166. Caminhando para a morte, parte 6

Aleksandra— Você pode me dizer se tem família? — pergunto ao homem que me olha ao baixar um pouco o punho.Deve se questionar sobre a minha sanidade, dado que falar não é o melhor para o momento.— Só quero ter certeza de que no caso da sua morte a sua família possa achar o seu corpo. — Injuriado pelo que acabou de ouvir e escutando o aviso de que o primeiro round está pronto para ser iniciado vejo o tempo girando rápido como o movimento de suas pernas ao quererem me atacar. — Não teremos conversa pelo jeito.Dou dois passos para o lado ao me abaixar para que seu braço passe por cima da minha cabeça com uma boa abertura, dado que estava usando exatamente da sua altura para ter certeza de que me alcançaria e por seus braços serem longos tem um grande campo de ataque.Acerto um soco em seu estômago e depois u

167. Caminhando para a morte, parte 7

Aleksandra— Entendo que esteja irritado, mas bem que poderia ir com mais calma — zombo ao mover as algemas de uma mão para outra acertando a parte mole de seu joelho mais uma vez esperando que com o passar do tempo não possa suportar mais o seu próprio peso.O tempo não para de girar, uma vez atrás da outra com uma empolgação insana, parece estar pronta para dar ao público tudo que eles desejam e o que eu faria além de contribuir quando me jogaram aqui para fazer com que os ânimos se elevassem?Tenho certeza de que está sendo divertido perceber que o grande vencedor está tendo trabalho e que as coisas não vão melhorar muito nos próximos minutos e que se quiser ter certeza da sua vitória vai ter que ralar um pouco mais ao engolir a sua dor.Permitir isso não é um aviso da minha misericórdia?<

168. Caminhando para a morte, parte 8

169. De mãos dadas com o caos, parte 1

Nikolai— Não acho que isso esteja certo — fala Egor ao se inclinar tanto em direção a TV que me pergunto se tem a intenção de entrar nela para ver se consegue fazer alguma coisa, pois eu não pude.Acho estranho que eu e minha família sejamos os únicos preocupados. Ivanna e Valentina não esboçam qualquer emoção que demonstre medo pelo que pode acontecer a Aleksandra.Não entendo que tipo de confiança exacerbada é essa que podem manter uma nas outras ainda que seja em uma situação como essa. Não veem os riscos como nós ou não se importam com eles? Sinceramente nem sei mais.Foi doloroso fazer com que os bebês dormissem sem saber da presença da mãe, talvez por estarem em uma casa diferente da de sempre tenham achado ainda pior e não posso negar que Va

170. De mãos dadas com o caos, parte 2

NikolaiDe novo o meu coração volta a ficar aflito, dado que o sujeito foi o primeiro a agarrar uma arma. Aleksandra passou a se desviar de seus ataques ao averiguar bem o lugar onde está para ter o controle de para onde irão os seus próximos passos sem que eles a coloquem em risco, contudo, o ódio dele não deixaria que escapasse com facilidade. Deve estar irado por ter sido exposto como uma fraude na frente dos indivíduos que o viam como um campeão.Como ela poderia ter culpa pelo fato de ser mais habilidosa que ele?É uma pena para ele, mas nunca torceria para que ganhe.Tem muito em jogo aqui e eu não quero perder.Sei que é nisso que ela pensa ao fazer os seus ataques, prioriza o que vai ser essencial ainda que isto a deixe mais perto de ser acertada somente para que ganhe mais espaço ou mobilidade em seguida. Não dá golpes

171. De mãos dadas com o caos, parte 3

Nikolai— Caralho, esse cara não sabe fazer outra coisa? — Se exaspera Avel ao levar a mão a nuca como se precisasse retirar uma grande quantidade de suor que se acumulou ali sem que pudesse dar conta dele.Egor está esmurrando a poltrona lateralmente depois que se sentou. Tolya está muito perdido sobre como deveria reagir, eu só sei como sentir o desespero me comendo de dentro para fora.Sofiya junta as mãos e me pergunto se começará a orar para ver se as coisas passam a ser resolvidas com mais facilidade na nossa família, ainda que não acredite que Deus tenha tempo de olhar para pessoas como nós que procuramos pelos piores cenários desse mundo com nossas próprias pernas.— Por que ela não o matou ainda? — reclama Valentina se inclinando para ver se deixou algo diferente passar, mas o que ganhou foi a atenç&ati

172. De mãos dadas com o caos, parte 4

Valéria— Tragam ela para mim, não quero saber se está perto de morrer ou não, a quero na minha sala — ordeno ao me erguer para começar a seguir o meu caminho depois dos gritos deles se tornarem insuportáveis. É inacreditável que ela tenha ficado viva.Como pôde? É igual a uma barata, difícil de matar mesmo quando se usa uma bota grande.Entro no elevador com meus seguranças se postando ao meu lado e xingo pesado ao chutar a lataria por nada estar dando certo quando os meus planos eram perfeitos. Se ela não estivesse na vida de Nikolai nada estaria dando errado. Não haveria motivos para ele me rejeitar com tanta veemência.Me ouviria com muito mais facilidade e seria fácil fazer com que as crianças fossem minhas, independente dos exames, mas não. A presença dela tornou tudo um caos e os planos tive

173. De mãos dadas com o caos, parte 5

Valéria— Não tenho certeza se daí consegue imaginar o quanto ela está sofrendo, porque vendo pessoalmente me parece péssimo — digo e o olhar dela para mim é completamente maníaco, certamente não consegue pensar em uma coisa além do fato de querer muito que eu morra. — Também não posso dizer se ela suportará mais um.— Você não tem noção dos erros que está cometendo — garante, mas não fala o que eu quero ouvir, se estivesse cedendo aos meus pedidos não teríamos que ter uma conversa como essa. Quem sabe me pegasse em um dia bom em que não me preocuparia com o que acontece a ela, talvez as chances de a encontrar inteira aumentassem.— Sei muito bem cada uma das coisas que eu fiz e onde elas deram errado, não preciso que me dê liç&otild