O riso parou abruptamente. Todos se viraram e viram David, cercado por seus seguranças, entrar na sala. Ficaram atônitos. - Senhor, como o senhor veio até aqui? Iara rapidamente se aproximou, querendo oferecer seu braço para ajudá-lo. O velho senhor não lhe deu nem sequer um olhar, andou apressado até Viviane e perguntou: - Viviane, ouvi dizer que você torceu o tornozelo e foi hospitalizada. Por que você não me contou sobre algo tão sério? Viviane estava extremamente tocada. - Vovô, eu estou bem, vou receber alta em breve. O velho homem olhou para o tornozelo de Viviane, ainda não convencido. - Você tem certeza? - Sim! - Viviane deu alguns passos no lugar. - Na verdade, não havia nem a necessidade de ser hospitalizada; foi apenas excesso de preocupação de alguém em casa... Dizendo isso, ela corou. Vendo sua neta assim, ele sorriu: - Entendi, você me assustou. - Ele então se virou para Iara e os outros. - O que vocês estão discutindo aqui? Eu podia ouvir de lon
No intervalo enquanto esperavam o elevador, Viviane não resistiu e perguntou:- Meu tio realmente se casou?O velho assentiu com a cabeça:- Sim, pelo que vejo, sua decisão de retornar ao país e se casar rapidamente foi acertada."Casar rapidamente? Meu tio também se casou assim?"- Sim. - O velho de repente questionou. - A última proposta que fiz, seu marido concordou?A conversa mudou subitamente para Ricardo, e Viviane, pegando-se desprevenida, simplesmente assentiu.- Nesse caso, vamos organizar um jantar no hotel.- Vô, me deixe fazer os arranjos. Gustavo tem procurado por ele esses dias, você pode não dizer que nos encontramos por enquanto?As sobrancelhas do velho se ergueram:- Por que Gustavo está procurando por ele?Viviane apertou os lábios:- Eu não sei, me prometa primeiro.O velho riu ainda mais:- Tudo bem, não direi a ele. Mas, Viviane, há um ditado que diz que um bom cavalo não come grama velha, mas às vezes, se você não voltar, não perceberá que essa grama velha é a m
Quando Ricardo chegou à mansão, Gustavo acabava de sair do escritório, após uma conversa com o avô. Seu humor não era dos melhores.- Tio.Ricardo acenou levemente com a cabeça.- O que o seu avô queria com você?Gustavo não parecia muito satisfeito.- Meu avô disse para eu parar de procurar o marido da Viviane. - O cenho de Ricardo se franziu, mas então ouviu Gustavo continuar. - Ele acha que isso vai atrapalhar meus planos de conquistar a Viviane.Ricardo ficou sem palavras.- Sr. Ricardo. - O mordomo se aproximou. - O senhor já está à sua espera no escritório.Ricardo respondeu com uma indiferença que não revelava emoção alguma. Entrando no escritório, cumprimentou David, que estava sentado em uma poltrona.- Tio.David sorriu.- Ah, chegou, chegou. Sente-se.Sem demonstrar qualquer emoção, Ricardo se sentou diante do avô.- Depois de amanhã, vou me encontrar com o marido da Viviane. - O avô se levantou, apoiando-se em sua bengala. - Já conseguiu alguma informação sobre ele?Ricardo
O mordomo prontamente instruiu a equipe do hotel a preparar os utensílios para chá e folhas de chá.Aproveitando o momento, Viviane mandou uma mensagem para Ricardo: "O vovô chegou, quanto tempo mais você vai demorar?"Ricardo não respondeu.A equipe já havia trazido os utensílios.Sem escolha, Viviane recolheu seus pensamentos e concentrou-se em preparar o chá para o velho senhor.Fazer chá era uma arte, não algo para ser feito descuidadamente.O chá que a equipe trouxe era Pu'er maduro.Viviane escolheu um bule de barro roxo, adicionou as folhas e despejou água fervente. As folhas flutuaram e o aroma do chá encheu o quarto.Rapidamente, ela derramou o chá e o coou novamente.Somente na terceira vez ela o despejou nas xícaras de barro roxo.O líquido escuro exalava um aroma sedutor.- Vovô, por favor.O velho senhor sorriu e pegou a xícara, tomando um gole, e disse, satisfeito:- O chá feito pela Viviane é sempre o melhor.Modestamente, Viviane respondeu:- Vovô, você sempre sabe como
Viviane caminhou com passos leves até Ricardo e estendeu a mão:- Onde está o documento?Ricardo baixou os olhos para a mão delicada à sua frente e não resistiu em acariciá-la como se estivesse acariciando um gato:- Está no carro.- Ah. - Viviane sentiu um formigamento agradável na palma da mão, mas não resistiu. Ela continuou sorrindo. - Como é a aparência do seu subordinado?- Um nariz, dois olhos, uma boca.Viviane riu:- Pare de brincar. E se eu confundir a pessoa?- Ele não vai confundir você. - Ricardo passou as chaves para Viviane. - Vou subir primeiro, você espere até que ele chegue, então você sobe.- Tudo bem.Viviane assentiu obedientemente e assistiu Ricardo partir antes de entrar no carro, onde esperou pacientemente....O elevador parou no terceiro andar, e Ricardo caminhou em direção à sala privativa.Ele nunca se sentiu tão ansioso antes.Riu de si mesmo.Em negócios anteriores envolvendo bilhões, ele nunca se sentiu tão tenso quanto agora.O que diabos estava acontece
A família Morais também se tornou motivo de piada.Ele veio hoje apenas para recuperar algum respeito perdido.David franziu a testa, descontente:- Só mencionei a possibilidade de um encontro às cegas, e depois que Ricardo se casou, nunca mais falei sobre isso. Como vocês interpretaram isso como casamento?Fernando ficou sem palavras, mas o ressentimento acumulado em seu peito era insuportável.- Deve haver alguma compensação. - Fernando olhou para Ricardo. - Sr. Ricardo pode até ser casado, mas seu foco profissional ainda está no Brasil. Os homens, sabe como é, tendem a se sentir solitários. Que tal se casar novamente?Dizendo isso, empurrou Iara em direção a Ricardo.Iara baixou a cabeça, envergonhada, pronta para se aconchegar nos braços de Ricardo.Ricardo, com um ar indiferente, desviou-se.Iara perdeu o equilíbrio e quase caiu.Conseguindo se estabilizar, ouviu a voz de Ricardo, mais desinteressada do que nunca.- Se minha esposa não concordar, eu não ousaria me casar novamente.
Iara acabava de ser contrariada por Ricardo, e ao ver Viviane, pareceu encontrar um alvo para sua fúria. Sem mais delongas, agarrou o braço de Viviane e a confrontou:- Você apareceu aqui para seduzir o tio do Gustavo, não é?Viviane virou a cabeça, lançando um olhar gelado para o braço dolorido que Iara segurava.- Me solte!Iara, enlouquecida, ignorou completamente o aviso.Por que Viviane teria o que ela não tinha?Viviane, vendo que ela não soltava, agarrou a mão de Iara, cujas unhas se cravaram profundamente na carne.Iara soltou um grito de dor, empurrou Viviane e olhou para as marcas profundas em seu pulso, pronta para atacar novamente.Esquivando-se, Viviane lançou um olhar para a câmera de segurança nas proximidades e aconselhou:- Senhorita Iara, cuidado com sua imagem.Fernando também percebeu que este não era seu território, e um escândalo envolvendo Iara seria problemático. Rapidamente, interveio.- Iara... - Disse Fernando, com desdém. - Bater em alguém dessa laia é quere
Viviane não dava a mínima.Além do velho senhor, ela não tinha qualquer apego emocional aos outros.- Não vou mais falar contigo, vou chamar um motorista.Viviane desligou o telefone e pediu um motorista. Felizmente, ela ainda estava no centro da cidade, e rapidamente alguém aceitou o serviço.Ao retornar para Cidade B, já eram mais de cinco da tarde.O céu tingido de vermelho pelo pôr do sol estava imerso em serenidade e beleza.No entanto, seu estado emocional estava longe de ser tranquilo.Ao chegar em casa e ver um par de chinelos masculinos na prateleira de sapatos, ela ficou ainda mais inquieta.Resolveu simplesmente guardá-los no armário.Mal se sentou e o telefone tocou. Era João.- João, você está me procurando por quê?- Srta. Viviane, você já voltou para Cidade B?- Sim, acabei de chegar.- O velho senhor pediu que você fosse ao hospital.Ao lembrar das palavras de Helena, o coração de Viviane deu um pulo, e ela exclamou:- Meu avô está bem?- Não é o velho senhor. - João,