- Gorda desse jeito, cuidado para o seu marido não te desprezar e procurar uma garota bonita e jovem lá fora, você só vai poder chorar quando chegar a hora.Essa frase foi como uma agulhada no coração de Madalena, já que ela estava com pressa para encontrar um emprego justamente porque seu marido a desprezava e a traiu. Para conseguir a guarda do filho, ela reduziu suas exigências uma vez após a outra, e ainda teve que ouvir a zombaria e xingamento dessa mulher.- Me chama de vagabunda obesa de novo para você ver!A mulher deu a volta na mesa e deu alguns passos até chegar diante de Madalena, depois saiu empurrando-a para fora da sala e xingando-a de forma grosseira:- Vagabunda obesa, vagabunda obesa, posso te xingar quantas vezes for preciso, saia daqui!O bom da obesidade de Madalena era que, quando ela ficava ali, rígida e imóvel, a mulher não conseguia empurrá-la. Madalena rugiu:- Peça desculpas para mim, você precisa pedir desculpas para mim, não vou embora até que você peça!A
- Esta é sua empresa? - Madalena exclamou, momentaneamente abobada, mas logo não se questionou mais, porque a empresa se chamava Grupo Ferreira.Bruno havia dito que o Sr. João era um cliente importante de sua empresa, ela só não imaginava que João fosse o presidente do Grupo Ferreira.Quando o Grupo Ferreira estava em ascensão, ela ainda estava trabalhando, e sabia do que o Grupo Ferreira era capaz, mas nunca tinha feito a conexão entre João e o presidente do Grupo Ferreira.- Sr. João, eu não quis causar nenhuma confusão, eu vim para uma entrevista e sua entrevistadora disse que a minha imagem não se adequava ao cargo, então eu perguntei o motivo e ela disse que eu era muito gorda. Ela estava cheia de discriminação contra minha obesidade, eu fiquei com raiva e falei algumas palavras, mas aí ela me chamou de vagabunda obesa e me mandou vazar daqui. Sr. João, o seu Grupo Ferreira também é um dos maiores grupos da Cidade G, então sempre achei que os funcionários daqui também fossem muit
As palavras de João fizeram com que o rosto da Srta. Morena ficasse pálido.Mas, sem ousar se defender, ela respondeu repetidamente:- Presidente, sei que estava errada e prometo não fazer isso novamente. - Em seguida, ele se aproximou de Madalena e pediu desculpas. - Srta. Madalena, peço desculpas por ter te julgado pela aparência e te insultado. Por favor, me perdoe.A raiva de Madalena diminuiu e ela disse envergonhada:- Srta. Morena, eu também sou culpada pelo meu tom de voz, e acabei te provocando. Por favor, me perdoe também.Depois de pedirem desculpas uma à outra, a Srta. Morena perguntou a Madalena quando ela poderia vir trabalhar.Madalena estava feliz por ter um emprego e, com um sorriso no rosto, disse:- Posso vir trabalhar quando vocês quiserem.- Então você pode vir trabalhar amanhã.- Está bem, obrigada, Srta. Morena. E obrigada, Sr. João.Madalena agradeceu, pegou seu currículo e saiu feliz.- Madalena. - João a chamou.Madalena parou, girou nos calcanhares e pergunto
Foi só depois que João e Madalena saíram que a multidão explodiu em murmúrio, especulando sobre como o presidente e Madalena se conheciam, e parecia que o presidente estava cuidando muito bem de Madalena.- Será que é parente do presidente?- Não pode ser uma parente, não ouviu a mulher gorda se dirigir ao presidente como “Sr. João” tão educadamente? Os dois devem ser conhecidos, mas não têm muita amizade.- Você acha que pode ser que nosso presidente goste dessa mulher gorda? O presidente tem trinta e cinco anos e ainda não tem namorada.João também era um jovem e promissor presidente de uma grande empresa, mas a cicatriz em seu rosto era chamativa demais, somado ao fato de ele ser alto e imponente, com olhos afiados, fazendo as pessoas o associarem instintivamente a um mafioso à primeira vista.Tanto que, aos trinta e cinco anos de idade, ele ainda não tinha namorada.A multidão olhou para o homem que havia proferido as palavras, e a Srta. Morena deu um tapa na nuca dele, dizendo:-
Mas as palavras dela o fizeram ter um espasmo no canto da boca.Porém, ele não podia discutir com ela, porque foi ele quem a proibiu de entrar em seu quarto.Da mesma forma, ele não podia entrar no quarto dela.Mais uma vez, Bruno sentiu que o contrato que havia assinado não estavam a afetando, e sim a ele mesmo.Ele nunca poderia ter sonhado que seria o primeiro a querer quebrar as cláusulas.Bruno se perguntou se ele poderia voltar atrás com o contrato.Onde ela escondeu a sua parte do contrato? Será que ele deveria roubar o papel de volta e destruí-lo, enquanto ela estivesse fora?O pensamento passou pela mente de Bruno e foi rapidamente abandonado por ele.Droga, ele era o grande Sr. Alves, não podia fazer algo tão descarado.- Que cachorro fofo. - Stella acariciou o pelo do cachorro de estimação e elogiou a fofura dele também.Bruno tinha um olho muito bom, escolhendo um cachorro e dois gatos que eram extremamente adoráveis.Michel, nem precisava dizer, lutou para descer do colo e
- Ah, Bruno, você também veio.Ao ver que seu cunhado estava ali, Madalena sorriu para ele antes de ir até ele e pegar seu filho, dando-lhe alguns beijos ferozes em sua pequena bochecha, fazendo o pequeno gargalhar.- Olá, irmã. - Bruno chamou a cunhada.- Eita, de onde vieram esse cachorro e os gatos? Que bonitinhos! - Madalena só viu os novos integrantes da loja quando terminou de beijar o filho.- O Bruno me deu eles de presente... Mana, você conseguiu um emprego? - Aurora perguntou. Ela já não via aquela expressão de felicidade, que estava no rosto da irmã quando ela acabava de entrar, havia muitos anos.Madalena elogiou o cunhado pelos animais fofo que havia comprado, antes de responder à irmã:- Achei, foi bem por acaso, não esperava encontrar ninguém conhecido. Aurora, você sabe onde vou trabalhar? No Grupo Ferreira!Aurora nunca procurou saber muito sobre esses grandes conglomerados do mundo comercial, só conhecia o Grupo Alves, o mais famoso da cidade, porque sua melhor amiga
Virando a cabeça, viu que Aurora não estava nem olhando para ele, apenas se ocupando em pegar dois pratos de comida. Com um breve olhar, ele examinou aqueles pratos, todos, com exceção de umas verduras, ainda eram frutos do mar.Eram... Os frutos do mar que Letícia havia lhe dado!Ele deu alguns passos largos e pegou os dois pratos da mão de Aurora:- Já que estou aqui, vou ajudar a levar os pratos para fora e evitar que você tenha que fazer tantas viagens.- Obrigada, Sr. Bruno.Bruno, que estava prestes a sair, não pôde deixar de interromper os passos e virar a cabeça para olhar para ela.- O que há de errado?Aurora pegou outros dois pratos depois que ele pegou aqueles dois de suas mãos e, ao ver seus olhos escuros olhando diretamente para ela, ficou intrigada. Ela baixou a cabeça e olhou para suas roupas, não estavam sujas.- Você, pode parar de me chamar de Sr. Bruno? - Bruno finalmente expressou o descontentamento de seu coração de uma vez.Com Aurora, era melhor ser direto em re
Quando Bruno disse isso, Madalena não teve mais como responder e ajudou o filho a colocar as luvas descartáveis.Após a refeição, Bruno ajudou a esposa a limpar a louça na cozinha novamente.Madalena continuou elogiando a bondade do cunhado na frente da irmã e disse a ela para ser boa com Bruno.Ela tinha muito medo de que, por causa de seu casamento fracassado, sua irmã também ficasse desiludida com o casamento.O fato de Daulo ser um canalha não significava que todos os homens fossem canalhas.Nesse mundo tão grande, ainda existiam bons maridos.Só que ela, Madalena, não teve a sorte de conhecer um.Aurora disse, desamparada:- Irmã, eu sei, não precisa dizer coisas boas sobre ele na minha frente mil vezes por dia, eu vou entrar e ajudar a lavar a louça.Com isso, ela correu para a cozinha, para que sua irmã não voltasse a tagarelar sobre como Bruno era bom e lhe dizendo para tratá-lo bem, fazendo parecer que ela geralmente o maltratava e abusava dele.Assistindo ao lado, Stella riu