Rosa olhou para Beatriz com gratidão e assentiu vigorosamente:— Sim, e minha amiga está no hospital agora, estou muito preocupada com ela.— Você ouviu, não é? A amiga da Rosa está internada, e você ainda não quer deixar a Rosa ir visitá-la. Você é o pai dela, como pode ser tão cruel?Osvaldo permaneceu em silêncio.Sem escolha, Osvaldo teve que puxar sua esposa para o lado e, em voz baixa, disse:— Ontem aquelas pessoas me chamaram, sabe por quê?Beatriz, intrigada, perguntou:— Por quê?— Alguém fotografou a Rosa indo para o Grupo Ribeiro, e agora estão usando essas fotos para tentar expulsar a Rosa da família Machado. Se neste momento a Rosa for ver a Viviane, aqueles velhos certamente vão expulsá-la da família. Você quer ver sua filha sendo expulsa?Essas palavras finalmente silenciaram Beatriz. Vendo isso, Osvaldo rapidamente acrescentou:— Sei que você não quer ver a Rosa triste, então deixe que eu seja o vilão desta vez. Vá para o quarto, por favor.Beatriz olhou na direção de
Quando chegou ao hospital e viu Viviane deitada na cama, Rosa rapidamente foi perguntar a Helena sobre o que havia acontecido.Helena também não sabia muitos detalhes sobre a situação. Ela tinha apenas uma noção de que isso tudo fazia parte de uma conspiração tramada por Gustavo e Manuel.— A Viviane já descobriu a verdadeira identidade do Ricardo. — Helena abaixou a voz e deu uma olhada em direção à porta.Quando Rosa entrou, ela já tinha visto Ricardo. Agora, ao ouvir Helena dizer isso, tudo fez sentido: por que Ricardo estava esperando do lado de fora e não havia entrado no quarto.— E então...Helena balançou a cabeça levemente:— A situação ainda não está clara. O Dr. Michael disse que só quando a Vivi acordar saberemos ao certo o que aconteceu. — Helena sorriu ligeiramente. — Depois de tantas más notícias, deixa eu te contar uma boa.— Que boa notícia? — Ao ouvir falar de boas notícias, Rosa se animou imediatamente.— O Gustavo está morto!— Ele morreu!Essa era, de fato, uma óti
O Dr. Michael entrou no quarto e caminhou até Viviane. Primeiro, ele fez um exame em seus olhos e, ao confirmar que não havia nenhum problema, falou suavemente:— Você sabe qual é o seu nome?Viviane ainda olhava fixamente para o teto, com um olhar confuso. Sua boca se mexeu mecanicamente duas vezes:— Viviane.Ao ouvir essa resposta, todos respiraram aliviados.— E você lembra qual é o seu trabalho?— Presidente do Grupo Ribeiro.Mais uma vez, os presentes sentiram uma pontada de alívio.Dr. Michael puxou Helena para mais perto:— E ela, você lembra quem é?— Helena.Em seguida, Dr. Michael chamou Rosa.Viviane também conseguiu dizer o nome de Rosa corretamente.No entanto...Os olhos de Viviane permaneceram fixos no teto, como se ela fosse uma máquina desprovida de emoções. Isso fez com que a alegria momentânea no rosto de Helena e Rosa se transformasse em preocupação.— Dr. Michael... — Helena começou a falar, mas foi interrompida por um gesto de mão do médico.— Vamos conversar lá
Rosa sabia que Helena só falava aquilo por estar irritada, então preferiu não prolongar o assunto. Ela apenas respondeu:— Helena, não vamos falar da família Machado agora. Melhor irmos ver a Viviane logo.— Tem razão. Você mal conseguiu sair daquele lugar, não vamos perder tempo falando dessas coisas desagradáveis. Vamos, vamos ver se a Viviane quer comer alguma coisa.Enquanto conversavam, elas retornaram ao quarto. Ao verem Viviane deitada na cama, com os olhos fixos no teto, o coração de ambas se apertou novamente.— Vivi, você está inconsciente há dias... Deve estar com fome, não é? O que você quer comer? Eu posso buscar para você. — Helena se aproximou da cama e perguntou suavemente.Viviane continuava olhando para o teto, como se não tivesse ouvido nada do que Helena disse.As duas se entreolharam, um tanto aflitas. No momento em que elas estavam sem saber o que fazer, Viviane finalmente falou:— Não estou com fome.Helena ficou animada ao ouvir Viviane falar e, imediatamente, t
— Por que o Ricardo também é da família Barros? — Viviane gritou, ainda tentando entender.— Helena... — Rosa começou, enquanto observavam Viviane finalmente liberar toda a sua frustração.As duas a abraçaram, deixando que ela chorasse e expressasse toda a mágoa que havia guardado. Quando Viviane finalmente se cansou de chorar, Helena e Rosa pegaram lenços para enxugar suas lágrimas.— Pronto, Vivi, chega de chorar. Tudo isso já passou. Não importa se o Ricardo é parente de quem quer que seja, nem se o Gustavo está vivo ou morto. Nada disso importa mais e não tem nada a ver com você. O que você precisa agora é seguir em frente. — Disse Helena, quase chorando novamente. — Vivi, você já sofreu tanto pelo Gustavo na primeira metade da sua vida... Quando achou que finalmente teria paz, aparece o Ricardo. Agora que o Gustavo se foi, podemos deixar o Ricardo de lado também. Vamos focar em viver bem, está bem?Viviane assentiu com um leve movimento da cabeça.— Está bem. Vou deixar tudo isso
— Eu pensei que, depois de saber que o Ricardo é tio do Gustavo, você se desentenderia com ele. Não imaginei que, tão rápido, você o incluiria de novo entre "nós". — Helena encarou Viviane nos olhos. — Vivi, eu já sabia... No fundo, você não odeia o Ricardo de verdade.Vendo que Helena havia percebido seus sentimentos, Viviane desistiu de esconder a verdade:— Eu realmente não consigo odiar o Ricardo. Mas também não consigo perdoá-lo pelas coisas que ele fez. Você me pedir para esquecer tudo e seguir a vida ao lado dele... Eu não consigo. Mas, neste momento crítico, se você me pedir para deixar de lado essas mágoas e me unir a ele para enfrentar o Manuel, isso eu posso fazer. Você sabe o quanto o Manuel é perigoso. Naquela noite, mesmo sem ter visto tudo, você pode imaginar o que aconteceu, não é? — Helena se recordou da cena com tantas pessoas caídas ao chão e assentiu. Viviane prosseguiu. — Por isso, não quero que meus conflitos com o Ricardo atrapalhem nossa luta contra o Manuel. Pe
Ricardo estava na frente de todos. Pela lógica, ele deveria ser o primeiro a entrar no quarto. Mas, ao empurrar a porta, Ricardo hesitou. Os olhares preocupados dos outros fizeram-no perceber que, ao cruzar aquele limiar, o que o aguardava não era necessariamente uma boa notícia. A porta, aos olhos de Ricardo, se transformou então numa entrada para um mundo sombrio.— Entre logo. — Júlio insistiu. — Já que está aqui, entre. Além disso, o Dr. Michael tinha mencionado que ia esperar um pouco antes de avaliar a condição de Viviane. Agora, você tem a chance de vê-la diretamente, então por que tanta hesitação?As palavras de Júlio convenceram Ricardo."Viviane pediu para que eu viesse. Se posso vê-la e realizar esse desejo, por que me importar com o resto?" Pensando nisso, Ricardo empurrou a porta com determinação.Assim que a porta se abriu, Viviane, deitada no leito, ergueu os olhos na direção dele. Quando seus olhares se cruzaram, uma onda de eletricidade familiar percorreu os do
— Exato. — A voz de Júlio finalmente trouxe Viviane de volta daquele mar de dor. — Se o Manuel não quiser que o vasto patrimônio da família acabe nas mãos de outros parentes, ele precisará garantir um segundo herdeiro. — Mas o nascimento de uma criança leva, no mínimo, um ou dois anos. Vocês acham que, nesse período, o Manuel realmente vai se comportar? — Perguntou Helena, preocupada. — Se fosse apenas o Manuel, realmente não haveria motivo para tanta preocupação. — Júlio acariciou o queixo, refletindo. — Mas o problema são os aliados dele... Essas pessoas são extremamente habilidosas. Estamos no país TZ, e só por isso conseguimos sobreviver naquela noite; se fosse em outro lugar, provavelmente todos nós estaríamos mortos. — Quem são essas pessoas, afinal? — Indagou Viviane. Júlio olhou para Ricardo, buscando confirmação: — Rick, podemos contar isso? O olhar de Ricardo recaiu sobre Viviane. Após alguns instantes, ele fechou os olhos com uma expressão tensa, como se tomasse