Todos esperavam ansiosos, mas, ao verem quem entrava, seus rostos se encheram de decepção ao perceberem que era Rosa. Rosa, no entanto, não se importou com a expressão dos presentes. Caminhou até Flaviane e, sem rodeios, disse: — O contrato de transferência que você tem nas mãos não tem validade. Flaviane, ao ouvir essas palavras, parecia ter ouvido a maior piada do mundo. Com um sorriso, ela respondeu: — E você, quem é para dizer que o contrato que eu tenho não vale nada? Olhe bem. — Flaviane pegou o contrato e o colocou diante de Rosa. — Esse contrato tem a assinatura da Viviane. Você, uma dama da família Machado, vem se meter nos assuntos do Grupo Ribeiro? O que você quer com isso? Será que está tentando tomar o Grupo Ribeiro para si? Rosa ignorou o tom sarcástico de Flaviane e, se virando para os outros presentes, falou: — Não se deixem enganar pela Flaviane! A razão pela qual Viviane assinou esse contrato é porque ela está sofrendo de uma doença parecida com a doença d
Flaviane, ao perceber isso, sabia que não poderia mais seguir o que Rosa estava dizendo. Ela, desdenhosa, respondeu:— O chá perfumado realmente foi um presente meu para a Srta. Viviane, mas eu não sou tão tola a ponto de tentar prejudicar a Srta. Viviane diretamente. Você está atrás do Grupo Ribeiro e está tentando me prejudicar, não é? Mesmo neste ponto, Flaviane ainda tentava se justificar.Rosa percebeu que Flaviane não ia admitir a verdade.— Muito bem, já que você diz isso, vamos deixar que a polícia trate disso. — Rosa disse, já tirando o celular do bolso, mas foi interrompida quando Flaviane rapidamente a impediu.Rosa olhou para Flaviane e disse:— O que é isso? Está com medo? Se tem medo, é só se entregar. Quem sabe ainda consiga uma pena mais leve.Flaviane soltou uma risada irônica.— Mesmo que este contrato de transferência não valha nada, eu sou filha do Hugo. O Grupo Ribeiro deveria ser meu!Ao ouvir isso, todos os presentes ficaram estupefatos. Com exceção de Rosa.F
Sozinha, Flaviane não tinha a menor chance contra tantos policiais. Não havia corrido dois passos quando foi rapidamente imobilizada, incapaz de se mover.Ela caiu de joelhos no chão, gritando desesperada.Foi nesse momento que uma imponente figura apareceu diante dela, com longas pernas, retas como uma flecha.Flaviane levantou a cabeça e viu Viviane. De repente, algo lhe passou pela cabeça e ela tentou se levantar, mas o peso dos policiais sobre o seu corpo impediu qualquer movimento.— Você fez isso de propósito! Você me enganou, dizendo que estava com problemas mentais, não foi? — Gritou Flaviane, com raiva, tentando se soltar.Viviane a olhou com frieza, sem responder.Os policiais a levantaram com força e a arrastaram para fora.A turbulência finalmente teve um fim com a prisão de Flaviane.Os altos executivos da empresa observavam Viviane, sem saber o que dizer, atônitos.O quão abominável Flaviane tinha sido, eles haviam testemunhado. Agora, a astúcia de Viviane também estava
Viviane Ribeiro se casou.O noivo não era Gustavo Barros, seu namorado de oito anos de amor. Era um homem que ela conheceu por menos de cinco minutos, de quem tinha apenas informações básicas.- Ainda há tempo para se arrepender. - No saguão de espera do cartório, o homem olhou para Viviane com um ar cínico, lembrando-a.Com os dedos apertando a bainha quase desfiada de sua roupa, o rosto frio e indiferente de Gustavo preencheu sua mente...Três dias atrás, Gustavo, que normalmente evitava vê-la, a convidou para jantar. No momento em que recebeu o telefonema, ela ingenuamente pensou que oito anos de dedicação finalmente receberiam uma resposta.Ela se vestiu cuidadosamente para o encontro, porém, foi recebida não apenas por Gustavo, mas também por Débora Ribeiro, sua prima, que estava sentada em uma cadeira de rodas e segurava as mãos dele com um sorriso doce no rosto.- Doe seu rim para Débora e eu me casarei com você. - Gustavo soltou essa bomba antes que ela pudesse assimilar o rel
- Há algum problema?Ricardo levantou as pálpebras, observando-a.Viviane entreabriu os lábios vermelhos, indecisa sobre o que dizer. Preocupada que Ricardo pudesse interpretar errado, optou por falar:- Nada de errado, vamos.Mais cedo ou mais tarde, teria que enfrentar isso.A meio caminho, Viviane recebeu uma chamada de Gustavo.Ao ver o brilho intermitente na tela, sua expressão congelou, como se estivesse vendo a si mesma nos últimos oito anos.Sempre foi ela a tomar a iniciativa de ligar para Gustavo, perguntando como ele estava.Mas Gustavo nunca a ligou uma única vez.Mesmo quando ela esteve hospitalizada para uma cirurgia, não recebeu nenhuma palavra de preocupação.Agora, por causa de Débora, ele podia ligar repetidamente.Algumas pessoas simplesmente não eram nem comparáveis.- Você não vai atender? - Ricardo, que estava fechando os olhos no banco do passageiro, virou a cabeça para olhar pela janela.Viviane olhou para o perfil impecável do homem. Embora não pudesse ver sua
O coração de Viviane de repente se tornou muito tenso, como se alguém à deriva no oceano vasto finalmente tivesse encontrado um pedaço de madeira flutuante. Levantou o olhar e cruzou diretamente com os olhos de Ricardo. O olhar dele não era mais de descaso e escárnio; era intenso e cheio de sentimento. Por um momento, até mesmo Viviane quase foi enganada por ele.Desesperada, ela olhou para Hugo e Sofia Lopes. Ambos, chocados, se sentaram no sofá. Após um momento de silêncio, Hugo foi o primeiro a reagir. Levantou a cabeça e perguntou a Viviane:- Viviane, o que está acontecendo?Viviane estava prestes a falar, Ricardo a interrompeu e a colocou atrás dele. Este novo sentimento de ser protegida deixou sua mente em branco, enquanto a voz profunda e magnética de Ricardo ecoava em seus ouvidos.- Nós acabamos de registrar nosso casamento hoje, foi tudo muito às pressas, não tivemos tempo de avisar nossos pais.Controlando a raiva, Hugo tentou manter a compostura:- Viviane!Juntando corag
Ricardo, com um rosto sério, a empurrou para o assento do passageiro e fechou a porta. Viviane se encolheu de medo e lançou um olhar furtivo ao rosto carrancudo de Ricardo, sem entender. A pessoa que deveria estar com raiva era ela. Então, por que Ricardo parecia ainda mais irritado? No segundo seguinte, Ricardo ligou o carro abruptamente e o veículo disparou como uma flecha solta do arco. Viviane quase foi arremessada para fora; ela agarrou-se firmemente ao apoio de mão, sua voz distorcida pelo vento:- O que você está tentando fazer?Ricardo parecia não ter ouvido sua pergunta e pisou fundo no acelerador, seus olhos escuros como os de uma fera na noite, fixos à frente. Imediatamente, o Audi comum tornou-se como uma enxurrada de água que escapava, correndo desenfreadamente pelas ruas silenciosas. Viviane estava pálida e só conseguiu se segurar no apoio de mão, usando toda a sua força. Ela questionou em alto e bom som, mas era inútil; o estrondoso som do vento abriu sua enorme bo
Viviane se divertiu com a suposição de Helena.- Você tem lido romances demais, minha amiga. Ele é apenas alguém que eu conheci casualmente, sem qualquer ligação com a família Barros. A única conexão é que ele trabalha no Grupo Barros.- Ah. - Helena ficou visivelmente desapontada. - Então, ele é subordinado de Gustavo. Isso não facilita para Gustavo te incomodar no futuro?Os olhos de Viviane escureceram um pouco:- Acredito que não. Gustavo deve me deixar em paz agora, principalmente por causa de David e o fato de eu já estar casada.Helena se sentiu um pouco aliviada, mas ainda assim estava indignada com Gustavo:- Eu diria que você deveria ter dado um soco nele. Ele não sabe o quanto você queria se casar com ele...Viviane a interrompeu suavemente:- Isso é passado, Helena. Daqui para frente, Gustavo e eu seguiremos nossos próprios caminhos, sem interferência um no outro.- E o noivado? David já sabe disso? Se ele descobrir, ficará devastado.O semblante de Viviane se fechou novame