Sra. Junqueira balançou a cabeça para Letícia.Letícia disse a Aurora:- Aurora, agora que você já fez sua escolha, vou me sacrificar para te acompanhar, então! Vou com você e minha mãe para atuar com aquelas pessoas. Naquela situação, todos estarão sempre atuando, não é mesmo?Sra. Junqueira realmente queria dar uma bofetada nessa sua filha.Aurora sorriu e disse:- Eu acho que, já que você decidiu aprender a fazer negócios, tem muitas coisas que precisamos aprender a tolerar.- Se Letícia tivesse metade da sua perspicácia, eu ficaria muito feliz. – Disse Sra. Junqueira.Ela não conseguia lidar com a filha, mas também era porque sua filha tinha condições suficientes e não precisava se curvar ou se submeter a ninguém, podendo agir livremente.- Letícia é ótima, eu gosto dela desse jeito, autêntica. – Aurora comentou.Letícia ergueu o queixo com orgulho e disse para a mãe:- Viu só, mãe? Você acha que a Aurora é melhor do que eu, mas a Aurora também acha que eu sou ótima.- Você, hein..
Sra. Junqueira olhou para a sobrinha e disse:- Desde que nos reconhecemos, é a primeira vez que Bruno vem nos visitar.Aurora pegou um pouco de comida para Michel e disse casualmente:- Ele só está se sentindo culpado.- Bem, ele realmente deve estar se sentindo culpado, mas veio mesmo assim, por sua causa. A história de ele te enganar também me deixou com raiva, mas preciso admitir que ele tem sentimentos verdadeiros por você. Você o conhece há apenas alguns meses, mas sua tia o conhece há dez anos, bem mais do que você.A família Alves era muito protetora em relação aos filhos. Até que eles atingissem a idade adulta e entrassem no mundo dos negócios, as pessoas de fora não os conheceriam. Eles também eram muito discretos e não eram muito diferentes das crianças de famílias comuns.Por isso, Sra. Junqueira disse que conhecia Bruno havia apenas dez anos.Naquela época, Bruno já havia passado por experiências no Grupo Alves e foi levado por seus avós para um grande evento empresarial,
Letícia continuou comendo sua comida sem se importar com a chegada de Bruno.Enquanto sua mãe a observava, ela também olhou para a mãe e disse:- Mãe, por que você está me olhando? É o marido da sua sobrinha que chegou, não o seu genro. Seu genro ainda não apareceu, então você terá que me sustentar por mais alguns anos.- Se você não quiser se casar, a mãe pode te sustentar pelo resto da vida.- Isso é mentira. Eu tenho 27 anos agora, arredondando, é como se tivesse 30 anos. Tenho medo de que você talvez seja como a mãe da Stella, que mal pode esperar para me expulsar de casa assim que um homem demonstrar interesse por mim.Foi assim que Sra. Iara tratou Stella.Claro, Paulo também era excepcional, eloquente o suficiente para convencer a família Willis a ficar ao seu lado. Faltou apenas registrar o casamento de Paulo e Stella no mesmo dia.- Mãe, se você quer ver o marido da sua sobrinha, deixe ele entrar logo. Aproveite que acabamos de começar a comer e chame ele para se juntar a nós.
- Você sabe escolher o momento certo, justo quando estamos prestes a comer. - Disse Aurora, enquanto abria a porta da mansão para Bruno.Bruno respondeu com ousadia:- Eu só vim para comer de graça.Aurora suspirou e disse:- Você realmente se esforça.Ele teve a cara de pau de vir à Mansão dos Junqueira para aproveitar a refeição de graça apenas por causa dela.Dizer que não havia turbulência em seu coração era mentira, Aurora sabia que, enquanto ela estava zangada pelas suas mentiras, ele ainda estava mudando silenciosamente por ela.Bruno olhou profundamente para ela e disse com emoção:- Eu respeito qualquer pessoa que seja importante para você. Não importa onde estejamos, contanto que você esteja presente, eu não tenho medo de enfrentar qualquer dificuldade.- Não exagere em retratar a casa da minha tia como sendo tão assustadora, ela é uma pessoa muito boa. - Lembrou Aurora a Bruno. - Ah, e a Letícia também está em casa.Era óbvio que ela não estava interpretando mal a presença d
Ele ainda estava com o rostinho cheio de grãos de arroz, e muitos deles caíram na mesa, mas os adultos deixaram ele se virar sozinho. A Sra. Junqueira sentia que era importante fazer a criança ser independente, mesmo que no começo ele não fizesse um bom trabalho, mas com a prática, aprenderia. Em alguns meses, Michel faria três anos e seria hora dele comer sozinho.Depois de acariciar a cabeça de Michel, Bruno olhou para a Sra. Junqueira e a chamou suavemente:- Oi, tia Fernanda.A Sra. Junqueira respondeu com um som afirmativo e disse gentilmente:- Venha, vamos comer primeiro.O empregado já havia preparado um conjunto de pratos e talheres para Bruno.Após cumprimentar a Sra. Junqueira, Bruno olhou para Letícia, que estava ocupada comendo e não o encarava como costumava fazer antes. Ele apertou os lábios e então falou:- Olá, prima mais velha.Primeiro, Letícia esbugalhou os olhos e cuspiu a comida, depois começou a tossir, engasgada. Ao lado de Letícia estava a Sra. Junqueira, que r
A Sra. Junqueira sorriu e disse para a filha:- Parece que o Michel não gosta do cheiro do seu perfume. Bem, vamos comer agora, não vamos discutir com uma criança de três anos."Letícia levantou o braço e cheirou a si mesma, percebendo um leve aroma de perfume.Pensando que Michel a rejeitava por ter um cheiro, mesmo que ele não entendesse que era o cheiro do perfume, os outros poderiam pensar que ela cheirava mal.- Eu não vou mais usar perfume no futuro, assim posso até economizar dinheiro. - Disse ela.Aurora sorriu e disse:- Michel está apenas dizendo coisas sem sentido, Letícia, não fique chateada com ele, as crianças falam o que pensam.- É justamente porque ele é jovem que ele fala a verdade. - Respondeu Letícia, ainda preocupada com o comentário de Michel sobre ela ter um cheiro.Especialmente porque ela gostava tanto de Michel, mas ele a rejeitava por causa do cheiro.- Vamos comer. - Disse a Sra. Junqueira sorrindo.Ela já estava envelhecendo, então não usava perfume e achav
Embora ainda desejasse que Aurora permanecesse como era, para que ela pudesse ser feliz e não precisasse se esforçar tanto, Bruno acabou não dizendo mais nada. Ele apenas sentia pena de Aurora por ter mudado sua situação de vida por causa dele.Mas deixá-la ir, ele não conseguia fazer isso.Normalmente, ele raramente participava de festas. Mesmo quando participava, era apenas uma aparição rápida, logo partindo. Enquanto as mulheres de sua família, uma vez que aparecessem em uma festa, eram o centro das atenções, sendo bajuladas por todos. Elas nunca seriam humilhadas.No entanto, havia um aspecto que Bruno não podia ignorar: sua mãe e tias eram todas mulheres nascidas em famílias ricas e criadas em famílias ricas. Ao se casarem com homens da família Alves, era uma combinação perfeita entre famílias.Ao pensar na situação de Aurora, Bruno começou a entender gradualmente a persistência dela.Bruno segurou a mão de Aurora.Na presença de sua tia, Aurora o deixou ter um pouco de dignidade
- Vou para o trabalho agora.Ele saiu relutantemente da Mansão dos Junqueira, enquanto Aurora o observava partir.Michel tocou o lugar onde Bruno apertou e perguntou a Aurora:- Tia, o tio Bruno me chama de “vela”, mas eu não sou uma vela, meu nome é Michel.Aurora o pegou no colo e voltou para dentro da casa, dizendo suavemente:- O tio Bruno está apenas brincando com você, Michel. Você não é uma vela, você é um mediador.Se ela levasse Michel para encontrar Bruno, o casal seria muito controlado em seu temperamento, evitando conflitos, o que seria benéfico para reparar o relacionamento e a confiança entre eles.Ambos se preocupavam muito com o crescimento saudável da criança, então, mesmo que Michel não fosse filho deles, ele podia se tornar um mediador para o casal.- Michel é Michel. – O pequeno insistiu.- Está bem, está bem, Michel é Michel.Ouvindo isso, Michel finalmente ficou satisfeito.Ele não entendia o que era uma vela e nem o que era um mediador, ele só sabia que seu nome