Infelizmente, essa felicidade não durou muito. Quando Viviane entregou o manuscrito completo para Ricardo, ele disse:- Levarei o manuscrito para traduzir. Quando estiver pronto, mandarei alguém trazer de volta.Viviane não respondeu.Só depois que o carro de Ricardo desapareceu na distância, Viviane mordeu os lábios e voltou para o quarto, desolada. Ela não sabia o que tinha acontecido, só sabia que o Sr. R parecia estar deliberadamente se afastando dela. Talvez, se recuperasse as memórias perdidas, seu relacionamento com o Sr. R não precisasse ser tão estranho.Quando Viviane compartilhou esse pensamento com Helena, ela ficou extremamente assustada.- Querida, não pense assim, por favor. Me deixe te dizer, o Sr. R nunca iria te ignorar. - Diante do olhar confuso de Viviane, Helena repetiu. - Se lembre, nunca pense assim. Apenas viva bem os dias de agora.Viviane perguntou:- Então, você acha que meus dias de agora são melhores do que antes da amnésia?Helena refletiu seriamente e nã
Viviane ainda achava que não havia problema.- Certo, então está combinado.Helena disse, e depois conversou mais um pouco com Viviane antes de sair. Não esperava que, ao sair, visse Júlio no salão, falando ao telefone.- Não me importa o que você faça, mas precisa resolver a questão dos laboratórios até este sábado. Na próxima semana, eu preciso continuar os experimentos!Não se sabia o que a outra pessoa disse, mas Júlio, geralmente tão calmo, estava furioso:- Pare de falar besteiras, em vez disso, vá logo resolver o problema.Ao terminar, ele desligou o telefone abruptamente e se virou, prestes a jogar o celular no sofá. Ao ver Helena no andar de cima, ele rapidamente mudou a expressão zangada:- Vai embora?- Sim.- Eu te levo de volta.Helena hesitou por um momento, mas acabou concordando.Júlio pegou as chaves e levou Helena de volta ao hotel.Durante todo o trajeto, ambos permaneceram em silêncio. Helena tentou várias vezes perguntar a Júlio o que havia acontecido, mas acabou s
Helena soltou uma risada fria:- Essa questão você tem que resolver com o Júlio, falar comigo não adianta nada.Karina respondeu:- Naturalmente vou falar com ele, só que tenho medo que você fique grudada nele e não o deixe em paz.Helena deu um sorriso:- Quanto a isso, pode ficar tranquila. Em poucos dias voltarei para o meu país, então, mesmo que eu quisesse ficar ao lado dele, não poderia. A não ser que...- A não ser que o quê?- A não ser que ele vá comigo para o país TZ.Karina riu ao ouvir isso:- Você está sonhando! O Sr. Júlio jamais iria para o país TZ com você. Ele já tem uma carreira de sucesso no país M. Ir com você para o país TZ e começar do zero? Nem um tolo faria isso!Embora essas palavras refletissem o que Helena pensava, ouvi-las da boca de Karina a deixou profundamente incomodada.- Se ele não vai voltar comigo para o país TZ, então por que você ainda está falando comigo?Karina ficou sem palavras. Furiosa, pegou sua bolsa que estava sobre a cama:- Espere e verá,
A mansão, embora não fosse tão grandiosa quanto a da família Barbosa, possuía um charme rústico e natural, com um valor artístico notável. O mordomo da mansão conduziu Júlio até a sala de estar.- Sr. Júlio, o Sr. Tristão ainda está trabalhando no escritório. Por favor, aguarde um momento. - Disse o mordomo antes de se retirar, sem nem sequer oferecer uma xícara de chá a Júlio.Depois de esperar por mais de dez minutos, Tristão finalmente desceu do segundo andar, exibindo uma expressão de surpresa ao ver Júlio.- Sr. Júlio, o que o traz aqui?Tristão, alto e atraente, ainda mantinha uma aparência imponente apesar das marcas do tempo em seu rosto.Júlio foi direto ao ponto:- Sr. Tristão, ouvi dizer que foi você quem fechou meus laboratórios...Tristão manteve a calma, sem mostrar qualquer sinal de desconforto:- Seus laboratórios foram fechados? Eu não sabia disso.Júlio, sem rodeios, continuou:- Sr. Tristão, vamos falar abertamente. O que você quer?Tristão sorriu ligeiramente ao ouv
Já que Júlio já havia revelado a verdade, Tristão decidiu não esconder mais nada.- Isso mesmo, você quer reiniciar o experimento? É muito simples. Basta convencer o Sr. Mauro e se casar com minha filha. - Tristão sorriu para aliviar a tensão. - Sr. Júlio, essas duas coisas são muito simples para você. Se você concordar, eu posso imediatamente permitir que seus laboratórios continuem.Júlio o encarou:- Então espere sentado.Após dizer isso, Júlio se virou e saiu.Enquanto via Júlio partir, Karina, que estava no andar de cima, não conseguiu mais se conter e desceu correndo:- Papai...A raiva nos olhos de Tristão ainda não havia dissipado, mas ao ver a filha, ele forçou um sorriso:- Não se preocupe, ele não vai aguentar por muito tempo. Se os laboratórios não puderem ser reiniciados rapidamente, todos os esforços anteriores serão em vão.Karina não estava convencida:- Mas papai, parece que ele não está disposto a se submeter a você.- Não importa, se ele quiser reiniciar o experiment
- Claro que vou fazer. Como eu poderia recusar um pedido seu?Suzana soltou um resmungo e saiu batendo os saltos altos no chão.Sérgio exibiu um sorriso satisfeito.O assistente que acabava de entrar, vendo a cena, não pôde deixar de perguntar:- Presidente, por que você é tão indulgente com a Srta. Suzana?Se fosse qualquer outra pessoa, entrando e saindo do escritório de Sérgio sem ser anunciada, provavelmente já estaria sem um ou dois membros, mas Suzana podia desafiar os limites de Sérgio repetidamente sem sofrer nenhuma consequência.Os lábios de Sérgio se curvaram para baixo:- Você está falando demais!O assistente abaixou a cabeça rapidamente:- Sim, presidente, falei demais.Depois de dizer isso, ele levantou os olhos discretamente e olhou para Sérgio, percebendo que ele não estava realmente irritado. Pelo contrário, Sérgio parecia perdido em algum tipo de lembrança, o que fez o assistente soltar um suspiro de alívio silencioso.De fato, Sérgio estava imerso em lembranças.Ele
- Hoje não preciso ir trabalhar. Estou bastante entediada no hotel. Você tem tempo livre? - Perguntou Helena.Júlio respondeu sem hesitar:- Claro que tenho. Para onde você quiser ir, eu te acompanho.Helena pensou por um momento e disse:- Então me acompanhe para fazer compras. Estou aqui há tanto tempo e ainda não explorei bem as ruas desta cidade.Júlio respondeu:- Certo, espere no hotel. Estou indo para aí agora mesmo.Após desligar o telefone, o humor de Júlio melhorou consideravelmente. Ele se dirigiu rapidamente ao hotel onde Helena estava hospedada. Quando estava prestes a chegar, ligou para Helena pedindo que descesse.Helena obedeceu. Assim que chegou à entrada do hotel, avistou o carro de Júlio. Júlio abriu a porta do carro e estava prestes a abrir a porta do passageiro, mas foi impedido por Helena:- Eu disse fazer compras andando, passeando pelas ruas.Júlio franziu a testa, mas quando viu que Helena estava usando tênis, seu semblante relaxou um pouco:- Por que decidiu c
Os lábios de Helena ficaram instantaneamente pálidos.- Então... Escolha me perder... - Ao dizer isso, Helena levantou a cabeça, com um leve sorriso nos lábios. - Afinal, Júlio, eu não posso te dar um futuro, você se esqueceu disso?Júlio olhou para o sorriso dela, a visão ficando um pouco turva.- Helena, me diga, isso não é verdade, não é?O coração de Helena doía intensamente, mas ela manteve o sorriso:- Isso é o que eu realmente penso, Júlio. Eu realmente não posso te dar um futuro, então, se eu afetar seu futuro, se lembre de me sacrificar sem hesitação.Júlio balançou a cabeça:- Não, seus olhos me dizem que você não pensa assim.Helena evitou o olhar penetrante de Júlio.- Eu realmente penso assim.- Então por que você não consegue olhar nos meus olhos?Helena, sem saída, empurrou Júlio:- Estou cansada, quero voltar. - Disse ela, se virando e caminhando de volta pelo caminho que vieram.Júlio olhou para as costas teimosas de Helena, hesitou por um segundo, mas decidiu segui-la