Kevin — Que houve com você?— Fui assaltada e me espancaram. — Ela estava drogada e é lógico que não acreditei na história do assalto.Ela estava toda machucada e para ajudar ela acaba desmaiando, Hadiya vê e rapidamente me ajuda.— Quem fez isso com sua mulher? — Não sei, e ela não é minha mulher. — Pois, eu ainda vejo uma aliança no seu dedo.Refleti sobre o uso desse anel até agora. Eu o mantinha no dedo para afastar mulheres , mas a verdade é que hoje em dia não faz diferença, elas não respeitam mesmo o fato de sermos casados e vêm com investidas de qualquer forma.É evidente que nem todas as mulheres agem dessa maneira, no entanto, algumas demonstram interesse de forma muito intensa e, se recusamos qualquer tipo de envolvimento, nem mesmo um compromisso poderá impedir.— Você quer que eu chame uma ambulância? — Não, essa não é a primeira vez que ela chega assim. Vou levá-la para casa e depois vejo o que faço. — vi o seu olhar triste.Droga essa mulher tinha que aparecer agora
Hadiya Deixei o restaurante dominada por um sentimento de melancolia tão intensa que pensei que fosse enlouquecer a qualquer momento.De que maneira foi possível que ele mentisse para mim assim?Por que ele me proporcionou uma sensação de singularidade por um instante?Após aquela troca de afeto e demonstrando seu interesse, acabei concordando, porém percebi que ele tinha interesse apenas em ter relações íntimas comigo e mais nada, queria se aproveitar da situação e depois me descartar, isso parece ser um comportamento comum entre homens comprometidos, na minha opinião.Jamais me envolvi com alguém comprometido e não tenho intenção de fazê-lo, porém esse homem mexe com todos os meus sentidos, físico, mental e emocional. Há algo nele que desperta emoções em mim como nunca antes havia experimentado.Estou me sentindo muito triste e não consigo compreender o motivo. Conheci essa pessoa há pouco tempo e estou me questionando se já renunciei totalmente à oportunidade de alcançar a
Hadiya Recordo-me de uma moradora do bairro que mimava seu cão com tanto afeto e atenção, de uma forma muito mais calorosa do que eu recebia.Ao observar a mesa dos meus superiores, sentia uma enorme vontade de provar um pedaço daquela carne alaranjada que parecia tão saborosa e que posteriormente descobri ser salmão. Sempre auxiliava na arrumação e na limpeza da mesa, e minha boca ficava cheia de água só de imaginar o sabor daquele almoço. Eu torcia para que sobrasse ao menos um pequeno pedaço de peixe, porém, infelizmente, nunca havia nada restante.Seria mais conveniente solicitar a Kevin que guardasse para mim um pequeno pedaço, porém eu não me sentia capaz.É bastante lamentável, porém é a realidade do nosso país. Alguém afirmou que a maldade e o preconceito foram extintos, apenas por eu ter amadurecido? Na verdade, eles apenas se disfarçaram ou eu desenvolvi habilidades de autopreservação.Ao retornar para casa animada e com um pedaço de peixe em mãos, Maithê expressou
Kevin Estou no restaurante refletindo sobre minhas perspectivas futuras, está sendo desafiador lidar com a presença de Magda. Em breve ela partirá, se assim Deus permitir, farei questão de acompanhá-la até o aeroporto. Ficou em casa apenas por recomendação médica, do contrário já estaria longe daqui.Fiz questão de instruir Júlia para que não perdesse de vista minha filha nem por um instante, após descobrir a chantagem emocional e a agressão que sofreu. Não me sinto seguro em deixá-la perto de Samantha de forma alguma.É inadmissível uma mãe que não demonstre nenhum afeto pela filha, isso me entristece profundamente, pois impacta diretamente a minha querida criança que sofre ao ver a própria mãe demonstrando hostilidade, simplesmente por suas características especiais. Penso que Magda não teria carinho por qualquer criança, pois não parece ter despertado o amor materno em si, demonstrando que se preocupa apenas consigo mesma. Às vezes, chego a duvidar se ela sequer gosta de
Kevin Deixamos o consultório médico e ela partiu apressadamente.—Vou te levar para casa. — falei tentando acompanhá-la.— Não precisa pego um ônibus.— Hadiya, você pode desmaiar por aí. Você está maluca em não comer nada? Vou te levar e pronto nem adianta falar que não precisa pois vou te levar assim mesmo me ouviu.— Não vai de jeito nenhum, pode ir embora e me deixa em paz pelo amor de Deus, some da minha vida, não sei para que você apareceu nesta cidade. — ela falou com raiva. — Eu não vou discutir isso com você agora não, me ouviu?Ela estava indo para o ponto de ônibus e me deixou falando sozinho.— Para de ser teimosa e vamos.— Eu já falei que não vou para lugar nenhum com você, que merda! Me deixa em paz. — a peguei no colo e ela gritou.— Me solta, seu estúpido, idiota, me coloca no chão agora.Desconsiderei suas súplicas, a coloquei dentro do veículo, entrei rapidamente e tranquei a porta. Prendi o cinto nela, que estava de braços cruzados como se fosse uma c
Hadiya Após sairmos do hospital, eu estava ansiosa para não ser levada para casa por ele, pois tudo o que eu queria era abraçar aquele homem. Estou cansada dessa situação, toda vez que o encontro, sinto vontade de correr em sua direção e beijá-lo.Oh! Tentação de homem... Estava determinada a pegar o ônibus, mas ele corajosamente me no seu veículo e me levou até o destino.Ao retornar para casa, desejava que ele se retirasse, porém ele adentrou sem ser chamado.Mais tarde, despertei com seu convite para o jantar, embora eu tenha dito que não tinha fome, o que não era verdade, pois estava faminta. Mesmo assim, me levantei e saboreei o delicioso macarrão que ele preparou. Após terminar a refeição, retornei ao meu quarto e adormeci novamente, devido aos medicamentos que havia ingerido. Ao despertar, ele estava dormindo ao meu lado, abraçado a mim, e meu coração batia forte.Que inferno de atitudes esse homem está tendo em relação a mim?Qual o motivo de ele despertar tantas emo
Hadiya Qual seria o motivo da tristeza dele? Não tenho a mínima ideia.Prefiro não abordar esse assunto, me traz uma angústia profunda sempre que recordo daquele rapaz. Gentil e afetuoso, foi ele quem me ensinou as primeiras letras do alfabeto.Ele era bastante carinhoso comigo, porém extremamente mentiroso. Atualmente, ele deve estar beirando os trinta anos e até agora não se aproximou de mim, então no momento não tenho interesse nele, porém não posso esquecer todas as atitudes que ele tomava ao meu favor, desde evitar minha solidão até me ensinar a ler. Enquanto penso em outro assunto, um homem bonito está na minha cama e ele está me observando. Gostaria de reencontrar meu antigo amigo, mesmo que esteja zangada com ele. Gostaria muito de recordar como era seu rosto, assim como uma pessoa não esquece outra pessoa. Eu tinha doze anos naquela época, não faz tanto tempo assim.— Ah, me desculpe. — esqueci dele ali, enquanto minha cabeça vagava.— Estava pensando no seu amig
Kevin Escutar de Hadiya que a história que ela compartilhou com minha filha era a mesma que eu costumava narrar para ela há várias épocas, eu apenas a conto para minha amada e ela já conhece de cor, foi extremamente emocionante para mim.Neste instante, eu quase revelei minha verdadeira identidade, apenas através dessas recordações. É preciso ter coragem para finalmente revelar quem eu realmente sou... Maldito medo que apenas me prejudica e, para piorar, ouvi dela que não irá me perdoar, o que aumenta ainda mais meu receio de dizer a verdade. Não compreendo como ela não me reconheceu, ela deve ter apagado minha imagem da sua mente. Minha querida passou por tantos traumas: a mãe a abandonou, os irmãos a abandonaram, meus pais a maltratavam, foram muitas coisas a mexer com a cabeça dela, ela deve ter me esquecido, por isso senti tanto medo de revelar minha identidade, com medo de que, ao fazê-lo, ela fosse fugir de mim.Desejava muito confessar a ela que nunca a esqueci por ne