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Horas e horas se passaram e Kathe só se apavorava, fiquei abraçado com ela, eu entendia ela, primeiro dia na favela tendo invasão.

Kathe: Pedro -sai dos meus pensamentos-

Eu: Oi? -ela me encara-

Kahe: Você já esta acostumado com isso? -perguntou se ajeitando-

Eu: Olha Kathe, é difícil, mas sim, só torce pra tudo ficar bem tá -ela apenas assentiu-

Ficamos nos encarando por um tempo até que eu tomei a iniciativa de beija-la, eu nem sabia se ela queria ou como iria reagir, só beijei.

Ela demorou um pouco mais logo deu espaço pra minha língua entrar na boca dela, era um beijo quente mais carinhoso.

Paramos por falta de ar e ela me encarou.

Kathe: O que foi isso? -perguntou ofegante-

Eu: Um beijo? -ela apenas riu-

Que risada gostosa.

Eu: Acho que a invasão acabou -falei levantando-

Kathe: Ei Pedro... -olhei pra ela- Obrigado -ela sorriu-

Eu: De nada princesa -baguncei o cabelo dela e ela riu-

Xxx: Ei, vocês ai -um vapor chamou a gente-

Eu: Oi, Mt -fiz toque com ele-

Mt: Invasão acabou, chefe ta chamando você na boca -assenti e fui pra boca com a Kathe-

Fomos abraçados, parecendo aqueles casais fofos. Geral olhava.

Eu: Que foi Jota? -falei entrando na boca-

Jota: Senta ai -assenti e sentei-

Kathe ficou parada.

Jota: Senta doida -ela riu e sentou-

Jota: É o seguinte, a gente conseguiu uma casa pra tu, porque tu é firmeza -um sorriso se formou no meu rosto-

Eu: Olha Jota, você ta fazendo muito por mim, precisando tô aqui

Jota: Então, você vai ser vapor?

Olhei pra Kathe e ela me encarava sem piscar o olho.

Eu: Sim -afirmei e Kathe parou de me encarar-

Jota: Fechou então, brota aqui amanhã pra você aprender tudo -assenti- Sua chave -me entregou uma chave- beco da rua 16 casa 15 -assenti e sai-

Kathe: Pedro... -olhei pra ela- você não tem medo?

Eu: De quê princesa?

Kathe: De morrer ne alguma invasão? -parei na frente dela-

Eu: Kathe, eu já me acostumei, como te disse e eu não vou deixar você na terra sozinha não, eu em -afinei minha voz-

Ela começou a rir.

Kathe: Acho que é aqui -assenti-

Entramos, era tudo lindo, estava mobiliada, toda arrumadinha.

Kathe: Será que tem comida? -Ela falou se jogando no sofá-

Eu: Vê lá na cozinha morta de fome -ela foi dando pulinhos de alegria-

As vezes acho que ela é uma criança no corpo de um adolescente, só pode.

Kathe: Hôô Pedro eu não alcanço não -falou emburrada-

Eu: Claro, um tronco de amarra jegue desse -ela me encarou- corre que a anã ta putaaa -peguei o biscoito e saí correndo-

Kathe: Hôô Pedro você me devolve -correu atrás de mim- meu biscoitoooo -sentou e começou a chorar-

Eu: Toma chorona -ela sorriu- vou ir toma banho -ela assentiu comendo e eu subi-

Ela ficou assistindo um desenho lá na tv, tomei meu banho e coloquei uma bermuda de pano mole.

Eu: Kathe -balancei ela-

Kathe: Hum... -falou sonolenta-

Eu: Liga pro teu pai e avisa que você vai dormir aqui -ela assentiu e pegou o celular-

Kathe: Ele liberou -guardou o celular-

Eu: Vem, a gente assiste no quarto -falei puxando ela-

Colocamos 50 tons de cinza, a Kathe tava com uma blusa minha e de calcinha, ela colocou a roupa dela pra lavar, o motorista trouxe uma mochila dela com roupa.

Eu: Kathe? -ela tava dormindo-

Arrumei ela na cama e fiquei abraçado com ela, sei lá acho que tô me amarrando nela.

O sono acabou me levando e acordo com um peso em cima de mim.

Kathe: Pedro acorda -fala me sacudindo-

Eu: Hum... Que foi? -falei com os olhos fechados-

Kathe: Eu fiz o café vem comer -fala se jogando em cima de mim-

Eu: Bom dia princesa -abracei ela-

Kathe: Bom dia meu anjo -deu risada-

Eu: Vamos ir comer? -ela assentiu-

Fiz minhas higienes e desci com ela.

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