— Se me permite dizer agora além de médico, mais também como pessoa — Começa — Sua noiva e seu filho são dois guerreiros, poderiam ter morrido, pela condição que ela chegou aqui deviam estar mortos, Parabéns rapaz — Relata batendo firme em meu ombro — Agora sugiro que vocês vão para casa e descansem, a paciente saiu de uma cirurgia tensa e infelizmente não poderei liberar as visitas agora, ela precisa descansar,amanhã somente um de vocês podem vir para visita — Explica e se despedeMe sento nas cadeiras que se encontra na sala de espera com meus cotovelos nos meus joelhos e a cabeça nas minhas mãos, eu vou ter um filho e eu quase perdi ele. Sinto alguém sentar do meu lado e apertar minha nuca sem machucar me balançando— Parabéns irmão, ela é muito forte e vai se recuperar rápido, fica tranquilo — Max fala beijando minha cabeça enquanto Justin bate em minhas costas, esses caras são meu irmãos— Filho, vamos pra casa — Diz minha mãe — Você precisa dormir. — Me levanto e todos saímos j
Minha preocupação com Lunna era visível, havia dado meu número para o médico que estava responsável por ela no hospital, e minha ansiedade por notícias me fazem olhar de minuto à minuto meu celular para ver se havia recebido algum telefonema ou mensagem — Senhor Zumach, David o aguarda em seu escritório — Informa Tina adentrando na sala de jantar roubando atenção de todos. Após pedir licença a todos me levanto para saber o que de tão importante David quer me falar Me sinto aliviado de sair daquele ambiente, porque mesmo entendendo o que está acontecendo e o sentimento de todos não deixa de ser pesado o clima, tinha me esquecido brevemente que teria essa conversa com o David, porém uma coisa eu já imaginava, que meu pai estaria envolvido na conversa e não me sento preparado para falar sobre ele. Entro no meu escritório encontrando o meu chefe de segurançaobservando a vista que tinha do meu escritório — Bom dia David, sente-se por favor — Peço fechando a porta caminhando em direção
— Sou James Zumach, filho dele — Informo — Só um minuto — Verifica no computador e rapidamente volta sua atenção pra mim — Senhor Zumach, você pode esperar seu pai na sala quatro, só segui este corredor, é a segunda porta a sua direta, o policial Marcos irá te conduzir e sua conversa será supervisionada por um dos nossos policiais— Comunica — Ele não pode receber visitas, como você é o filho tem somente trinta minutos — Tudo bem, obrigado —Agradeço. Na companhia de um policial sigo para a sala que me foi informada, cumprimento o policial que provavelmente ficará na sala apenas com um aceno de cabeça e ele abre a porta pra mim. A sala é bem pequena, contém apenas uma mesa e duas cadeiras uma de frente para outra, e um grande vidro preto que tenho certeza que estaremos sendo observados, me sento em uma das cadeiraspara esperar o canalha Não demora muito Roy entra algemado, vestindo um macacão laranja horroroso, sua aparência é ainda pior do que tinha visto na casa abandonada, seus
Me levanto com toda a brutalidade saindo da sala em passos largos ouvindo Roy gritar aos quatro ventos, chego no meu carro desnorteado batendo a porta com força, ligando meu Suv para rapidamente começar a dirigir em alta velocidade sem rumo, soco o volante com raiva do Roy, da minha mãe. Ouço meu celular tocar e pelo aparelho de som vejo o nome de Max na tela, não atendo, sei que pode ser sobre aLunna, porém não posso ir no hospital agora, não quero encontrar minha mulher enquanto transbordo de raiva e também sei que minha mãe vai estar lá e a última coisa que eu quero é encontrar ela. Já passam das dez da noite e agora que decido ir para o hospital ver minha mulher, passei o dia inteiro inerte na praia, desliguei meu celular, não quis atender ligações de ninguém, e muito menos responder as mensagens, a única coisa que fiz antes de vir para o hospital foi mandar uma mensagem para Max dizendo que se minha mãe estivesse ou na minha casa ou no hospital era para leva-la para casa, nesse
— Quero uma bateria e exames quando ela acordar, e pede uma consulta com a obstetra para realizar uma ultra, quero ver se o bebê evoluiu assim como ela — A voz vai ficando longe e então o silencio, me deixandorelaxada sentindo as dores sendo aliviadas pela medicação em minha veia ainda absorvendo a melhor notícia que eu poderia receber “ Estou em um lugar lindo repleto de árvores floridas, um gramado formando um enorme tapete, o dia está ensolarado, o lugar não é estranho parece que já estive aqui, é bom, um sentimento de casa bem aconchegante. Fecho meus olhos sentindo a paz tomar conta do meu coração — Filha — Ouço a voz da minha mãe. Com um susto me viro encontrando minha mãe e meu pai de mãos dadas com um enorme sorriso no rosto, sem esperar nem mais um segundo corro em direção a eles osabraçando deixando as lágrimas escorrerem no meu rosto extravasando toda a saudade que sinto deles — Que saudade de vocês — Me declaro — Eu os amo tanto — Também estava com saudades de você p
— O-Oi m-meu am-amor — Sussurro ainda com dificuldade porém agora sorrio ao ver seus olhos assustados. James fica parado, completamente sem reação em me ver acordada — Vo-você.... acordou? — Ele pergunta em choque Sabendo que minha voz está horrível por conta da garganta seca, apenas aceno balanço a cabeça. Ele sorrir mas logo começa chora silenciosamente, meu amor me abraça fortemente me causando um pouco de dor, e gemo fechando os olhos — Desculpa amor — Diz se afastando um pouco enquanto acaricia meu rosto — Eu não acredito que você acordou, eu te amo tanto — Ei, t-tudo be-bem — Digo enquanto acaricio sua barba grande — Eu... te.. amo — Sussurro enquanto deslizo meu polegar em seu lábio inferior — Você está bem? — Pergunta — Quer alguma coisa? — Aperta o botão para chamar o médico — Está sentindo dor? — Se senta novamente ao meu lado — Eu te machuquei? — Puxa a coberta demonstrando seu desespero — C-Calma amor, só que-quero á-água — Respondo rindo devagar ao sentir uma ponta
— Não em uma cama de hospital — Diz tentando achar uma posição confortável que será impossível naquele sofá minúsculo — E faz diferença? — Pergunto sentindo a maior pena dele neste momento — Dormimos praticamente dividindo o mesmo lado da cama em casa, só faltando dormir um em cima do outro — Relembro fazendo ele expirar forte derrotado pelos meus argumentos enquanto se levanta vindo em minha direção Chego um pouco para o lado dando-lhe espaço para que deite, após ficarmos confortáveis o abraço deitando minha cabeça em seu peito, após beijá-lo desejando-lhe boa noite, fecho meus olhos sentindo ele acariciar meus cabelos — Te amo meu amor — Sussurro para o James — Te amo minha vida — Sussurra dando um beijo em minha cabeça continuando sua carícia até que adormeço. ❤ Não aguentava mais estar naquele hospital, já havia se passado uma semana quando finalmente o médico liberou a minha alta, enchendo-me de recomendações com alimentação, esforço no qual não poderia fazer de forma algum
James como um cavalheiro faz questão de descer primeiro enquanto retiro meu cinto de segurança e pego minha bolsa no banco de trás somente para abrir minha porta, agradeço com um selinho leve, então seguro em sua mão entrelaçamos nossos dedos. Assim que entramos na clínica me identifico na recepção, como tem apenas uma pessoa em minha frente, somos orientados aguardarJames fica inquieto no banco, nesses minutos de espera ele resolve se distrair lendo uma revista sobre gestação, está tão engraçado seu nervosismo que parece ser o primeiro filho. Coloco minha mão em sua coxa que não para de sacolejar, para não seguir o mesmo caminho de ansiedade, pego meu celular em minha bolsa, vejo que Brooke não para de me mandar mensagens perguntando se está tudo bem com o afilhado dela— Senhorita Lunna Zumach — A doutora nos chama após se despedir da outra pacienteMe assusto em ser chamada pelo sobrenome do James, de imediato viro a cabeça pra ele vendo-o com um sorrisinho sacana piscando o olho,