Bianca sabia bem o quão doloroso era quebrar um osso, pois ela mesma já havia passado por isso quando era mais nova.Existiam remédios e poções para aliviar a dor, ou aplicar agulhas para diminuir a dor, mas a dor aguda ainda seria sentida.Enquanto se compadecia, Bianca perguntou:– Ele costumava tomar drogas viciantes, isso ainda é um problema?Dr. Danny explicou:– A droga em questão se chama Camélia Esplêndida, ela é viciante. Mas, por enquanto, ele parece estar bem. Durante a viagem de volta para a capital, ele teve algum desconforto?Bianca se lembrou da viagem. Niko teve algumas crises, mas conseguiu controlá-las. Nos dias seguintes até então, não houve mais sinais de crises. Ela respondeu:– Ele não teve muitas crises. Na última vez, ele conseguiu superar... Ah, sim, o Príncipe de Bermines disse que ele teve crises graves quando estava na Província do Espírito, ele se machucava e batia com a cabeça na parede. Depois que eu cheguei, não vi mais essa situação.Dr. Danny suspirou,
Quando ela acompanhou o Dr. Danny para fora, ele suspirou e disse:– Ser capturado por traficantes é, sem dúvida, uma desgraça, mas escapar daquela calamidade de extermínio é realmente uma sorte em meio à desgraça.No entanto, Bianca não pensava assim.Se Niko tivesse entregue o doce para a Casa do General naquele dia, ela teria certamente o levado de volta pessoalmente, e isso talvez significasse passar a noite na Casa do Marquês.Quando os espiões da região Caleste vieram para massacrar a sua família, se ela estivesse lá, mesmo que não pudesse salvar a todos, pelo menos não teria sido um massacre total.Por isso, ela nutria um ódio profundo por aqueles traficantes.“Apenas espero poder arrancá-los todos pela raiz, sem deixar nenhum para trás!”Após se despedir do Dr. Danny, Bianca mandou preparar a carruagem, levando primeiro Niko ao palácio para se encontrar com o Imperador e a Imperatriz-Mãe, e depois ir à família Torres.Já encomendaram novas roupas para ele, mas as antigas ainda
Após sair do palácio, Bianca levou Niko de volta para a carruagem e partiram em direção à família Torres.Já era quase noite, os homens da família Torres provavelmente já teriam saído do trabalho e voltado para casa.Dentro da carruagem, Niko escreveu na palma da mão de Bianca: [Estamos indo para a casa do meu avô materno?]Bianca assentiu e disse:– Sim, estamos indo para a casa do seu avô materno. Você não está ansioso para vê-los?Niko assentiu e escreveu uma palavra: [Estou!]No entanto, ele parecia preocupado.A criança era sensível. Como os membros da família Torres haviam dito que não acreditavam que ele estava de volta, Niko interpretou isso como sinal de que se não queriam vê-lo.Bianca percebeu a preocupação dele e disse:– Niko, não se preocupe. Seus avós e seu tio estão ansiosos para te ver. Eles simplesmente não acreditam que você está vivo. Quando te virem, com certeza vão ficar muito felizes.Niko se encostou ao lado de sua tia, com o queixo pontiagudo levemente erguido.
Bianca sabia que eles teriam esse mal-entendido. Ela havia dito que entendia anteriormente, mas na realidade, não entendia completamente.Assim como quando recebeu a carta de Isaac e partiu imediatamente para a Província do Espírito, mesmo que constantemente se dissesse para não ter esperanças, ela não conseguiu deixar de ir para dar uma olhada.Portanto, ao ouvir Ícaro falar assim, ela ficou irritada, então se virou, abriu a cortina e levantou Niko, colocando-o em frente a Ícaro e dizendo friamente:– Pelo menos dê uma olhada! Enquanto estávamos a caminho, Niko estava preocupado e escreveu na palma da minha mão que ele estava com medo de que vocês o rejeitassem, e eu ainda o consolei dizendo que não seria assim.Ícaro desprezava essa atitude dela, mas mesmo assim olhou para a criança que ela segurava.Com apenas um olhar, ele percebeu quão errado estava.Apenas um olhar e sua respiração quase parou.Era muito parecido, incrivelmente parecido. Mesmo muito mais magro e menos encantador
No Lar da Sorte, um recorte de papel colado nas grades da janela estava sendo refletido pela lâmpada à óleo pendurado no corredor, projetando-se como uma besta gigante nas paredes internas da casa.Bianca Sonata estava sentada em uma cadeira de encosto redondo feita de madeira de pau-rosa, com as mãos cruzadas à sua frente. As roupas de cores neutras envolviam seu corpo magro. Ela olhava para a pessoa à sua frente, ele era o seu marido recém-casado que ela esperou por um ano.Renato Guerra ainda vestia sua armadura desgastada, exalando uma aura majestosa. Havia um traço de remorso misturado com determinação em seu rosto bonito. Ele disse:– Bianca, o decreto de casamento já foi emitido. De qualquer forma, a Fabiana vai vir para nossa casa.As mãos de Bianca permaneceram cruzadas à sua frente, seus olhos não revelavam suas emoções. Ela perguntou, confusa:– A Imperatriz-Mãe disse uma vez que a General Fabiana é o exemplo para todas as mulheres do mundo. Ela estaria mesmo disposta a ser
Renato parecia um pouco impaciente, ele disse:– Por que você está procurando aborrecimento para si mesma? Isso é um casamento concedido pelo Imperador, e mesmo que a Fabiana entre na família, vocês terão moradias separadas na casa. Ela não vai competir com você pelo poder de administração da família. Bianca, as coisas que você valoriza, ela despreza.– Você acha que eu me importo tanto com o poder de administração da família? – Bianca perguntou em resposta. – Ser a administradora da Casa do General não é nada fácil. Sua mãe gasta centenas de pratas todos os meses com medicamentos do tio Danny, e não tem como escapar dos gastos com todas essas pessoas da casa, as despesas do dia a dia, as relações sociais... Tudo exige pratas.A Casa do General era apenas uma fachada vazia. Ao longo deste ano, ela teve que usar parte das pratas do seu enxoval de casamento para sustentar essa família, e o que conseguiu em troca?Renato perdeu completamente a paciência, dizendo:– Esqueça, não vou mais d
Pérola trouxe a lista do enxoval de casamento e disse:– Durante este ano, a senhorita subsidiou 240 mil pratas em despesas, mas as lojas, casas e propriedades não foram tocadas. Os recibos bancários e os documentos de propriedade da marquesa estão todos trancados em uma caixa.– Eu sei... – Bianca olhou para a lista. Sua mãe havia lhe dado um enxoval de casamento extremamente generoso, com receio de que ela sofresse na casa do marido. Isso a fez sentir uma dor aguda no coração.Pérola perguntou com tristeza:– Senhorita, para onde podemos ir? Por acaso, ainda podemos voltar para a Casa do Marquês? Ou podemos voltar para Montanha Merinda, que tal?Imagens sangrentas da Casa do General piscaram diante dos olhos de Bianca, e pensando nesse casamento miserável que teve, ela sentiu uma dor repentina no coração.– Qualquer lugar é melhor do que ficar aqui. – Murmurou Bianca.– Se a senhorita for embora, estará cedendo felicidade a eles.Bianca disse com indiferença:– Então que assim seja.
A Sra. Guerra sorriu forçadamente, respondendo de forma evasiva:– Ainda mal a conheci, como posso afirmar se gosto dela ou não? Mas já que o Imperador concedeu o casamento, é uma realidade que não vai mais mudar. Daqui para a frente, ela e Renato irão conquistar méritos juntos no exército, enquanto você desfrutará das conquistas militares que eles trouxerem para Casa do General. Isso é muito bom, não é?– Realmente é ótimo! – Bianca sorriu. – Só sinto muito pela General Fabiana ter que ser apenas uma concubina.A Sra. Guerra riu:– Olhe só para você, menina boba. Como poderia ela ser uma concubina quando o Imperador concedeu o casamento? Além disso, ela é uma funcionária do império, uma funcionária da corte. Onde já se viu uma funcionária se tornar concubina? Ela é a segunda esposa legítima, sem distinção com a primeira.Bianca questionou:– Não há distinção entre primeira e segunda esposa? Existe isso em nosso império?A expressão da Sra. Guerra ficou um pouco fria, ela respondeu:–