༺ Oliver Mourett ༻Não deixei que Afonso e muito menos aquele tio velho dele se aproximassem de Mia. Eles não iriam tirá-la de mim, pois eu não permitiria isso. Mesmo que me devolvesse todo o dinheiro que me deve agora, eu não faço questão de receber, principalmente porque estou envolvido com ela.Ela me olha seriamente ao perceber o que acabei de fazer e não esconde seu aborrecimento. Porém, eu não me importo. Eles não iriam levá-la daqui, porque ela era minha. Depois que se entregou a mim, passou a ser minha mulher.— Mourett, o que você pensa que está fazendo? Você me prometeu que deixaria eu ver o meu pai!— Sim, eu prometi! Mas acabei mudando de ideia. Não permitirei isso. Ele está querendo tirar você de mim e eu não aceito… — ela não parece concordar com as minhas palavras e responde de maneira ácida.— Ele é o meu pai, você não pode me proibir de vê-lo! Sempre diz que não gosta de mim, principalmente que não tem amor. Por que não me liberta de uma vez e aceita o dinheiro no luga
༺ Mia Carrozzini ༻Não me importei em jogar a verdade na cara de Mourett. Eu queria que ele me libertasse e me deixasse ir embora com meu pai. Pela primeira vez na vida, seu Afonso havia cumprido o que prometeu. No entanto, Mourett queria me deixar presa a ele e não suportava a ideia de não ter minha liberdade novamente. E quando o enfrentei, ele ainda me bateu, sem controlar sua ira. Sabia que isso provavelmente aconteceria.Mais do que nunca, agora tenho certeza de que não cogito passar o restante da minha vida ao seu lado. Só quero que ele me deixe ir embora daqui. Eu não nasci para ser mulher de um bandido, e não aceito isso, principalmente porque estudo para ser uma advogada do lado da justiça. Espero que meu pai consiga convencê-lo, porque quero sair daqui.Me aproximei do espelho para ver como meu rosto estava. Ao verificar o estado em que ele me deixou, fiquei chocada. A marca da mão de Mourett estava sobre metade da minha bochecha. Esse desgraçado me machucou! Ele que nem te
༺ Oliver Mourett ༻Nem eu, e muito menos Mia, dizemos uma palavra depois de mais uma vez transar. Percebo que ela já está exausta. Realmente, não dá conta comigo, mas vai se acostumar com tempo. Me apoio na cabeceira da cama enquanto ela pega o lençol para se cobrir. Quanta besteira! Eu já vi tudo. Não sei o que ela ainda quer esconder de mim.Ela então se levanta, me observando com o lençol enrolado no corpo. Sei que vai me dizer alguma coisa ou simplesmente me expulsar do seu quarto, pois está muito irredutível!— Bom, agora que você se satisfez, acredito que já pode sair do meu quarto!— E se eu não quiser? O que você vai fazer mesmo? Me colocar para fora à força? — ela respira fundo para tentar manter sua calma, enquanto tenho apenas um sorriso divertido nos lábios, observando-a.— Mourett, não teste a minha paciência! Você acha mesmo que passei uma borracha em tudo o que você me fez lá embaixo porque a gente transou?— Você por acaso ouviu eu dizer alguma coisa sobre isso? Ah, M
༺ Mia Carrozzini ༻Odiava-me por ser tão fraca e ter cedido daquela forma. Percebi o sorriso vitorioso que Mourett tinha nos lábios após me confessar aquilo. Que maldito desgraçado! Ele usa seu instinto dominador sobre mim para conseguir o que quer, mas da próxima vez serei mais resistente. Não cederei assim tão facilmente! Se quero me livrar desse homem, preciso deixar claro que não tenho qualquer intenção de permanecer ao lado dele.Não consigo decifrar o que estou sentindo nesse momento: raiva ou fraqueza por ter sido burra desse jeito e ter deixado ele me possuir mais uma vez? Quero ir embora desse lugar. Não planejo passar metade da minha vida parindo os filhos dele e sendo sua mulher. Tenho outros objetivos. Por hora, vou me controlar, mas insistirei novamente em sair daqui. Levantei-me e fui diretamente para o banheiro tomar um banho. Precisava me lavar e tirar esse cheiro de sexo do meu corpo.Quando saí do banheiro, peguei um pijama para me vestir e passei desodorante, e meu
༺ Oliver Mourett ༻Hoje à noite, o cassino estava bem movimentado, com vários clientes importantes presentes. Eu estava em uma conversa com um grupo que havia chegado da Noruega e eles estavam fascinados com o meu cassino. Jamais pensaram que existisse um lugar assim nos Estados Unidos. No entanto, eu garantia que tudo era totalmente legal. Pagava uma fortuna para manter tudo em perfeita ordem. À medida que eu falava sobre o cassino, o interesse deles crescia e até perguntavam se eu não estava abrindo vagas para sócios.No entanto, eu afirmava que não tinha intenção de expandir por enquanto. Levar uma empresa dessas para frente dá muito trabalho, sem falar no investimento necessário e nas taxas do governo, que não são baratas. Nesse exato momento, meu irmão Mauro se intromete na minha conversa.— Qual é o problema, meu irmão? Por que você não investe e tenta a sorte? Homens bilionários têm que pensar grande.— Pelo simples fato de que todo investimento tem um risco. Não sou burro o su
༺ Mia Carrozzini ༻Assim que chegamos ao hospital, Lupita foi imediatamente até a recepção para se informar sobre o estado de Mourett. Confesso que eu também estava muito nervosa, pois não sabia o que havia acontecido com ele. Após alguns minutos, ela voltou e me observou seriamente, comentando:— Menina, as coisas são um pouco graves! Parece que ele quebrou o braço e terá que passar por uma cirurgia. Está inconsciente devido à pancada causada pelo acidente.— Meu Deus, então o acidente foi tão feio assim? Onde está o Jean? Não me diga que ele também se machucou gravemente? — Lupita respirou fundo, tentando se acalmar, e respondeu. No entanto, pude perceber que ela estava muito nervosa e ansiosa.— Ele está na sala de primeiros socorros. Os ferimentos dele foram mais leves. Ai, menina, não estou me sentindo bem. Meu peito está doendo muito...Ela começou a ficar pálida e colocou a mão no peito. Rapidamente me aproximei para segurá-la, mas ela acabou desmaiando. Gritei desesperada, pois
༺ Oliver Mourett ༻Horas mais tarde...Abro os olhos lentamente, tentando reconhecer onde estou. A única lembrança que tenho é do acidente; depois disso, só me lembro de estar dentro da ambulância. Ao me mexer, sinto uma fisgada no braço e olho para ele, vendo-o engessado.Que droga, então eu quebrei o braço? Maldito seja o Mauro! Mas ele pode ter certeza de que terá a minha resposta em breve. Esse desgraçado tentou me matar de novo! Se não fossem as manobras do Jean, Deus sabe o que teria acontecido comigo.Sem falar que não faço ideia do que aconteceu com o meu motorista. Olho para o lado e percebo que a Mia está dormindo na poltrona. Ela está aqui, mesmo depois da nossa discussão, cuidando de mim?Eu achava que ela me odiava o suficiente para não colocar os pés em um hospital por minha causa. Mas percebo que ela tem um coração bondoso. Ela não deixou a raiva que sente por mim levar embora seu lado humano. Meu braço está latejando, infelizmente vou ter que acordá-la, pois preciso qu
༺ Mia Carrozzini ༻Como sempre, Mourett age como um verdadeiro cavalo comigo. Nem sei por que ainda me surpreendo com ele sendo dessa forma. Estava precisando de ajuda e com o braço quebrado, porém nem assim ele aprende a ser uma pessoa mais dócil. Coloca a gente numa situação onde faz com que a culpa pareça nossa e esteja ali para cumprir a sua obrigação de cuidar do mesmo.Não tive paciência para insistir em ficar, já que ele não quer a minha presença. Não vou implorar. Afinal, quem precisa de ajuda é ele, não eu. E se ele quer continuar assim comigo, dane-se. Não me importo, como ele mesmo disse, tem o hospital inteiro para cuidar dele.Enquanto andava pelos corredores, acabei encontrando Derick pelo caminho. Ótimo! Só faltava agora esse cachorro dele, vir me incomodar. Mas que ele não ouse me irritar além do que eu aguento, senão juro que dessa vez vou me impor e talvez até dar um tapa na sua cara.— Senhorita Mia, seu Mourett pediu para eu levá-la para casa...— Não precisa, Deric