Hadiya
Escuto meu celular tocar e é minha amiga doidinha, Lara, quem eu amo muito!
— O que devo a honra dessa ligação?
— Amiga, hoje tem uma inauguração de uma boate e quero que você vá comigo.
— Ótimo, preciso mesmo sair para me distrair um pouco.
— Como é seu novo patrão?
— É o homem mais lindo que já vi na vida.
— Uau, você está falando assim de um homem, o achando lindo.
— Falou minha amiga com deboche.
— Ah, por favor, eu acho outros bonitos também.
— Mas não falar com toda essa empolgação toda.
— Para de pensar bobagem, ele é um homem casado, ok.
— Sério? Ah! Droga minha amiga.
— É uma droga mesmo e ele tem até uma filha.
— Ah, amiga, mas não tem nada, vamos para essa boate e vai aparecer um super gato para você transar à vontade.
— Para de falar tanta bobagem, Lara.
— Está bom. As dez horas passo aí para te pegar. Está certo?
— Ok.
Descansei por um instante, não estava com fome, não entendo o que está acontecendo com meu coração. Aquele sujeito, parece que eu já o vi antes, mas tenho certeza de que nunca cruzamos caminho, com aqueles olhos verdes penetrantes. Homem extremamente atraente! Quando chega a hora, tomo um banho demorado, arrumo meus cabelos com cuidado e passo a prancha, prefiro meu cabelo liso e, embora seja naturalmente cacheado, dá um trabalhão. Coloco uma calça escura, uma blusa e uma jaqueta, afinal o clima em São Paulo está gelado.
Finalizo colocando uma bota, aplicando maquiagem e estava completamente pronta para aproveitar a noite. Com vinte e sete anos, ainda me considero jovial e preciso desfrutar ao máximo, pois não aproveitei tanto quando era mais nova, por isso faço isso agora. Lara começou a buzinar feito louca, que sai correndo, essa garota é maluca.
— Aí gata, pronta para curtir?
— Com certeza.
Ao chegarmos na boate, estacionamos e ficamos na fila.
— Amiga, a fila está enorme. Caraca, como isso vai lotar.
— Sim, já estou vendo muitos gatos.
Entramos e quando olhei envolta quase tive um treco, era lindo por dentro com muitas luzes coloridas. Ah! Meu Deus aqui dentro está bombando, nunca estive em uma boate na minha vida e a verdade é que nem gosto de sair, só finjo gostar, pois minha amiga fica azucrinando meu juízo.
Fomos para o bar, pedimos uns drinques e bebemos. Depois de alguns drinks que já não estava comendo, já me sentia meio alegrinha. Sabe quando se tem a sensação que está sendo observada, estou me sentindo assim desde que entrei aqui...
Droga, mas não estou vendo ninguém me olhando. Minha amiga estava na pista dançando, quando aparece um moreno e fala:
— Oi gata, quer dançar?
— Eu estou com cara de quem quer dançar? Se estou aqui no bar é porque não quero dançar. Me desculpe.
Homens que não aguentam ver uma mulher sozinha e já querem dar em cima, comigo não tem essa.
— Mas puxa, uma mulher linda como você e quer ficar sozinha?
— Fuzilei o cara com meu olhar e ele se vai.
— Vai se catar, que saco quero ficar sozinha.
De repente surge uma voz falando nos alto-falantes.
— Agora, queremos apresentar o dono da boate. O homem que fez tudo isso para vocês. — Olho em direção ao palco e acabo sendo surpreendida.
Nossa, não acredito, ele também é dono disso. Quanto dinheiro esse cara tem? Pelo amor de tudo que é mais sagrado!
Seus olhos encontraram os meus e nesse momento compreendi de onde vinha aquela sensação de estar sendo vigiada. Fixei meu olhar nele e em todos os aspectos do seu corpo deslumbrante. Meu Deus, que físico impressionante! Vestia calças jeans e uma camisa polo que realçava seus músculos incríveis. Que homem tentador! Mas lembrei a mim mesma, Hadiya, ele é proibido para você.
Seu olhar intenso parecia transmitir a vontade de me consumir.
Que expressão surpreendente!
Oh! meu Deus, ele está maravilhoso, acho que estou quase tendo um ataque cardíaco.
Quando minha amiga se aproximou de mim, percebi que nossos olhares se encontraram e me distraí completamente.
Caramba, é como se ele estivesse me despir com seu olhar sedutor.
— Amiga, está me ouvindo?
— O quê?
— Estou aqui há séculos falando com você e não me ouve.
— Ah! Desculpe.
— Sei, estava de olho no gato. Que homem é esse? Gente nunca vi homem tão lindo! Quem é ele?
— Meu patrão.
— A merda, Hadiya, você está fodida. — Falou Lara.
— Ah, novidade. — Digo e ela logo se afasta, voltando para a pista de dança outra vez e me deixando sozinha.
Ele interrompe a conversa e se aproxima de mim, meu coração acelera como se fosse pular para fora a qualquer instante, porém me recordo de que ele tem uma esposa maravilhosa e não me encara como se fosse me seduzir, essa sensação é apenas fruto da minha imaginação pervertida.
— Oi! Você está linda. — Ele fala.
— Obrigada, Senhor.
— Não precisa me chamar de senhor.
— Está bom. — Pego minha bebida e a viro de uma vez só, pois, esse homem está me deixando louca. Que merda!
O que está acontecendo comigo? Droga, desde o primeiro instante que o vi, meu coração bateu estranho, isso deve ser um pesadelo.
— Você tem que parar de beber tanto assim.
Eu estava quase embriagada, não tenho o hábito de consumir bebidas alcoólicas, por isso, se eu exagerar, não terei memória de amanhã ao acordar.
Tudo ao meu redor ficará em branco. Sinto a urgência de ir ao banheiro e por pouco não caio, se não fosse pela mão que me tocou e me deixou tremendo.
O inferno se controla, Hadiya. Falo com minha mente que não quer me obedecer diante desse homem, que merda.
— Olha, por favor, pode deixar que vou sozinha. — Droga por que estou sendo grossa com ele?
Estou completamente perdida. Fui ao banheiro com extrema dificuldade, pois acabei exagerando na bebida. Sério, será que é esse homem que está mexendo com a minha cabeça e me deixando completamente atraída por ele? Meu Deus, o que fazer nessa situação?
Quando estou entrando, vejo o mesmo idiota que me convidou para dançar.
— Está indo aonde, coisa mais linda? Era só o que me faltava.
— Escuta, eu realmente preciso usar o banheiro, senão vou acabar fazendo xixi nas calças. — Ele me impede e encaro o rosto do idiota.
— Se não me soltar, vai se arrepender. — A pessoa ri, recebendo um soco no rosto em seguida. — Solte ou vou te arrebentar completamente, entendeu? Mesmo embriagada, não se importava com o porte físico do indivíduo.
— Você é uma mulher louca, batendo em um homem do meu tamanho. Posso te pegar e te dar uma porrada, amo dar uma porrada em uma mulata, principalmente se for uma porrada de pica.
— Tenta, idiota. — Sou louca mesmo, o cara é gigante, mas ninguém mais vai me desrespeitar assim. — Vou ao banheiro e você, patético, some daqui. — ele vai embora e diz que sou maluca. — Vai se catar, idiota. É para isso que eu aprendi autodefesa, para me proteger de homens chatos e adivinha quem estava atrás de mim, o outro imbecil que decidiu me perseguir.
— Qual o motivo da sua presença aqui? Por favor, me deixe em paz. — Eu costumava ter um problema, que era falar sem filtros quando bebia, algo que não acontece quando estou sóbria.
— Apenas desejava saber se estava tudo bem.
— Estou muito bem, obrigada. — Respondo antes de entrar no maldito banheiro e fechar a porta.
Que situação complicada, esse homem comprometido não me deixa em paz. Finalizei minhas tarefas, limpei minhas mãos antes de sair e adivinha quem estava lá fora me aguardando? Isso mesmo, o próprio pecado querendo perturbar minha consciência.
— Que saco, você é meu patrão e mais nada.
— Você parece ter bebido um pouco demais. É melhor você voltar para casa. — Afirma ele.
— Recomendo que você se preocupe com seus próprios assuntos, com sua esposa, e me deixe em paz. Vou voltar para o bar com ele seguindo atrás de mim. "Por gentileza, mais uma bebida", solicito, porém ele teve a coragem de interromper meu pedido.
— De forma alguma. Você não irá ingerir mais nada.
— Ah! Me deixa. Você não manda em mim, sabia? Por favor me dê a minha bebida, moço. — eu estava mesmo muito bêbada, procurei por Lara, mas ela havia sumido. Como vou para casa agora? Vou ter que ir sozinha mesmo, a louca deve estar se agarrando com alguém por aí e estou vendo tudo rodar. Preciso mesmo ir para minha casa urgente.
— Eu irei te acompanhar. Qual é o endereço da sua residência?
— Não possuo uma casa, a casa pertencia à minha mãe Maitê, se alguém aparecer me expulsará dela sem cerimônia. Acabo ficando nas ruas, mas não me importo, sinto-me amaldiçoada. Todos que amo partem, nunca possuo nada, até mesmo meu amigo me abandonou. O Kevin, ele era o único, além de minha mãe Maitê, que se importava comigo, mas seus pais o afastaram de mim há muitos anos. Ele apenas me deixou uma carta que nunca tive coragem de abrir, mesmo depois de aprender a ler. Não queria que fosse a única lembrança que eu teria dele. E agora, que ironia, ele tinha apenas catorze anos e teve que estudar longe, esperei tanto tempo, mas ele nunca voltou. — Suspiro. — Desculpe, estou me sentindo enjoada e preciso sair daqui. — Passo rapidamente pela multidão, na esperança de que o homem que me causa desconforto tenha desaparecido do meu campo de visão.
O que está acontecendo comigo? Desde o início, quando o vi pela primeira vez, algo mexeu dentro do meu peito, mas não consigo identificar o que é.
Vou chamar um carro, espera, será que já paguei pelas bebidas? E se eu não tiver acertado o cara bonitão, que é casado com uma mulher maravilhosa, afinal, esse lugar é todo dele.
Que coisa horrível!
Estou refletindo sobre um homem rico, que é casado e que nunca consideraria uma pessoa de poucos recursos, que sequer possui residência própria.
Estou completamente enlouquecida, extremamente animada por causa da bebida, refletindo sobre esse homem maravilhoso que me faz ficar excitada sempre que me encara com seus olhos verdes.
Inicio a gargalhar sem companhia, parecendo completamente desequilibrada, perdi o controle, as pessoas me encaram enquanto rio solitariamente.
E qual seria minha atitude? Deixo de lado, a questão é dele!!
Existem diversas pessoas neste mundo que já zombaram de mim, quando me diziam algo desagradável, que já me habituei. Compreendo que não é correto normalizar coisas negativas, porém já vivi tantas situações assim em minha vida.
Estou quase perdendo o equilíbrio por conta da embriaguez, porém não faço ideia de como chamar um táxi, acho que vou acabar dormindo aqui mesmo, neste passeio, estou com dificuldade para caminhar e toda vez que tento dar um passo parece que vou cair, e olha que não bebi tanto assim, de repente vejo a meu pecado surgir.
— Aonde você acha que está indo? — Indaga. Se ele tivesse ideia de que estou considerando passar a noite neste lugar.
Kevin Passaram-se quinze anos desde a última vez em que me encontrei com eles. Já fazia um bom tempo que eu não conversava com meus pais, pois eles me afastaram dela. Aquela garota era a única que me importava profundamente na vida, minha amiga e meu amor, ela significava muito para mim.Com apenas quatorze anos, eu já tinha consciência dos meus sentimentos. Sentia meu coração se entristecer pela maneira como meus pais racistas a tratavam. Para estar com ela, precisava mantê-la em segredo. Desejava estar sempre ao seu lado, mas guardava isso só para mim.Desde que ela veio para minha residência, eu a percebia observando com desejo as nossas lembranças do colégio, o que me causava profunda tristeza e um sentimento de desolação.Eu me perguntava o motivo dela não se dedicar aos estudos. E por qual motivo meus pais não a matriculavam em uma escola? Realmente, era responsabilidade deles providenciarem isso, entretanto, ao invés disso, ela era mantida em reclusão e durante nossas idas ao
Kevin — Papai, a gente vai para onde? — perguntou minha filha.— Vamos para cidade natal do papai, São Paulo, meu amor. — falei.Desejei que ela adquirisse meu idioma, ela conversa fluentemente tanto em português quanto em alemão, mesmo tão novinha, ela já frequentava a escola e é tão perspicaz que aprendeu a falar português com facilidade.Neste momento estou a bordo da aeronave refletindo sobre a minha cidade natal, onde não retorno há mais de quinze anos, meus pais já não residem lá, o que é uma bênção.Retornar à minha cidade me fez recordar daquele período e dela, já fazia bastante tempo que não refletia sobre aquela fase, quando eu era extremamente feliz apenas por estar junto da minha amada.Constantemente meu pensamento estava nela, no entanto, ao retornar para minha cidade hoje, algo despertou dentro de mim e do meu cérebro, fazendo com que eu não consiga parar de pensar nela. Será que ela ainda reside em São Paulo? Ou teria se mudado para algum outro local? É angustiante n
Hadiya Ao despertar, fiquei desorientada quanto ao local em que me encontrava, mas logo percebi que estava em minha própria casa. Como cheguei até aqui ainda é um mistério para mim, porém, levanto-me, dirijo-me ao banheiro e realizo minha rotina de higiene.Visto uma calça de moletom e um casaco de frio, vou preparar café enquanto percebo que a porta do quarto de visitas está aberta. Ao me aproximar, levo um susto: meu chefe está lá. O que ele está fazendo aqui? O que será que eu fiz?Por qual razão meu chefe casado está presente em minha residência?Caramba, que situação complicada, ele está com a sua filha, que é tão adorável e acordou. Ai, meu Deus, agora estou em apuros! Não posso fugir, afinal estou em casa. A menininha me notou e veio em minha direção, fechando a porta onde o pai estava dormindo.— Oi, sou Samantha e você é amiga do meu papai, né? — Falou a garotinha.— Sim, minha linda e eu me chamo Hadiya. Vamos tomar café, minha flor?— Gostei desse nome, tia Hadi.
Hadiya Minha amiga não está disponível o tempo todo, ela tem sua própria rotina. Ela até me convidou para sair, mas não estou interessada. Prefiro deitar na cama, dormir e esquecer os pensamentos que me entristecem, ao observar de perto o Sr. Martinez, ele me faz recordar do meu amigo que se afastou.— Hadiya, você está bem? — indagou o gostoso que não sai da minha mente.Sentia a angústia crescendo dentro de mim, mas precisava manter as lágrimas escondidas, desejava apenas desabafar em silêncio, porém a presença dele só tornava a situação mais complicada.— O que você tem? Você está bem? — ele perguntou.— Sim, estou. — menti. — Está bom, vou embora e amanhã nos vemos no restaurante.— Está bem e obrigada por ter me trazido para casa. Eu agradeço mesmo.Dei um abraço nele que me surpreendeu naquele momento, pois senti uma vontade imensa de permanecer ali para sempre e a emoção de chorar, de repente tomou conta de mim e chorei enquanto estava abraçada, sem perceber a presenç
Hadiya Minha amiga não está disponível o tempo todo, ela tem sua própria rotina. Ela até me convidou para sair, mas não estou interessada. Prefiro deitar na cama, dormir e esquecer os pensamentos que me entristecem, ao observar de perto o Sr. Martinez, ele me faz recordar do meu amigo que se afastou.— Hadiya, você está bem? — indagou o gostoso que não sai da minha mente.Sentia a angústia crescendo dentro de mim, mas precisava manter as lágrimas escondidas, desejava apenas desabafar em silêncio, porém a presença dele só tornava a situação mais complicada.— O que você tem? Você está bem? — ele perguntou.— Sim, estou. — menti. — Está bom, vou embora e amanhã nos vemos no restaurante.— Está bem e obrigada por ter me trazido para casa. Eu agradeço mesmo.Dei um abraço nele que me surpreendeu naquele momento, pois senti uma vontade imensa de permanecer ali para sempre e a emoção de chorar, de repente tomou conta de mim e chorei enquanto estava abraçada, sem perceber a presen
Kevin Deixei a residência de Hadiya com profunda tristeza no peito, relutava em sair e deixá-la sozinha após presenciá-la chorando em meus braços. Tinha um desejo imenso de cuidar dela eternamente, a ponto de querer compartilhar as lágrimas que teimavam em aflorar. Contive-me por causa da minha filha, mas tudo que queria era dizer: "Estou aqui, meu anjo, sou o Kevin e nunca me esqueci de você, mas o medo me impede".Se tivesse a oportunidade, ficaria ao lado dela eternamente, não desejo me afastar e gostaria que ela percebesse que nunca estará desamparada, mas por enquanto não posso revelar minha identidade, não tenho ideia de como ela reagiria e prefiro não considerar isso no momento.Decidi me distanciar de Magda, pois percebo que ela está agindo de forma instável. Não posso permitir que ela descubra o que sinto por Hadiya, apesar de saber que minha esposa não me ama e nunca me amou de verdade.Cheguei em casa hoje e ela não estava lá, na verdade nem passou a noite aqui. Mai
Kevin Ergui ela nos braços, a conduzi até o quarto e após ela adormecer, me dirigi até a desequilibrada e questionei em voz alta:— O que você está pensando? Ficou louca? A única razão de você ainda estar aqui é porque ela é sua filha e, apesar de todos os maus-tratos, ela ainda te ama. Mas se continuar assim, vou ter que te mandar embora, entendeu?O mais lamentável é que ela disse isso com a expressão mais sarcástica possível.— Me perdoe, Kevin, prometo que não farei mais isso com aquela garotinha. — A maldosa mal conseguia se comunicar com minha filha.Não desejo mais a presença dela perto da minha filha. Já havíamos decidido nos separar uma vez, mas minha pequena continuava pedindo pela mãe, então cedi e me arrependi profundamente. Agora não tem como voltar atrás, não desejo nenhum tipo de escândalo associado ao meu nome e ela só voltou por causa do que foi divulgado na mídia.Foram divulgadas diversas imagens dela envolvida romanticamente com os três rapazes, os pais ficar
Hadiya Estava imersa em um sonho agradável, fui interrompida pelo bendito celular que começou a tocar, estava sonhando com meu querido amigo, tão encantador ele era. Sentia uma imensa alegria sempre que ele vinha me visitar. Ah, como sinto falta da sua presença...Ignorei o som do telefone e, ao fechar os olhos, permiti que memórias agradáveis me transportassem no tempo. Ele representava uma das raras lembranças felizes da minha juventude, ao lado de momentos especiais vividos com meus irmãos e até em companhia da minha mãe. Mesmo com os desafios, éramos uma família feliz.Oh, meus dois amores, há momentos em que sinto que vou sucumbir à intensa saudade de Heitor e Lucas, meus irmãos que estão distantes, e como gostaria de entender o que se passa em suas vidas.Uma das lembranças que sempre me vêm à mente é o tempo que passava com meu amigo. Ele sempre chegava com lápis e papel na mão, pronto para me ensinar algumas palavras, com um lindo sorriso no rosto salpicado de sardas