Ela era conhecida na aldeia como uma mulher barraqueira que sempre foi forte e nunca baixou a cabeça para ninguém.Ela insistia que seus filhos e netos também não se curvassem e nem pedissem desculpas a ninguém.Mas não se sabe por quanto tempo ela conseguirá aguentar.Aurora não fazia ideia de como a velha havia passado a noite, mas ela havia dormido tranquilamente, exceto pelo fato de que, ao amanhecer, sonhou com seus pais. No sonho, ela chamou por eles e estendeu a mão para pegá-los, mas foi em vão.Quando acordou, descobriu que as lágrimas haviam encharcado a fronha do travesseiro.Depois de olhar fixamente para o teto por um longo tempo, Aurora se sentou, pegou dois lenços de papel e enxugou as lágrimas do rosto, murmurando para si mesma:- Pai, mãe, vocês estão sabendo dos problemas que a sua filha está passando, não é? Não se preocupem, minha irmã e eu não somos mais as mesmas crianças de quinze anos atrás, eles não conseguirão mais nos manipular.Em seguida, ela pegou o celula
Bruno imediatamente enrijeceu seu belo rosto, seus olhos escuros encontrando os de Aurora com advertência.- Sr. Bruno. - Aurora perguntou a ele. - Posso te dar um beijo?Bruno ficou atônito.Como ela pôde ser tão cara de pau para fazer uma pergunta dessas a um homem?- O Sr. Bruno tem um sorriso bonito de me dar coceira no coração, queria muito abraçar o Sr. Bruno e te dar alguns beijos.Bruno tinha um olhar sombrio no rosto:- Aurora, onde está sua cara?- A minha cara está aqui mesmo. - Aurora sorriu e deu um tapinha em seu rosto. - Somos um casal, por isso digo coisas assim. Aliás, somos legalmente casados, mesmo que eu te dê um beijo, seria normal, não é mesmo?Com isso, Bruno instintivamente deu alguns passos para longe dela, o que fez Aurora dar uma risadinha.Bruno ficou um pouco envergonhado e irritado.Foi graças a ela que ele agiu assim por instinto, ele ainda estava com trauma pela última vez em que ela tocou em seu rosto do nada.Vendo a sua gargalhada, Bruno sentiu um imp
- O dinheiro do carro não precisa mais ser transferido para mim. – Disse Bruno, voltando a conversa para a compra do carro.Aurora não sabia o número de seu cartão bancário e só podia transferir cinquenta mil reais para sua conta PayPal todos os dias.Mas Bruno não aceitava.Os cinquenta mil reais que Aurora transferiu para ele naquela primeira noite agora voltaram para o cartão bancário dela.- Comprar um carro para você também é para que eu tenha uma boa reputação. Normalmente, estou ocupado com o trabalho e preciso levar minha esposa a eventos sociais de vez em quando. Se as pessoas souberem que minha esposa tem que andar em uma bicicleta elétrica que para de funcionar a qualquer momento, onde eu vou ficar com a minha cara?Bruno considerou que dar um carro a ela era uma forma de ficar bem visto pelos outros.- Aquilo não foi um presente como pedido de desculpas? - Aurora lhe perguntou.- Tem.... Múltiplos significados. – Disse ele.- Já que você me deu um carro, você não precisa ma
Bruno ficou parado na porta da varanda, sem alertá-la de sua presença, e a observou em silêncio por um minuto inteiro antes de se virar para ir embora.Carregando os lanches maravilhosos que sua esposa havia preparado para ele, Bruno saiu para o trabalho.Antes de sair, ele ainda avisou a Aurora:- Estou indo para o trabalho.- Tudo bem, dirija devagar. – Disse ela.Bruno fechou a porta e desceu as escadas carregando duas lancheiras térmicas.Seu grupo de guarda-costas, que o aguardava lá embaixo, estava de pé, agachado ou sentado no cinturão verde.Quando o viram descer as escadas com as duas lancheiras, todos se endireitaram e olharam para ele, mas nenhum deles se aproximou.Bruno ficou com cara de tacho.O quê, eles não o reconheceram só porque ele estava carregando duas lancheiras térmicas?- Sr. Bruno. - Foi Vasco quem reagiu rapidamente e o cumprimentou, pegando as duas lancheiras isoladas dele atenciosamente.Sem dizer uma palavra, Bruno caminhou em direção ao Rolls-Royce.O Rol
Bruno colocou as duas lancheiras térmicas na mesa do irmão e disse com uma voz grave:- Sua cunhada soube que você trabalhava na mesma empresa que eu, então ela fez um café da manhã extra e me pediu para trazer para você. Não coma fora com tanta frequência, não é higiênico.- Mas você também costumava comer fora todos os dias. – Disse Rivaldo.Mesmo que seja em seu próprio hotel, ainda era comer fora.Rivaldo pousou a xícara de café e, impaciente, pegou uma lancheira térmica, dizendo ao abrir a tampa:- Experimentei a comida da minha cunhada no sábado passado e passei alguns dias me relembrando. Nossa, que café da manhã rico, diversificado e bonito! Deve estar delicioso.Rivaldo abriu as duas lancheiras isoladas e não pôde deixar de elogiar a destreza de sua cunhada. Ela não só sabia tecer muitos artesanatos incríveis, mas também cozinhava muito bem.Não era de se admirar que a vovó tenha se encantado pela cunhada e insistido para que seu irmão mais velho se casasse com ela.Ela tinha
Aurora não sabia que seu marido estava um pouco com ciúmes. Ela voltou para a livraria e, como não havia muitos clientes, começou a trabalhar em seus artesanatos em tricô novamente.Quando Stella viu que Aurora acabava de terminar de tricotar uma árvore da sorte, perguntou: - Aurora, por que você tem tricotado tantas árvores da sorte, ultimamente? Elas estão vendendo bem?Aurora descansou um pouco, depois de terminar uma peça e ouviu a pergunta de sua amiga. Ela sorriu e disse: - Meus negócios online estão indo muito bem ultimamente, e o item mais procurado é a árvore da sorte. Tenho muitos pedidos.- Será que é porque as pessoas na internet sentiram pena de você e Madalena e foram à sua loja virtual comprar seus produtos para ajudar seus negócios? - Disse Stella.Aurora pensou por um momento e disse:- Não parece que as pessoas estão ajudando meus negócios online. A família Garcia não colocou informações sobre minha loja virtual na internet, apenas uma foto minha quando era criança
A conversa entre elas foi interrompida quando Aurora viu sua irmã entrando com seu sobrinho. Imediatamente, ela parou o que estava fazendo e saiu do balcão para cumprimentá-los. Stella foi mais rápida e abraçou Michel, apertando-o com força e dando-lhe muitos beijos carinhosos. Depois, ela o levantou e brincou com ele, fazendo-o rir muito.- Irmã, o que você está fazendo aqui? - Aurora percebeu que já passava das dez horas e nesse horário sua irmã deveria estar em casa preparando o almoço. Se seu cunhado chegasse em casa e não tivesse nada para comer, ele iria reclamar novamente.- Eu estava entediada em casa e resolvi dar uma passada aqui. Michel também estava me pedindo para vir. – Respondeu Madalena. Madalena tirou o chapéu e enxugou o suor, dizendo:- Já estamos quase em novembro e ainda está tão quente.O outono na cidade G era como o verão, até mesmo o inverno não era frio. Somente nas manhãs e noites se podia sentir um pouco de frescor. Durante o dia, quando o sol estava alto,
- Fiquei tão irritada com a ideia dele de dividir todas as despesas, então levei todos os presentes que você e Bruno me deram da última vez para o meu quarto. Madalena sentou-se em uma cadeira, enquanto Aurora entrou na cozinha e pegou algumas frutas na geladeira, lavou-as e as trouxe para sua irmã. Stella também serviu uma xícara de café para Madalena.Depois de tomar alguns goles de café, Madalena decidiu desabafar com sua irmã sobre as frustrações e raiva que vinha guardando. Ela não se importou em expor escândalos familiares.Se ela não desabafasse, temia que acabaria desenvolvendo depressão. Além disso, Stella era uma amiga de longa data e bastante confiável.Madalena continuou desabafando: - Quando acordei no dia seguinte, a família Francisco já havia sido levada embora por Daulo. Não me importei com a saída deles, mas fiquei muito furiosa porque levaram todos os presentes que você e Bruno trouxeram para mim.- Até alguns brinquedos que eram para Michel foram levados por Caroli