Helena ficou paralisada.

- Você está falando sério?

A expressão de Júlio não mostrava qualquer alteração, como se estivesse gravada em seus ossos:

- Claro, não importa se não encontrarmos, ainda posso procurar nas câmeras de vigilância.

- Você enlouqueceu? - Helena se endireitou, se aproximando de Júlio. - Por que fazer essas coisas sem sentido?

- Como isso pode ser sentido? - Júlio sorriu suavemente. - Desde que você acredite em mim, não será em vão, você é minha maior motivação para fazer isso.

Helena olhou nos olhos de Júlio, seus lábios vermelhos tremendo.

- Júlio, eu sei o que você quer fazer, mas é inútil, nos últimos dias, eu pensei em ficar realmente com você, mas, sempre que estou com você, me lembro das vezes que fui com minha mãe pegar traidores na infância.

Essas memórias deixaram uma marca profunda nela.

O amante gritando de dor, o pai em pânico, e os olhares de julgamento das pessoas ao redor...

Tudo isso ficou gravado em seus ossos, em seu sangue.

Ela nunca esqueceria is