Aquela mulher era... era...
-É realmente um lugar admirável aqui. Olhe para eles... humanos. Não posso deixar de me surpreender com os prazeres e misérias humanas. Procura pela garota... Apesar de toda raiva... Por quê? Vingança?
Richard ficou rígido, olhando ao redor.
Tudo ao redor ficou subitamente frio. Evitou pensamentos perturbadores com todas as suas forças. Ela não era humano! Não poderia ser! Tudo bem a essa altura. Ele á tinha visto até um lich. Porque tanta surpresa? Deixou a caneca de bebida sobre a mesa, incapaz de ignorar a sensação de alfinetadas na nuca e no pescoço.
-Como...?
-Como sei? - a voz da mulher perguntou.
E era o som e o hálito fresco das montanhas naqueles dias mais frios ao amanhecer.
-Minhas chaves... As Peças de 4... Devem voltar ao santuário... Não se altera o destino tra&cc
Havia algumas poucas vantagens em se trabalhar na taberna de monsieur. Cassie sabia que mesmo na cidade com os moradores de mais recursos abrigados no campo sua sorte era tremenda.A maior parte das tarefas oferecidas... Céus. As tabernas ao redor do cais ofereciam trabalho que nada tinha de muito honesto. Pelo menos na taberna Galo de Ouro...A lista sem fim de suas obrigações não incluíam nada além das tarefas da cozinha e servir as refeições. Claro que entre as garotas...Cassie pouca se envolvia nas conversas. MaryJane que supervisionava a cozinha na ausência da cozinheira sempre ajudava. Podia ser excelente com as facas...Mas quando o trabalho era equilibrar bandejas com tigelas fumegantes de comidas...Ela era a desajeitada. Tudo acontecia...A pilha de pratos... Ela pestanejou contendo a frustração. Tinham que colocar a pilha justamente ali onde podia cair? Justo a louça suja que ela pre
Não fazia assim tanta diferença. As tarefas dela já estavam prontas. Olhou escondendo o desgosto como restante das mulheres que ainda protelavam conversando e dos olhares de galanteios do capataz. Que ela demorasse. Trabalharia menos. A maior parte das tarefas ainda sequer estavam pela metade na cozinha com tanta conversa e nem eram dez horas da manhã.Era bem melhor ficar longe das garotas. O capataz. O jeito dele era irritante. Estava começando a detestar como ele sempre conseguia ser inconveniente e se aproximar tanto. Não gostava das conversas dele. As piadas de baixo nível e vulgares sobre sexo. Estava evitando o homem a todo custo depois dele a ter pego sozinha no jardim enquanto lançava. Os galanteios e segundas intenções com os sorrisos falsos... -Não tenho interesse. Já disse a você que não estou mesmo interessada. - Cassie falou desviando o rosto dos cabelos curtos e dourados do homem baixo e sem graça. Não sabia exatamente o que as mulheres viam nele. E
James de Macgrover suspirou profundamente, a mente absorvendo as imagens que o feitiço fazia emergir e seu rosto mostrava desagrado e fúria sem limites. Conhecia Valerius. Era seu homem de absoluta confiança, mas ele estava começando a se exceder.A menina era criada entre lobos como um deles. O sangue que corria nas veias dela havia despertado o interesse e temor do Conselho dos Anciãos. Macgrover se enfurecia com raiva triplicada com as lembranças que assimilava daquele lobo. Tinham dado outro nome a sua filha, ele crescia entre lobos como um filhote praticamente abandonado. Era uma jovem linda, tinha a mesma beleza de Koriander embora os cabelos vermelhos e brilhantes fossem herança de seus antepassados. Os olhos verdes como esmeralda indicavam magia forte e ancestral. A garota possuía a magia Elemental. Era uma primordialEra o que ele mais temia. Precisava achá-la.-Reúnam grupos de buscas. &nd
-Tenha paciência, Katie. Não foi minha culpa. - A voz feminina reclamava exaltada.Richard parou aturdido encostado na parede. Tinha a certeza terrível que o chão tinha desaparecido sob seus pés. Era a sensação de ter levado um tiro à queima roupa.Tinha passado parte do dia apenas observando. Ah, raios. Não era armação afinal? Os trabalhos pesados... Olhava de longe abismado e amaldiçoando Philip Morgan. A enorme pilha delenha cortada... Garro não esperava que a garota carregasse tudo aquilo para a taberna? Pretendia? Philip havia decidido providenciar a morte dela por conta da recusa?Discretamente conseguiu com um camponês local alguma ajuda. Todas as dificuldades... E Cassie não havia mesmo aceita a ajuda de Philip?-Nada de ultrapassar os limites. Apenas quero ter certeza que a garota...Puxe assunto e.-Ora, um marido do tip
Eu mesmo pude comprovar que a garota é inocente.Um lobo muito ciumentoAs palavras de Garro ecoavam em seus ouvidos.Eu vou matar essa infeliz!-Katie, não. São todos iguais. Já encontrei confusão suficiente por causa de um homem. - Cassie se lamentava ainda mais.Novamente silêncio. Rick estava apoiado na parede no final do corredor pouco iluminado com a testa contra o azulejo. Respirava fundo. Bateu a cabeça contra a parede duas vezes aturdido. Era mesmo uma maldição dos diabos! Era ela! Mayra havia aprontado oque com suas mentiras?Mas que inferno! Eu mato essa maldita mulher!Katie riu incrédula.-Pois deveria ter sido mais esperta. - A cozinheira tentava ser gentil. - Deveria ter garantido que o belo pretendente estava comprometido antes de ficar con
Outro sentimento mais forte e surpreendente aflorava nele. Era sua mulher. Era surpreendente que ela tivesse chegado a Chabone com todas as dificuldades. Uma percepção mais gratificante ainda o envolveu. Ela não tinha aceitado dinheiro para se separar dele. Provavelmente os anciãos com receio tivessem expulsado a garota uma vez que não tinha família. Faith havia explicado que era uma prima sua, talvez distante. E descobrir que era irmã... Ia cobrar satisfação a Will.Toda a frustração e ansiedade que o consumiam davam lugar ao alívio.Que inferno. Como vou explica a ela que não tenho participação nisso?Precisava antes de tudo tirá-la com segurança da taberna de monsieur Garro. E ela fizesse algo tão imprudente com seu jeito que se colocasse em perigo maior?Tenha calma. Respire fundo e n&atild
Já tinha anoitecido e a chuva continuava constante trazendo frio, mesmo assim as tabernas estavam movimentadas e ruidosas. Diziam que um capitão de uma escuna selecionava servos contratados para trabalharem no Novo Mundo. Um período de dez ou quinze anos de servidão para custear as despesas com a viagem e então a liberdade. As notícias que corriam eram entusiasmadas sobre as colônias em desenvolvimento e das facilidades para recomeço de vida.Aquilo era mesmo um sonho para quem fugia de Victor Valerius.Christina suspirou ao puxar com força o capuz do tecido simples e se proteger do frio. Uma das mulheres da taberna ficara bastante interessada em trocar suas roupas comuns pelo vestido de seda que ela antes havia tinha usado. Nada disso ia ter qualquer importância em breve. Alguns comentários sobre as colônias eram desanimadores. Pelo que tinha escutado as mulheres puritanas em gera
-Solte-me agora! - ela exigiu ao morder a palma da mão dele. Viu-se indignada com as mãos presas acima da cabeça.Michael respirava fundo. Não podia ser ela. Não era mesmo ela. Aquela mulher provavelmente fugia de algum homem que explorava seus serviços nas docas. Só que ela era perfeita, pequena e esguia sob ele, e todos os seus músculos e sentidos estavam reagindo à proximidade dela. O corpo dela contraído e ora maleável sob o seu o fazia arder em delírios. Ele voltou a praguejar em alto e som, protegendo-se de outra tentativa de joelhada na virilha, arrancando a maldita touca da cabeça dela, parando atônito.Era... Era ela. Os cabelos dourados cobriam-lhe parte do rosto na luta frenética de fugir e a mulher sequer o havia reconhecido em pânico genuíno.-Chris! Pare mulher! Infernos! Onde aprendeu tantos