Sharon e Sebastian sentaram lado a lado na mesa próxima a janela do restaurante. Simon ficou na frente deles.Naquele momento os garçons estavam servindo os pratos que eles pediram.Simon realmente os levou para comer arroz com queijo e lagosta. Ele pediu três porções de uma vez!Apesar do prato parecer sofisticado e ter um cheiro tentador, Sharon não sentiu interesse algum em comer aquilo.Ela não queria comer nada que dessem para ela. Ela não queria nem estar ali.Ela olhou para Sebastian ao seu lado. Essa criança, que repetidamente enfatizou o fato de que ele não queria mais ter nada a ver com seu pai, havia sido corrompida por comida. Ela não podia segurar seu suspiro.“Coma mais, se não for o suficiente, você pode pedir novamente,” Simon disse enquanto olhava para Sebastian.Sebastian teve que se esforçar para desviar sua atenção da comida. “Foi você quem nos forçou a vir aqui. Não fomos nós quem pedimos por comida!” ele disse com uma voz firme.Um brilho alegre surgiu nos olhos d
—Você também não vai comer? — Sebastian perguntou.— Como sua mãe não está comendo, eu também não vou. — disse ele, provocando a mulher.— Se vocês não querem, eu quero! — Sebastian exclamou. Ele não perderia tempo agindo com cortesia na frente daqueles dois, a comida era deliciosa demais para isso. Assim, puxou os pratos de arroz cozido para perto, sem cerimônia alguma. Sharon não pôde deixar de julgá-lo pela quantidade de comida que comia, inventando uma preocupação fútil em relação ao apetite do filho.De fora do restaurante, Xena observava os três, com ódio no olhar. Culpava Sharon Jeans por seu divórcio. Seu ex-marido fez tudo o que pôde para abordar Sharon, aproveitando-se até da influência que poderia conseguir com o próprio filho. A existência de Sebastian era um alicerce inquebrável daquela relação.O ódio crescia no coração de Xena, lembrando-se de como Simon disse a ela que não desejava ter qualquer outro filho, além de Sebastian. A mulher fitou Sebastian, que comia,
Pediram muito dinheiro, além de que pareciam muito agressivos. Sharon precisava de uma prova da segurança de seu filho: — Eu preciso ouvir a voz de meu filho! Preciso saber como ela está! — Ela nem pensaria na possibilidade de ser um golpe, tamanha a sua preocupação.— Posso te mandar algumas fotos da criança, mas isso é tudo que terá. Vai pagar ou não? — disse o sequestrador, pressionando a mãe aflita.Sharon estava cheia de pânico e medo, mas não conseguia expressá-lo. — Eu vou pagar! Eu vou pagar! Não machuquem meu filho, por favor! Pense em como sua mãe se sentiria numa situação dessas! — ela disse, aos prantos.— Claro! Você tem meia hora para reunir o valor do resgate. Você já deve saber: nada de polícia. Caso contrário, a gente passa seu filho! — e a chamada foi encerrada. Ela apertou o celular com força. Sua expressão denunciava pânico, mas ela precisava manter a calma. Precisava pensar em como conseguiria o valor pedido. Rapidamente, pensou em pedir um empréstimo a Eu
Os sequestradores receberam uma ligação quando terminaram a refeição.— Não se preocupe. Estamos com o moleque. Só precisamos pensar em uma maneira de concluir o combinado. Sim, sim, com certeza faremos isso furtivamente. Sim, sem deixar provas. —Parecia que se tratar de um contratante dos sequestradores, que ordenara o assassinato de Sebastian. Enquanto isso, o garoto cortou a corda em torno de seus pulsos e já desamarrava a corda em volta das pernas. Tendo escutado, refletia sobre quem poderia querer assassinar uma criança. Quem odiaria uma criança o suficiente para isso?Depois de desligar a chamada, um dos sequestradores se virou e percebeu que Sebastian estava tentando escapar.— Merda! Ele está tentando fugir! Pega ele! — subestimaram o garoto ao fazer as amarras. O garoto saiu correndo instintivamente, enquanto os dois sequestradores o perseguiam. Ele não podia permitir que o capturassem, outra vez!— Seu merdinha! Fique parado! Vou quebrar suas pernas depois que te pega
— Inconsciente? Por que meu filho está inconsciente? Vocês bateram nele? — Sharon ficou com desesperada quando pensou na possibilidade de terem machucado o garoto. Olhava para o garoto fixamente, tentando perceber algum hematoma.Um dos sequestradores se irritou: — É um sequestro, não um parque, madame! Lógico que a gente ia apagar o moleque quando ele começasse a encher o saco. Para de caô e passa logo a bufunfa. —— Seus miseráveis! —Simon puxou Sharon para o seu lado e encarou friamente os sequestradores, que estavam numa área muito alta do galpão. Ele ameaçou: — Eu posso te dar o resgate, mas é melhor se certificarem de que meu filho está bem, ou então, eu vou caçar vocês, não importa onde estejam. Eu mato vocês dois!—Mesmo numa situação daquelas, o homem era intimidador. Os bandidos, de alguma forma, sentiram que aquela não era uma ameaça vazia, e tiveram medo. Eles olharam para Sebastian cuja respiração enfraquecia cada vez mais. ‘O moleque não vai durar muito, a gente
— Fugiram pelo outro lado. Nossos homens estão perseguindo os dois agora, mas com certeza irão pegá-los. —— Ótimo! Quando conseguirem, deixe que eu cuide deles pessoalmente! — seus olhos eram assassinos como os de um felino em caçada. —‘Eu os matarei por ferirem meu filho!’Entraram no carro e se dirigiram a toda até o hospital. Às pressas, o menino foi levado para a emergência, onde seria avaliado. Inicialmente, os pais não poderiam entrar.Sharon encostou-se na parede e sentiu suas forças se esvaindo. Ela olhou para a porta da sala de emergência sem piscar os olhos, que pareciam vazios e sem vida. Simon ficou quieto, do outro lado. Quis ir até ela, mas, no final, apenas cerrou os punhos e permaneceu quieto. Ambos estavam vivenciando a mesma preocupação excruciante pela criança. Na verdade, Sharon ainda estava tremendo naquele momento. Sua camisa e mãos ainda estavam manchadas, por ter tocado nos ferimentos do menino. O cheiro de sangue a lembrava de como a cena tinha sido assus
Sharon cuidava de seu filho, na enfermaria, já havia três dias inteiros. A criança acordava por curtos períodos e voltava a dormir, tamanho o esforço que seu metabolismo fazia para concluir a recuperação. Num desses momentos, a criança abriu os olhos e pareceu um pouco mais disposta que o usual.— Mamãe, estou com dor...— O garotinho, que sempre parecia durão, só queria o amor de sua mãe, nos momento em que a via.— Onde você está doendo, meu amor? Não se mexa. Vou chamar o médico aqui para dar uma olhada em você. — Sharon estava muito nervosa.— Não precisa! É um pouco doloroso, mas não tanto. — Na verdade, ele só queria carinho.— Como posso permitir isso? É melhor que o médico dê uma olhada em você. —— Não vá, mamãe. Fique aqui comigo, só quero companhia. — Era raro Sebastian agir de maneira mimada com Sharon.O coração dela se derreteu. — Tudo bem, eu não vou embora. Vou ficar aqui e te fazer companhia. Avise-me se você se sentir desconfortável em algum lugar. —Sebasti
Sharon riu, mas explicou. — Meu bem, você não pode comer tanta comida de uma vez. Seu corpo precisa se recuperar, comer demais pode te causa azia e atrasar sua estadia aqui. Vou pedir uma refeição nutritiva na cantina do hospital, para você. — Depois de dizer isso, foi até lá, fazer o pedido. Ao voltar, foi abordada pelo menino.— Refeição nutritiva? Como saberia que não é horrível? — disse, chateado.— O que você precisa agora é de nutrientes, então sabor fica em segundo plano. Pense nisso como um castigo por exagerar tanto ao comer besteiras. Precisará de uma dieta balanceada para se recuperar totalmente, ou vai continuar sentindo dores, porque ficará cheio de gases! — Ela deu um peteleco no nariz dele.Sebastian fez beicinho e cara de desamparado. —Tudo bem, então. Vou apenas comer refeições nutritivas, até ficar melhor. Você não precisa me assustar assim.—Ver a expressão de Sebastian a fez sentir vontade de rir. Ela se levantou para sair, pensando em verificar se a refei