Mundo de ficçãoIniciar sessão
Capítulos relacionados
12
Depois que Luana foi embora levando cinco livros meus emprestados fiquei andando pela mansão olhando cada canto daquele enorme lugar sentindo um vazio imenso, sentia falta do meu anjo caído mais do que imaginava, essa é a primeira noite que passo sem ele parece que vou morrer de saudades, Dário faz parte de mim mais do que queria infelizmente pra mim. Enquanto ando pelo corredor passo pela porta do quarto que não devo abrir, durante todos esses meses nunca tive curiosidade de abrir mas alguma coisa dentro de mim começou à gritar para abrir essa porta coloquei a mão na maçaneta notando que não estava trancada como Dário falou da primeira vez, abri a porta olhando dentro do quarto, tudo parecia tão sombrio mas assim que acendo a luz vejo um lindo ambiente cheio de fotos e retratos de família em todo essas memórias registradas em imagens, meu anjo caído parecia estar feliz e animado nada ligado com o homem que conheço. – O que aconteceu com você, meu anjo? Havia algumas fitas cassetes
13
Já tinha lido dois dos cinco livros que Cecília me emprestou, chegaria afiada para nossa reunião do livro. Estava feliz por ter uma amiga com quem compartilhar meus momentos bons e ruins, sei que ainda vai demorar para sexta feira chegar mas vou fazer questão de contar à ela sobre o senhor Dário, minha amiga merece saber a verdade sobre o casamento pois tenho certeza que o senhor Dário não irá contar pra ela. Como minha mãe me pediu coloquei a carne para assar e fiz a massa italiana do jeito que me ensinou, tomei um banho ficando bem arrumada como pediu antes de ir para mansão. Fiquei esperando a chegada dela ou do meu irmão sentada na sala aguardando também a visita surpresa que mama mencionou ontem, escutei uma batida na porta imaginando que seria meu irmão que com certeza esqueceu a chave como sempre mas infelizmente não era. – Loirinha, você está linda! Foi difícil não chorar ao ver aquele monstro na minha frente, ele estava todo arrumado usando o seu perfume que tanto odiava a
14
Caetano – Por que ela está demorando tanto? Luana finalmente será minha como de sempre sonhei, foi fácil convencer a família dela que sou o melhor para casar com ela além disso depois da péssima escolha que fez com Natanael, Emiliane e Tomás perceberam que eles deveriam escolher um homem para se casar com Luana apenas apareci no momento certo para convencê-los que eu seria a pessoa escolhida. O melhor partido para minha loirinha sou eu e disso ninguém tem dúvida, depois de 15 minutos da demora dela comecei a ficar preocupado, foi quando Tomás chegou estranhando minha presença. – Caetano, onde está minha irmã? – Ela pediu para que esperasse pois iria ao banheiro, mas já faz um certo tempo que estou esperando mas Luana não retornou. Tomás colocou as mãos na cabeça em desespero, o que está acontecendo? Ele foi em direção ao quarto sendo acompanhado por mim, Luana estava desmaiada e nua dentro do pequeno banheiro de seu quarto. – Não, de novo não, Lu! Não acredito que você fez de n
15
Acordei totalmente atordoada novamente em uma cama de hospital sentindo uma dor horrível na barriga e na garganta, olhei para o lado vendo Tomás com o semblante desolado e minha mãe ao seu lado aos prantos, tudo que não queria era vê-los sofrer mas não poderia suportar a ideia de ficar unida com Caetano pelo resto da minha vida. – Talvez seja melhor mesmo! Ninguém pode saber disso, conseguimos esconder da primeira vez, vamos esconder novamente infelizmente Caetano viu tudo conhecendo aquela raposa sei que vai descobrir o que aconteceu por isso é a melhor opção é mandá-la para lá. Para onde eles querem me mandar, o que está acontecendo? – Sim, lá é um lugar perfeito, calmo e sem preocupações, Luana ficará bem, filho. – Mama! Chamei por minha mãe que veio beijando meu rosto de maneira carinhosa deixando amostra seu medo de me perder. – Minha bambina, deveria ter cuidado melhor de você, meu amor, não acredito que deixei acontecer de novo, sinto tanto! Respirei fundo para tentar fa
16
Dário Um mês depois Meu brinquedo andava quieta demais, vez por outra via como seus lindos olhos claros se perdiam olhando o nada mas sei que pensando em algo oculto para mim. Nossas noites de sexo louco estavam ficando cada vez mais raros, ser o Don me tomava o tempo e sem querer o casamento arranjado também. A cada vez que precisava ouvir a voz de Nina mas doente ficava, a garota é uma maldita alienada que pela educação recebida se tornou uma mulher mesquinha e muitas vezes louca para manter as aparências. Era lógico que o casamento seria para todo sempre, mas não podia esperar que sentiria tanta vontade de meter um tiro no meio da testa daquela imbecil. Meu brinquedo ao contrário aproveitava cada momento para se tornar mais astuta do que já é, ela lia tudo que via pela frente inclusive era possível ter uma conversa agradável com ela sem sequer parecer tedioso ou enjoativo como era com Nina. Depois de duas semanas sem vê-la já estava enlouquecendo foi quando resolvi ir até a m
17
– As vezes penso sobre minha vida com bastante tristeza mas com alegria também. Tristeza pois não poderei conhecer e viver tudo que quero e alegria pois não sou e nunca serei como você aliás penso que sou melhor. Não encare como presunção minha, pois não é! Apenas uma afirmação, será eternamente preso à um passado infeliz sendo esse homem amargurado e sozinho mesmo sendo rodeado por tantas pessoas, algumas coisas nunca mudam mas acredito que muitas não mudam por causa das próprias escolhas que temos, escolheu ser um monstro, e tenho certeza que continua assim porque quer e gosta. Em um momento de raiva empurrei o corpo de Cecília com tudo na parede segurando seu pescoço com tanta força que poderia facilmente quebrá-lo. Ela ficou olhando para mim como se esperasse essa reação, como se quisesse morrer apenas enquanto apertava o seu delicado pescoço. – O que você tem hoje? Está me enfrentando como se não tivesse medo de morrer, deixei você pensar que poderia dizer e fazer qualquer cois
18
Um dia antes Estava ansiosa e apreensiva! Fazia um mês que Luana não vinha limpar a mansão, sinto que algo sério estava acontecendo com ela mas não sabia o que era. Andava de um lado para outro pensando em uma maneira de falar com ela, alguma coisa me diz que Luana precisa de mim como eu dela. Sem ajuda meu plano de fuga se torna inviável, o que só me deixa mais apavorada. O que vou fazer se não conseguir fugir? Não quero ir para nenhum puteiro asqueroso mas sei que esse será o meu destino, Dário está vindo muito pouco até aqui mas sei que isso iria acontecer só que dói tanto. Não sou nada para ele apenas um brinquedo sem valor portanto sei que logo irá se livrar de mim. Vou até o jardim da frente observando a guarita, não há ninguém aqui além do irmão de Luana, os outros por algum motivo foram embora antes do anoitecer. Pensei comigo: já não tinha nada à perder, por qual motivo não iria até ele? Fui à passos firmes em direção da guarita, assim que ele me viu sorriu notei quando d
19
Sabia que iria acordar de manhã e Dário não estaria aqui, imagino que não queira me ver ou pensa que vou implorar para ficar mas não irei fazer isso. Apesar de tudo ainda tenho orgulho e vergonha na cara, jamais iria implorar para viver desse jeito por isso resolvi fugir, só espero que este plano dê certo. Minha vida depende disso, penso que essa chance que o destino está dando para mim seja justamente para mudar e realizar todos os meus sonhos. Antes de ir vou em todos os cômodos da casa observando cada canto desse lugar que foi meu lar mas ao mesmo tempo minha prisão, sentiria falta daqui. Diferente da mansão Ferraz, nesse lugar conheci o grande amor da minha vida mas também meu pior algoz, seria difícil me acostumar com a vida fora daqui já que sempre fui prisioneira mas não seria impossível. Conhecer o mundo sempre foi meu sonho mas agora diante da proximidade de realizar esse desejo sinto medo, pavor e até mesmo pânico, será que vou conseguir me adaptar? – Preciso arrumar um em