Capítulo Quinze

Com um lenço humedecido, eu limpo as lágrimas secas que, estam nas pálpebras dela, organizo os lençóis da cama. Instintivamente faço um carinho em sua bochecha esquerda, assim que meus dedos entram em contato com sua pele fria, Fefé fecha os olhos e ofega, eu estou fazendo o possível e o impossível para não beijar ela. Inspiro seu perfume e o aroma floral preenche todo o meu sistema, minha boca enche de saliva. Ela continua com os olhos e os lábios entreabertos, como se esperasse por algo mais além das minhas carícias.

— Felícia — sussurro para despertar ela do transe, faço isso a contra gosto, porque por mim ela ficaria o dia inteiro com a expressão que tem no rosto — Por quê estava chorando? — questiono assim que ela abre os olhos e volta ao mundo real.

Ela tem os olhos fixos em mim, ela quer me falar o que aconteceu, mas algo a impede, tem algo assustando ela eu posso ler o medo através dos olhos dela. Quando entrei no quarto ela estava com uma mão em volta do pescoço, como se
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