- Cunhada, o que tem na sacola?Na verdade, Rivaldo já tinha sentido o cheiro de peixe.- São frutos do mar, uma amiga minha trouxe das férias na praia. Ela me deu um monte, é praticamente tudo vivo, seu irmão e eu não podemos comer tanto, então estou dividindo uns para vocês comerem.Rivaldo olhou para sua avó e viu que ela não recusou, então ele disse:- Tudo isso?Realmente não lhes faltavam frutos do mar na mansão dos Alves.No entanto, sua cunhada havia lhe dado, então ele deveria ajudar a levá-los para casa.- Vovó, você pode dividir um pouco para todos lá de casa.Aurora preparou cuidadosamente uma porção para cada família e a embalou em sacos de rede separados.- Está bem, eu vou dividir. – Disse Erica. Ela esperou que Rivaldo colocasse os frutos do mar no carro, depois entrou e se acomodou, sem se esquecer de dizer a Aurora. - Aurora, acabei de mandar uma mensagem para o Bruno para que ele venha jantar com você antes de voltar para o escritório e fazer hora extra. Ele deve est
Aurora partiu em seu carro.Depois de observá-la se afastando, Bruno entrou na loja e viu os ingredientes que ela ainda não havia guardado. Bruno olhou para eles, sem entender, e logo perdeu o interesse, indo para a cozinha.Ele lavou a panela e colocou um pouco de água nela, depois colocou a sobra de comida do almoço na panela, ligou o fogo e o deixou ali, esquentando.Entediado, deu uma olhada casual na geladeira e a viu cheia de frutos do mar.Era tudo presente de Letícia.Letícia era realmente muito generosa com ela, trazendo um carro inteiro de frutos do mar.Só de pensar no fato de que Aurora havia ensinado Letícia a correr atrás dele, por isso Letícia mandou tantos frutos do mar para ela, e ele ainda comeu bastante deles no almoço...- Aurora, Aurora. – A voz de Helder ecoou do lado de fora.Bruno imediatamente diminuiu a intensidade do fogo e entrou rapidamente no banheiro, fechando a porta atrás de si.Enfim, Helder já tinha visto Bruno antes, então se o encontrasse agora, sua
Depois de ouvir os passos se afastando, Bruno saiu do banheiro.Ainda bem que sua avó o forçou a vir aqui, e ele aproveitou a oportunidade que a avó criou para se reconciliar com Aurora. Se não fosse assim, Helder teria tido a chance de ficar sozinho com Aurora.Depois que saiu da livraria, Helder seguiu dirigindo, mas parou o carro no cruzamento e ligou para Aurora.Logo Aurora atendeu a seu chamado:- Helder, o que foi?- Aurora, você está livre mais tarde? Lá pelas sete e meia.- Para fazer o quê?Aurora não disse se estava livre ou não, mas perguntou diretamente o que ele queria.Helder hesitou um pouco antes de confessar:- Preciso comparecer a uma reunião de negócios no Hotel Internacional da Cidade G e tenho que levar uma acompanhante. Bem, você sabe, não tenho namorada, então pensei em te pedir para me ajudar, e que fosse comigo à reunião de negócios.Aurora recusou sem nenhuma hesitação:- Vá chamar a Stella para acompanhá-lo, não tenho tempo, meu marido ainda está na livraria
Bruno disse que não precisava de outros pratos, mas Aurora embalou dois pratos a mais e duas porções de arroz branco.Depois de pagar, ela carregou a comida embalada para fora do restaurante e voltou para o carro.Nessa hora, seu telefone tocou novamente.Dessa vez, era Bruno que estava ligando.Helder tinha ido e vindo, e Bruno estava com uma pulga atrás da orelha, por isso não resistiu a ligar para Aurora.- Eu já estou voltando. - Sem esperar que Bruno dissesse alguma coisa, Aurora disse e desligou o telefone.Bruno olhou para a tela do celular por um longo tempo. Sua esposa tinha desligado na sua cara.Ele sabia que Aurora ainda estava com raiva por dentro.O casal não havia feito as pazes de verdade, só estavam se comunicando por causa da intromissão da avó e deram a ela um pouco de respeito e consideração.Aurora realmente voltou para livraria com rapidez.Ao entrar na loja com sua refeição embalada, Aurora perguntou a Bruno, que estava sentado dentro do caixa:- Já esquentou a c
- Se você quiser, também podemos ir à praia para passar o fim de semana e comer frutos do mar frescos, pescados no mar.Era a primeira vez que Bruno sugeria uma viagem de fim de semana para o casal.- Já estamos em novembro.- Novembro na Cidade G, desde que o sol apareça como de costume, os dias permanecerão quentes, é ainda mais adequado para férias na praia, porque o clima não está nem muito frio, nem muito quente.Aurora esfregou a barriga:- Vamos falar disso depois, agora não tenho certeza das coisas, quem sabe eu tenha outras coisas para fazer neste fim de semana.Bruno assentiu.Ao pegar a louça e ir para a cozinha para lavá-la, ele ainda teve que ouvir a advertência da esposa:- Não coloque tanto detergente, vai acabar enchendo a pia de bolhas.Bruno fez uma cara emburrada e não disse nem uma palavra.Ele levou dez minutos para lavar a louça. Como tinha olhado na geladeira mais cedo, ele sabia que havia algumas frutas lá dentro.Então, Bruno resolveu servir uma bandeja de frut
Bruno viu que Aurora estava com os olhos fixos no celular e teve vontade de ir até lá e arrancar o aparelho de suas mãos.Felizmente, ele tinha um forte autocontrole e não fez isso.Ele não queria que o relacionamento se deteriorasse novamente.Ele se aproximou, ficou na frente de Aurora e a chamou em voz baixa:- Querida.Houve um baque.Aurora ficou tão chocada com o "querida" dele que deixou cair o celular no chão.Ela se abaixou para pegar o aparelho e, quando viu que a tela do telefone havia sido danificada, disse com angústia:- Paguei dezenas de reais nessa película temperada...Bruno pegou o celular dela e olhou para a tela. Bem, realmente estava bastante danificada. Ao ouvir que ela estava com dó da película do celular, ele falou:- Eu compro dez películas para você.- Compre mais alguns, tenho medo que você enlouqueça e me chame de querida novamente, acabarei quebrando a película do meu celular mais algumas vezes. Bruno sentiu espasmos nos cantos da boca e ele a olhou em sil
Bruno disse, impotente:- Você não viu carinho nos meus olhos? O Helder olha para você do jeito que eu acabei de olhar. Eu sou homem e entendo os homens, ele tem uma queda por você e já faz muito tempo.Apenas essa garota tola ainda acreditava tolamente que o cara era seu irmão mais novo.Helder não queria ser seu irmão, ele queria ser seu homem.Quanto ao flerte de Aurora e às suas ações no rosto dele, Bruno não impediu.- Tem carinho em seus olhos? Eu só sinto a aura de matança.Bruno ficou com cara de tacho.Ele tinha atuado em vão.Aurora sorriu timidamente:- Talvez você não tenha demonstrado corretamente. Dizem que o sentimento em seus olhos é do coração. Como você não me ama, então naturalmente você não olha para mim com sentimento em seus olhos.Bruno levantou a mão.Finalmente, ele deu um tapa nas duas mãos desenfreadas dela.- Sr. Bruno.- Diga.- Eu... Bem, eu acho que gostaria muito, muito de beijá-lo.Bruno ficou tenso, com os olhos escuros cravados nela.Aurora disse nova
O semblante de Bruno se recuperou instantaneamente, frio como gelo. Ele saiu do caixa com uma expressão tranquila.Aurora endireitou-se e arrumou seus cabelos bagunçados. Ao ver a aparência de Bruno, como se nada tivesse acontecido, Aurora o xingou em seu coração centenas de vezes.Em seguida, ela se sentou e esperou pelos terríveis parentes que estavam por vir.Certamente, aqueles que a haviam chamado e gritado com ela eram os terríveis parentes de sua cidade natal.Não demorou um minuto para que o casal, David e sua esposa Nádia, entrasse com raiva.Seguindo o casal, havia dois tios e duas tias de Aurora.Os cantos da boca de Aurora se curvaram para cima ao ver que todos chegaram juntos.O casal correu na frente, ao ver Aurora sentada no caixa, mas foi impedido por Bruno.Bruno era alto e bonito, mas extremamente indiferente. Ele estava lá, emitindo uma aura que era tanto intimidadora quanto fria, fazendo as pessoas se encolherem instintivamente.O casal ficou assustado ao ver a fri