— Claude não é um assassino. Ele é apenas um dos meus guarda-costas. — Simon a corrigiu.— Eu não me importo com quem ele é. Ele trouxe uma arma e abriu fogo na minha propriedade. Ele quer o quê? Tirar minha vida? — Penélope ficou tão furiosa que seu peito subia e descia enquanto ela respirava fundo — Sharon, ordene que ele me mate se você for capaz! Caso contrário, nem pense em levar Sebastian embora! — Ela estava determinada a não deixar Sebastian escapar.— Por que você está fazendo isso, Penélope? Eu nunca quis tirar sua vida. Manter Sebastian com você não fará nenhum bem a ele. Seu coração não está com a família Zachary. Ele não ficará feliz aqui. — Sharon suspirou.— A vida é breve. Nem todos podem ser felizes. Ele tem que passar por dificuldades desde cedo para poder gerenciar a mansão Zachary no futuro. Se eu não o ensinar adequadamente, devo contar com você para fazer isso? — Indagou Penélope. Ela nunca gostou de Sharon.— Eu só quero que meu filho cresça feliz e saudável.
Penélope observou o homem sentado na cadeira de rodas. Ele estava sempre calmo, controlado e, quando falava, sua voz era fria e distante. Contudo, sua presença era tão marcante que era impossível não o notar. Ele se assemelhava bastante a Simon. Enquanto estava perdida em pensamentos, teve a súbita ideia de que o homem poderia ser Simon. Porém, ao olhar mais atentamente, percebeu que o rosto de Henry era bastante diferente ao do irmão, exceto pelos olhos, que eram muito parecidos com os de Simon. Entretanto, era semelhança o bastante para fazer Penélope hesitar. A aura que o homem irradiava realmente lembrava a do irmão. Aquele homem tinha habilidades ocultas. Ele não era o que aparentava ser e provavelmente não era apenas alguém interessado no dinheiro de Sharon. Então, Sebastian voltou para perto dos pais. Simon se colocou à frente deles, assumindo uma postura protetora. Então encarou Penélope e disse: — Tudo termina aqui hoje. Espero que você não repita isso. Não tente sep
Enquanto Simon e Sharon não prestavam atenção, Sebastian procurou secretamente por Claude. Embora eles não o permitissem aprender a usar uma arma, ele não conseguia suprimir a inquietação que borbulhava dentro dele.— Tio Claude, você pode me aceitar como seu discípulo? —Claude franziu a testa sem responder, mas o garoto continuou importunando por algum tempo. Se o menino não fosse o filho do chefe, ele já o teria expulsado há muito tempo. — Eu não aceito discípulos. — — Torne-se meu treinador, então. Posso pagar um bom salário. — Disse Sebastian, com confiança. Ele tinha muito dinheiro em suas economias pessoais. — Eu não preciso de mais dinheiro. — — Tudo bem, mas também não precisa ser sempre tão frio comigo. O que você precisa? Posso te ajudar em qualquer coisa, desde que você me diga. — Disse Sebastian. Ele estava disposto a fazer qualquer coisa apenas para aprender a usar uma arma. — Não importa o que você diga, não vou concordar. — Disse Claude, que então fechou os
Sebastian se sentiu extremamente pressionado enquanto seus pais fixavam um olhar estranho nele.— Não me entendam mal. É que ele sempre esteve sozinho. Devíamos encontrar uma parceira para ele, para que ele tenha uma namorada que lhe faça companhia e o console. — Explicou Sebastian, rapidamente. — Por que você acha que ele precisa de alguém para confortá-lo e cuidar dele? — Simon não acreditava que Claude precisasse ser consolado por uma mulher. — Papai, não é certo pensar assim. Você tem a mamãe ao seu lado, então você não se sente sozinho. O tio Claude é diferente. Ele está solteiro desde sempre e enfrentou muitos desafios. Você não acha que ele deveria ter alguém especial? Você gostaria que ele ficasse sozinho para sempre? — Sebastian perguntou, olhando para o pai como se ele fosse extremamente cruel. Depois de ouvir isso, Simon de repente pensou que, de fato, Claude sempre esteve sozinho. ‘Ele deve se sentir muito solitário.’— Como você pretende encontrar uma parceira para
Riley não pôde deixar de rir:— Tudo bem, tudo bem, não vou tocar em você... — Então, viu alguém vindo da sala de jantar, em direção a eles. Ela olhou na direção oposta e notou que, além de Sharon e Sebastian, havia mais alguém na casa. Era um homem que estava sentado em uma cadeira de rodas, porém, seu rosto era incrivelmente bonito. ‘Quem será esse?’ Ela nunca tinha visto alguém tão atraente.— Shar, você não foi honesta comigo. Quem é esse bonitão? — Riley brincou, enquanto olhava para Simon, o avaliando — Você não vai me apresentar? — Riley estava extremamente curiosa. ‘Shar finalmente seguiu em frente?’Sharon colocou o braço ao redor de Simon, que estava ao lado, e optou por não revelar intencionalmente a verdade para Riley. Em vez disso, falou:— Ele é meu novo namorado. O nome dele é Henry. —— Ahh, não acredito! Então você está admitindo que está apaixonada? Dado o quão pegajosos vocês estão, parece que é algo recente... estou certa? — Eles pareciam recém-casados.— Ma
Sharon percebeu que algo estava acontecendo quando Riley ficou calada. No entanto, ela não pressionou Riley a falar e apenas esperou que ela se abrisse sobre o que estava acontecendo. Foi então que Riley segurou a mão de Sharon e a colocou em sua barriga, dizendo: — Tem um pequeno ser vivo crescendo aqui dentro. — Sharon ficou tão surpresa que não conseguiu responder de imediato. Depois de um momento de pausa, ela disse, com surpresa evidente: — Você está grávida? Quem é o pai!? — Logo após perguntar, ela se arrependeu da pergunta apressada. ‘Por que perguntei a Riley algo tão estúpido?’ — Desculpa... Claro que o filho é do Jim. Ele está ciente disso? — O rosto de Riley ficou sombrio. — Ele não apenas sabe, como quer que eu faça um aborto. — — O quê?! Ele quer que você faça um aborto?! — Sharon exclamou, sentando-se na cama de imediato. — Calma, Shar... — Disse Riley, estendendo a mão para acalmar Sharon. Sharon não conseguiu mais permanecer deitada e expressou sua in
Logo depois que Riley saiu, Jim Newton, chegou à casa de Sharon. Talvez Riley tivesse adivinhado que ele iria procurá-la lá, por isso saiu com tanta pressa. Obviamente, Sharon não o tratou com cortesia e, depois que ele entrou, nem se preocupou em servir-lhe um copo d’água.— Como você ainda ousa se envolver com as pessoas? — Sharon disse, friamente. — O que você está dizendo? Por que não poderia me envolver? — Jim perguntou, confuso. — Você sabe por quê, você sabe o que fez. — — O que eu fiz? Não tenho certeza do que você está insinuando aqui. — — Se você não tem certeza, por que está aqui? Eu estou muito ocupada, não tenho tempo para falar com você. — Disse ela, num tom que parecia estar tentando convencê-lo a ir embora. Jim de repente entendeu quando percebeu a hostilidade dela em relação a ele. — Riley veio procurar por você, é isso? Ela te contou tudo? — Sharon se encostou no sofá com os braços cruzados na frente do peito. Ela não queria responder a ele. — O que e
— Por que você está tão zangada com uma pessoa tão irresponsável? Não vale a pena se deixar afetar por isso. Sua saúde é mais importante. — Disse Simon. Ele não pôde deixar de sentir pena de Sharon quando a viu ficando com raiva por causa de Jim.Sharon ficou tão furiosa que colocou as mãos na cintura. Era difícil para ela suprimir a bola de fogo furiosa dentro dela — Você não ouviu as besteiras que ele disse agora há pouco! Tenho muita pena de Riley! Por que ela tinha que ter um filho logo de um canalha desses?! —— É escolha deles ficar com a criança ou não. Você é apenas uma estranha no meio disso tudo. —— Eu não sou uma estranha coisíssima nenhuma! Eu sou a melhor amiga de Riley. Qualquer coisa que tenha a ver com ela também está relacionada a mim! —— Isso é entre os dois. Se Jim realmente a ama, ele não permitirá que ela seja mãe solteira... — Disse Simon.Sharon franziu a testa e olhou para ele. Após um momento de hesitação, ela disse: — Então você quer dizer que Jim n