Ela suspirou e me conduziu a um sofá que tinha lá do outro lado do corredor.
— Sabe... Eu amo muito os meus filhos, e faria um monte de coisas impensáveis provavelmente pra deixar eles felizes, coisas que...Bom, fizessem eles sorrir. Você não imagina, como é ver o sorriso no rosto de alguém que você ama muito, e sentir...- ela olhou profundamente nos meus olhos. — Que foi você que colocou aquele sorriso lá.
Eu aquiesci.
— Mas nunca deixaria uma pessoa se magoar pra proporcionar felicidade a eles.
—Eu não...
— Theo...- ela me cortou. — Você se esquece que eu também já fui mais jovem sabe?
Não respondi.
— Os meus filhos, graças a Deus não são mimados... mas acredito, que não saibam lidar muito bem com a perda, e bom...é oque está acontecendo com o Chace.<
Eu não te odeioNão, eu não poderia, nem se eu quisesseEu só odeio toda a dor pela qual você me fez passarE que eu me culpo por te deixar fazer issoVocê sabia que eu já sabia?Não conseguia nem te ver através da fumaçaOlhando para trás, eu provavelmente deveria saberMas eu só queria acreditar que você estava dormindo sozinhoMe amou com suas piores intençõesNem sequer me questioneiTodas as vezes que você me destruiuNão sei como, por um momento, parecia o céu<
Aquilo aconteceu rápido demais, eu nem me apercebi em que momento eu reuni forças pra fazer isso. Com o braço direito no ar, eu baixei ele devagar e olhei pra ele que continuava com o rosto na direção aonde o impacto do tapa que eu dei nele o colocou.Com o rosto do outro lado lado olhando pro chão, ele não falou nada. Eu baixei o meu braço e deixei outra lágrima escorrer pelo meu rosto.— Você fez uma promessa. - falei quando finalmente olhou pra mim. — Você fez uma promessa pra mim Chace, uma em que eu....- solucei. — Preferi acreditar durante muito tempo que você estava mantendo ela.— Eu nunca...eu nunca quebrei ela Theo... - ele quase sussurrou.— Porquê Chace?Ele desviou o olhar do meu no mesmo momento.— Porque você continua negando? Eu vi.A essas horas eu já nem me importava se o meu rosto estava completamente borrado de maquiagem por causa das lágrimas, eu já não me importava com mais nada.— Me deixa explicar.—
— Não, espera! - falei quando ela levantou do chão.— Você não parece estar bem , me deixa pelo menos dar carona a você.Ela olhou pra mim me avaliando.— Era você que estava na sala ouvindo né?Paralisei.— Foi...sem querer...— É bom ires embora, não você não vai gostar do que vai acontecer. - avisou mais uma vez.— Olha. - tirei a chave do carro e mostrei a ela. — Eu tenho um carro, você pode ficar no estacionamento, eu vou só buscar o meu irmão e...— Porque a insistência?— Ele ia matar você...- falei nervoso.— Me deixa tirar você daqui.— Tudo bem, vou esperar no estacionamento. - ela falou e saiu correndo em direção ao estacionamento e eu saí rapidamente do banheiro, felizmente tinha mais gente se pegando no corr
Quando acordei, eu estava em uma cama de hospital, e levantei abruptamente, mas me arrependi no mesmo momento. No mesmo instante uma enfermeira entrou.— Ah, o senhor acordou...Como se sente?— Com dores...-murmurei.— Ah mas graças a Deus vocês sobreviveram, e o senhor nem teve muitas lesões, não tanto como a sua namorada...Minha namorada?— Ela está muito grave, não para de chorar...e perdeu o bebe.Senti que estava perdendo o folego.— Ela já acordou?— Sim, mas não parece estar mu
— Agora... - ele endireitou a gravata e olhou pro Chace. — Você realmente acha que eu nunca ia descobrir Chace?— Esperava que não. - O Chace respondeu friamente.— Sabe, eu estava meio irritado com ela quando ela falou comigo sobre aquela criança...- vi o rosto dele ficar completamente sério. — O meu filho.O Chace não respondeu.— Mas eu não podia fazer nada, o objetivo era somente me livrar dele... não dela, eu gostava dela, e aquela conversa que você ouviu na sala...- passou a mão pelo rosto. — Eu estava simplesmente em choque, eu não ia fazer nada com ela.— Você sequer se importou com a morte dela. - O Chace falou.— Ah, você se engana, eu fiquei triste, demasiado, a Emily e eu ultrapassamos os limites de dominador e submissa, de chefe e secretaria, não sei bem o que eu estava sentindo, mas era al
Chace P.O.VTrês dias tinham se passado e nós não tínhamos quaisquer notícias sobre a Theo, ou aonde o Aaron poderia estar, ele tem dinheiro, podia estar em qualquer parte do mundo, e nós não fazemos a mínima ideia do que pode ter acontecido com ela, quero acreditar que ele não fara nada, mas o Aaron é um cara estranho e aparentemente com problemas psicológicos que nem todos tiveram o prazer de lidar.Foi inevitável a minha família não se aperceber do desaparecimento da Theo, me senti péssimo quando a Weza contou tudo a minha família, me senti péssimo por estragar o casamento do Melv e da Viviann, o Damon bem me avisou que algo poderia dar errado, o Melvin bem que me disse pra deixar as coisas assim, pra deixar a polícia resolver, mas eu me senti culpado por isso tudo que aconteceu com a Emily, e senti que eu tinha que resolver, eu pr
Acordei com uma luz imensa chocando com as minhas vistas, abri elas com muita dificuldade e vi tudo muito ofuscado, foi necessário piscar umas quatro vezes e finalmente consegui ver com precisão.Eu estava deitada em uma cama num quarto completamente diferente do qual eu acordo em casa ou no hotel aonde estávamos hospedados em São Francisco, esse quarto exalava luxo desde a pequena moldura na parede até a cama king-size aonde eu me encontrava.Olhei mais uma vez e vi uma pessoa sentada no meio do quarto em um pequeno sofá que se encontrava lá. Não foi preciso muito esforço para as memorias voltarem como um balde de água fria despejado em mim, a minha começou a doer freneticamente e eu gritei de dor.— Ah, está se lembrando de alguma coisa Theoany querida? - o Aaron perguntou sem muito interesse quando tomou o que parecia ser whisky.— Onde eu estou?&mda
Chace P.O.VDois dias depois daquela confusão as coisas não melhoraram, continuamos sem qualquer tipo de notícia sobre a Theo, os policiais não conseguiram rastrear o Aaron em lugar algum ou talvez sim, mas foram pagos pra não falar, embora o meu pai seja muito reconhecido em Seattle, não conseguimos aplicar isso aqui em São Francisco. Cheguei à conclusão que o Aaron talvez trabalhe com a polícia, afinal, a pessoa que falou " Dinheiro é poder" não estava mentindo, o Aaron tem dinheiro e de sobra, pode muito bem ter todos esses policiais trabalhando pra ele se ele quiser.O Bruno não voltou pra Seattle, disse que ficaria até a Theo voltar, se voltar. E a querida Viviann, bondosa como é sempre, deu a ele alojamento, mas ele claramente negou, disse que já tinha aonde ficar, mas vai lá desde então, ver se alguma coisa mudou, se temos notícias