até aquele momento.Logo no dia do trote, um colega de sala demonstrou interesse por ela. Era até bonitinho, mas não despertava nada diferente na garota. Os outros alunos perceberam a situação e começaram uma campanha incansável para unir o possível casal, colocando uma pressão desmedida para que Bela cedesse às investidas de Adriano.Quando contou para a mãe e para a irmã, as duas fizeram coro para que ela desse uma chance ao menino.Depois de dois m
É culpa do destino (EMBARCAÇÕES & GISELE FORTES)Pensando em vocêEm todos os momentos que me fez perderNos sorrisos bobos, que preencheram meu coração Ou no calor tristonho, que me fez chorar no chãoSe para você é engraçado, para mim é deslealO seu presente é o amor e a sua partida é a minha dorVocê faz e desfazLeva e trazVocê mudaMe bagunça, tira a pazSentimento que se esvaiE machucaEu insisto em dizer ...Que é culpa do destinoQue age em desatinoQue rasga a minha almaMe golpeia, depois me acalma<
Um amor, enfim, real – 2000 a 2002Um pequeno contratempo para fechar o anoIsabela estava empolgada porque passaria a virada do ano em Búzios, na casa da sua melhor amiga Fábia, rodeada por uma dezena de jovens da sua idade. Era a primeira vez que iria viajar sozinha no Réveillon e o balneário não poderia ser melhor cenário para esse momento emblemático da sua vida.A viagem seria na segunda-feira cedo: iriam de ônibus, independentes, saindo da rodoviária Novo Rio. E, para fechar o ano de 1999 com chave de ouro, ela decidiu curtir uma última noite especial. Mal sabia o susto que a aguardava, deixando uma marquinha nada agradável no encerramento daquele ciclo.O destino da suposta diversão era a boate Dado Bier, que ficava em um shopping aberto da Barra da Tijuca. Foi levada pelo pai e combinou de voltar de carona com Frederi
Solteirice agitada — 2002Cavalheiro às avessasFábia, a melhor amiga de Isabela desde os tempos de escola, foi fazer um intercâmbio de um ano na França. Era um programa especial, voltado para alunos das melhores faculdades de Engenharia, que garantia experiências memoráveis na Europa.Quando voltou do intercâmbio, a amiga tinha um novo leque de amizades masculinas: garotos lindos e inteligentes, daqueles de parar o trânsito e arrancar suspiros. Fábia não via a hora de apresentar os rapazes à Bela, a mais nova solteira do pedaço.Na primeira oportunidade, foram a uma discoteca no Leblon e Isabela pôde, enfim, conhecer o tão falado Allan. Ele era realmente uma visão: alto, bronzeado, forte, com os olhos verdes e os cabelos dourados. Bela ficou animada e recebeu bastante atençã
Romance no busão — 2003Era carnaval, tempo de festa e muita diversão. Isabela iria aproveitar o feriado na terra oficial da folia: a Bahia. O destino era Porto Seguro e Arraial D’ajuda, na companhia da irmã Valentina e da melhor amiga Fábia. Estava animada e cheia de planos para dias repletos de sol, música e risadas.Chegaram ao Terminal Novo Rio para pegar o ônibus que as levaria até lá e tiveram uma surpresa desagradável. Tinha acontecido uma espécie de overbooking rodoviário e os assentos delas tinham sido vendidos duas vezes. Furiosas, as garotas recusaram-se a esperar outra condução e sentaram-se nos locais que ainda estavam vazios. Quando o coletivo fez a sua parada na rodoviária de Niterói, começou um novo rebuliço: não tinha espaço para todo mundo e queriam tirar as três amigas a q
Caindo do cavalo — 2005Querendo não verBela e Guilherme estavam juntos há mais de dois anos, mas, apesar da convivência frequente, o romance não tinha esfriado. Ela continuava fascinada por ele, embevecida pela sua presença diária e agradecida pela bênção que era tê-lo em sua vida.Era tão apaixonada que simplesmente não enxergava os pequenos sinais de que, para Gui, a relação não ia tão bem. Eram brigas bobas, sem motivos aparentes; uma impaciência crescente, que acabava em pequenas respostas grosseiras; e uma diminuição significativa do carinho que ele reservava para a namorada. Depois, começaram a acontecer os chopes pós-trabalho, as partidas noturnas de futebol e vários outros compromissos que, de repente, pareciam mais importantes do que estar co