Antes mesmo de se aproximarem do parque, Olivia já sentia a adrenalina invadir o seu corpo e acelerar o seu coração, pois se lembrou da aposta que tinha feito com Maria Paula no dia anterior. E estava torcendo para que ela não se lembrasse, pois ela não queria se sentir mal novamente e acabar com a sua noite.
Enquanto elas caminhavam lado a lado pelo parque, Maria Paula observava atentamente a todos os brinquedos até que o seu olhar encontrou, ao longe, os grandes e coloridos desenhos de monstros que enfeitavam a fachada do trem fantasma. E quanto mais elas se aproximavam, mais altos eram os gritos das pessoas que tinham a curiosidade de saber o que acontecia depois que o carrinho entrava na parte que é tomada pela escuridão e onde os visitantes ficam à mercê do poder das trevas.
De repente, Maria Paula perguntou a Olivia: – Vamos andar no trem fantasma hoje?
– Não sei. Eu qu
Enquanto Maria Paula olhava os brinquedos e barracas ao redor, ela planejava o que falar para que o seu plano desse certo. Até que ela quebrou o silêncio e disse, enquanto pegava nas mãos de Olivia a fim de chamar a sua atenção:– Olivia, eu quero muito que você conheça o trem fantasma desse parque. Reitero que eu adorei!Distraída por ver uma criança tentando fisgar o último peixinho para que ela pudesse ganhar o melhor prêmio da barraca, Olivia não prestou atenção ao que Maria Paula havia acabado de falar. E soltando as mãos da amiga, Olivia caminhou em direção a barraca a fim de tentar ajudar o menino que ela não conhecia, mas pelo qual já tinha apego dentro de seu coração. E Olivia estava disposta a fazer o possível para que aquele garotinho, que aparentava ter no máximo sete anos, ganhasse o prêmi
Quando o carrinho de Olivia começou a andar e partir do momento em que ele passou por aquela cortina que não permitia entrar qualquer nível de claridade para o interior do brinquedo, ela permaneceu tranquila, pois a única coisa que ela via na sua frente eram os trilhos em que o carrinho iria passar nos próximos segundos. Entretanto, quando o carrinho se aproximou da primeira curva, a luz se acendeu e ela teve uma visão muito clara de um homem com machado na mão, cuja arma se aproximava da cabeça dela, mas que por sorte e pelo carrinho ter acelerado ela não se machucou. Esse pequeno susto fez com que ela desse apenas um sorriso, pois ela precisava manter a sua palavra de que não sentiria medo dos fantasmas que ela poderia encontrar naquele brinquedo.Mesmo que Olivia mantivesse os seus pensamentos firmes de que aquilo tudo não se tratava de realidade, apenas de bonecos que tinham a finalidade de assus
Vendo Olivia que a vampira não voltava para continuar lhe causando ferimentos, ela se levantou do chão lentamente e com muita dificuldade, se apoiou nas paredes escuras e se sentindo cada vez mais fraca, pois já tinha perdido uma quantidade considerável de sangue. Além de seus ferimentos que estavam lhe causando muita dor, ela estava se sentindo com o corpo todo trêmulo e sem força, pois estava tomada pela ansiedade e pelo pavor de continuar sendo machucada por uma pessoa, cujo rosto ela não conseguia ver, fazendo com que ela nem imaginasse quem estaria por trás daquela capa de vampiro nem usando aqueles caninos brilhantes, assustadores e afiados, muito menos, o motivo pelo qual estava fazendo toda essa crueldade com ela.Andando muito lentamente pelos trilhos, e indo em direção ao início da viagem de modo que ela chegasse a frente do brinquedo e que alguém viesse ajudá-la, Olivia
Nesse momento, a outra policial que desceu do carro, e que tinha cabelos lisos e castanhos escuros, se aproximou de Maria Paula e perguntou:– O que você está fazendo aqui? O parque já fechou por hoje. E não sabemos quando ele vai ser reaberto, diante dessa tragédia que ocorreu. Você é alguma parenta da jovem?– Sou amiga dela.– Você saberia nos dizer o que aconteceu com ela?– Eu não sei. Eu não estava perto dela na hora. – Respondeu Maria Paula, com a voz trêmula de medo da consequência do que ela mesma tinha provocado.Indignado com a resposta de Maria Paula, o responsável pelo brinquedo se manifestou, dizendo: – Eu também queria saber essa resposta, pois eu estive aqui o tempo todo e vi que ela estava sempre chamando essa jovem para que elas fossem juntas no trem fantasma. Mas na hora mesmo de entrar no carrinho ela
Enquanto Olivia ia junto com a equipe de saúde e com uma das policiais dentro da ambulância, um dos enfermeiros se dedicava a limpar os seus ferimentos. Aproximando de si o frasco de soro fisiológico e uma quantidade considerável de gaze e de algodão, ele se sentou ao lado da cabeça de Olivia a fim de começar pelo ferimento do pescoço, sobre o qual estava um pedaço de tecido na tentativa de pressionar o local do ferimento, mas como o local ainda estava muito sujo, impossibilitava que os médicos vissem claramente o que tinha acontecido naquela região. Depois de passar, cuidadosamente, a gaze, a qual estava mergulhada no soro fisiológico, no entorno do tecido, a região foi ficando mais limpa, o que ajudaria muito os médicos quando ela chegasse ao hospital, pois aumentaria significativamente as chances de poder ser tratada da melhor forma possível.Depois de limpar o sangue ao
Enquanto isso na delegacia, tanto o responsável pelo brinquedo quanto Maria Paula estavam sentados nas cadeiras do corredor da delegacia, aguardando o delegado Marques chegar, para prestar os esclarecimentos necessários e ajudar nas investigações, pois nunca ninguém tinha visto um crime daquele tipo na cidade de Merlim.Enquanto eles aguardavam pacientemente, porém nervosos, eles acompanhavam pela televisão a imprensa, que já estava no parque tentando fazer uma reportagem a respeito do crime que chocou, não só a cidade de Merlim, mas todo o estado do Rio de Janeiro.O caso estava tendo tanta repercussão que até foi anunciado nos jornais estrangeiros. E a polícia de Merlim estava buscando todas as informações pertinentes a fim de encontrar o culpado de tanta atrocidade.Mais tarde, enquanto o senhor Marques ainda estava a caminho da delegacia, ele resolveu est
Estacionando o seu carro em frente à delegacia, ele desceu do veículo e foi caminhando até a sua sala, a fim de ver as imagens. Para isso, ele decidiu chamar os outros policiais que acompanharam o caso pessoalmente no parque, os quais foram os responsáveis por levar Maria Paula e o funcionário do parque para a delegacia.Ao inserir o pen drive na entrada USB do seu computador, o delegado e os policiais acompanharam o momento em que Maria Paula chegava na loja para comprar a fantasia e os caninos de vampiros. Nesse momento, o rosto de todos aqueles profissionais ficaram com expressão de surpresa, pois a menina que comprava a fantasia e os caninos era a mesma que se dizia amiga de Olivia.Enquanto o delegado passava as mãos pelo seu próprio rosto, demonstrando frustração, surpresa ou pavor daquela situação, ele mandou que chamasse a jovem que o aguardava a fim de prestar depoimen
Enquanto Olivia era encaminhada, junto com os policiais, para fazer um exame pericial, o qual se chamada “exame de corpo de delito”, seus pensamentos acelerados a deixavam se sentindo preocupada, pois ela não sabia onde estava a sua amiga Maria Paula, pois ela ainda não tinha aparecido no hospital para visitá-la.Após fazer o exame, a polícia teve acesso às digitais do agressor e com isso, eles descobriram que a pessoa que agrediu Olivia foi a sua própria amiga, que se chamava Maria Paula.Quando essas informações chegaram até o conhecimento do delegado Marques, ele ficou orgulhoso do trabalho da polícia, pois uma das policiais já havia desconfiado da índole da menina que se dizia amiga de Olivia. E juntamente com o comentário do médico e da policial que a atendeu e que a interrogou, respectivamente, no hospital, e que perceberam que o ferimento que se e