O silêncio entre eles e o ruído do motor adormeceram-na. Acordou quando o carro parou.Estava deitada em cima de Marco, que a abraçava.Tinha sonhado com uma casinha junto ao lago, crianças a correr e um homem maduro ao seu lado, com uns doces olhos dourados.Voltou lentamente à realidade.A realidade insólita que a atravessava no presente.-Perdão, adormeci.-Não há problema. Anda, vamos sair do carro.Marco parecia pensativo. Ou talvez fosse apenas cansaço. O fim de semana tinha-se revelado muito mais intenso do que Amber esperava.Entraram todos em casa.-Gostaríamos que se encontrassem e aproveitassem a piscina esta tarde, antes de irem para casa. -Se não se importarem, podemos descansar um par de horas e depois mando alguém organizar um lanche lá, se não houver problema. Sei que há uma piscina na mansão do Marco, mas a nossa é especial e tem uma bela vista.-Adorava, Máximo. - respondeu ela.-Então vamos descansar um pouco. - Vemo-nos mais tarde", acrescentou Marco.Foram para o
-Estás muito calada. Estás bem?Amber olhou pela janela do carro enquanto o sol se punha no horizonte.-Não consigo deixar de pensar...Ele pegou-lhe na mão.-Pode dizer-me o quê?-Se prometeres não te zangares outra vez?Marco olhou-a interrogativamente. Tinha-se esquecido de que ficara aborrecido quando ela falara do trabalho.-Sinto muito. Mas eu não estava zangado. Confesso que consigo perceber o que se passa contigo em relação a este trabalho, não é fácil separar as coisas e provavelmente vamos ter de continuar a trabalhar nisso.-É bom saber isso. Às vezes é difícil para mim saber o que estás a sentir?Não estou habituada a ter de... não sei... explicar-me, moderar o meu temperamento...Ela sorriu-lhe.-Acho que percebo. É bom falar sobre isso.-Bem... podes dizer-me o que estavas a pensar?-Bem, tem a ver com o que disseste, sobre separar as coisas. Senti-me culpado por ter traído a tua família...-Eu percebo...-Mas não me estou a queixar, não me interpretes mal... -Eu sei que
Saíram do carro de mãos dadas enquanto alguns empregados descarregavam a bagagem, fingindo indiferença. Amber estava vermelha como um tomate de vergonha, enquanto Marco simplesmente sorria e a conduzia para dentro da mansão.Ela seguiu-o sem se aperceber que não estavam a ir para o seu quarto.Ele falou com ela:-Tens fome? Estás cansada?Ela pensou durante alguns minutos.-Sim, gostava de comer qualquer coisa... e tomar um banho.-Muito bem. Eu trato disso.Ele escreve algo rapidamente no telemóvel, ainda a andar. De repente, ela acordou do seu estranho transe e olhou em redor. Não estava a percorrer os corredores familiares da casa.Depois perguntou:-Onde é que vamos?Marco olhou-a maliciosamente.-Para o meu quarto. Concordas?Ela ficou assustada.-Agora mesmo?-Sim. Não te preocupes, sabes que não vou fazer nada que não queiras. Tomamos um banho, comemos qualquer coisa... e depois logo se vê. Pode ser?Para dizer a verdade, parecia-me bem. Talvez um pouco perigoso, mas despertava
Amber acordou sozinha na cama enorme. Ouviu barulho na casa de banho e soube que Marco estava a tomar banho. Estendeu-se entre os lençóis. O seu corpo não era familiar, com uma sensação de relaxamento completamente nova para ela.Estava nua e cheia dos cheiros dele.Lembrou-se da noite anterior e estremeceu. Estar com Marco tinha sido muito melhor do que em seus sonhos, e ela tinha aprendido que havia muitas maneiras de gostar de sexo, e ela queria aprender todas elas.Mas com ele.Então ela se deu conta.Ela estava a apaixonar-se por Marco. E isso a faria sofrer.Quando a bolha de fantasia em que estava a viver finalmente rebentasse, o seu coração ficaria partido.Não teve tempo para ceder à angústia, porque o homem sexy e nu que a estava a enlouquecer estava a sair da casa de banho, secando o cabelo com uma toalha. Ele viu-a acordada e sorriu-lhe:-Bom dia, Amber.-Bom dia... É demasiado tarde?-Não, vais chegar a tempo de visitar a tua mãe. Já encomendei o pequeno-almoço e um pacot
Quando Amber saiu da conversa com o ginecologista, depois de se ter decidido por um implante subdérmico como método, já era um pouco tarde e tinha fome.O médico tinha tido o cuidado de a examinar minuciosamente, para não lhe dar indicações que a prejudicassem. Análises ao sangue, análises hormonais, análises à urina... e tudo o que fosse necessário para ter a certeza absoluta.Amber estava a sair do hospital quando decidiu verificar o seu telemóvel e descobriu que tinha várias chamadas perdidas de Marco.Parecia um pouco tarde para responder com uma chamada, talvez ele estivesse a trabalhar ou ocupado numa reunião, por isso decidiu enviar-lhe uma mensagem de texto, para o caso de ter acontecido alguma coisa importante que não pudesse esperar até o ver ao jantar."Olá Marco, acabei de sair do hospital e estou a caminho do carro, precisas de alguma coisa? Tive algumas chamadas perdidas, desculpa não ter podido atender.""Olá, a tua mãe está bem?"Ele pensou se seria sensato falar sobre
Julia bate várias vezes na porta do quarto.Marco tinha-lhe pedido para a acordar, não conseguindo fazê-lo ele próprio.-Menina Rice, está bem?Amber acordou lentamente. Ela tinha adormecido enquanto trabalhava, e o quarto inteiro ficou escuro com o cair da noite. Havia apenas uma pequena luz que vinha do exterior, do vasto parque da mansão.-Venha Julia, desculpe....A criada entrou, levantou-se e acendeu a luz.-Dormi demais. O Marco já voltou?-Sim, menina. O Sr. Rizzo está à sua espera na pequena sala de jantar para o jantar. Está tudo pronto. Digo-lhe que precisa de mais tempo?Amber olhou-se rapidamente ao espelho e ajeitou o cabelo.-Não, estou pronta, obrigada, desço já.Ela não se atrevia a admiti-lo em voz alta, mas estava ansiosa por o ver de novo. O dia parecia não ter fim, e ela ansiava por estar com ele, pelo menos por um bocadinho.Desceu os degraus rapidamente, dois de cada vez, e logo encontrou a incrível figura de Marco sentado na sala de jantar, com a camisa branca
-Marco! Está tudo bem? O que estás a fazer aqui? - ela pousou o portátil na secretária e aproximou-se dele.Marco parecia agitado e mal estava coberto por um roupão de seda roxa que revelava a sua nudez perfeita.Não tinha conseguido dormir e estava a remexer-se na cama como um animal enjaulado.O olhar dourado de Marco estava aceso como uma brasa ardente, ele parecia capaz de disparar faíscas dos seus olhos.Fagulhas que atingiram imediatamente Amber, que sentiu o pilar de fogo a escovar-lhe a pele. Por amor de Deus, estava tão quente.Ele não falou. Fechou a porta atrás de si, ainda a olhar para ela com um desejo animal e, tomando-lhe a cabeça com as duas mãos, devorou-a num beijo profundo que a deixou sem fôlego e lhe afrouxou as pernas. A sua língua explorou-a com desejo e urgência.Quando ele separou os lábios dela, sussurrou numa voz abafada:-Eu quero-te demasiado, Amber. E isso está a deixar-me louco, não consigo pensar em mais nada, não consigo trabalhar, não consigo dormir,
Amber acordou cedo na manhã seguinte. Estava sozinha na cama, que ainda estava cheia do incrível perfume de Marco.Ela pensou que ele se teria ido embora sem se despedir e sentiu-se um pouco desiludida. Mas não ficou surpreendida. Ele não tinha prometido nada, exceto prazer. E cumpriu.O seu corpo sentia as marcas da noite anterior e ela levantou-se, esperando que não fosse demasiado tarde, para tomar um duche e relaxar os músculos.Então a porta da casa de banho abriu-se.Marco surgiu nu, numa nuvem de vapor, secando o cabelo com uma toalha.-Bom dia, Amber... como dormiste?Ela corou, tentando mal cobrir a nudez com as mãos.-Bom dia... pensei que já tinhas saído...-Não, ainda é cedo... porque te tapas?-Eu... não sei... suor?Sorriu, sabendo que soava um pouco ridículo, tendo em conta o que tinham feito.Deu dois passos largos para se aproximar, inalou o seu cheiro e sussurrou-lhe:-Gosto de te ver nua... e gosto que ainda tenhas o meu cheiro em ti.Ele beijou-a e ela sentiu-se de