— Não, não, não. — Rosa balançou levemente o dedo, dizendo. — Eu estou pagando o jantar, mas o mais importante é que estou te convidando.— Me convidando? — Clara ficou confusa. — Por que você está me convidando para jantar?— Se eu não te convidasse, como teria a chance de apreciar a expressão de decepção no seu rosto?— Por que eu ficaria decepcionada? — Clara estava cada vez mais perplexa.— Porque você logo descobrirá que o seu casamento será cancelado!Clara estremeceu por inteiro:— O que você disse? — Logo em seguida, ela começou a rir. — Isso é impossível. Amanhã é o meu casamento com o Duarte. Rosa, quem você pensa que está assustando? Você realmente acha que eu vou acreditar em você? E quem você pensa que é para achar que pode influenciar o meu casamento?— Eu sou a filha da família Machado, aquela que foi levada embora!Rosa pronunciou cada palavra de forma clara e precisa, como se cada uma delas fosse uma lâmina afiada perfurando o coração de Clara.— Você... Como você desc
Após o ocorrido, Osvaldo também perdeu a vontade de comer.— Esta refeição pode ficar para depois, mas o machucado no seu rosto... — Disse Osvaldo, preocupado. — É melhor que a gente te leve para ver isso.— Não precisa, de verdade. Ainda tenho coisas para resolver na empresa. Vou voltar agora, mas da próxima vez eu faço questão de convidá-los para comer.Rosa lançou um último olhar profundo para Clara, que a encarava com um ódio mortal, antes de sair de cena.Clara havia deixado Viviane inconsciente, e Rosa destruiu o que ela mais valorizava!Depois dessa, nem com ajuda divina Clara conseguiria entrar para a família Machado.A não ser que Osvaldo e sua esposa quisessem realmente que ela voltasse para a família Machado.E Clara sabia exatamente por que Rosa a olhava com aquele olhar assassino.O objetivo pelo qual ela lutou durante toda a sua vida foi destruído por Rosa.Osvaldo esperou até que Rosa desaparecesse completamente antes de se virar para Duarte e dizer:— Você, venha conosc
— Sim. A secretária saiu, e Gustavo disse ao João: — Pode sair agora. Continue com as buscas pelo meu tio. Vivo ou morto, quero encontrá-lo. Ele é muito astuto, então não deixe que ele escape. — Sim. João aceitou a ordem e saiu. Quando abriu a porta, encontrou Clara vindo em sua direção. Ela estava completamente desarrumada. João parou por um breve momento, surpreso, mas logo se afastou para dar espaço a Clara entrar. Assim que entrou, Clara não se importou que a porta ainda estivesse aberta e, desesperada, se agarrou à perna de Gustavo. Com uma expressão de total desespero, implorou: — Sr. Gustavo, você precisa me ajudar! Se você também não me ajudar, eu realmente não vou conseguir sobreviver! Gustavo olhou para baixo e, friamente, apertou o queixo de Clara. Seus olhos eram tão cruéis que Clara levou um susto imediato. — Sr. Gustavo... — Por um momento, ela esqueceu o que ia dizer. — Você mencionou de propósito o casamento da Viviane na frente dela? Clara n
Quarto do hospital. — Como isso foi acontecer? — Helena perguntou, aflita, olhando para Júlio. — Todos voltaram, e agora apenas o Ricardo está desaparecido? E a Vivi, como vai ficar? Júlio a envolveu suavemente em seus braços: — Helena, não se preocupe. Já mandei os homens da guarda-sombra para continuarem as buscas. Acredito que não vai demorar muito para trazerem o Ricardo de volta. Mas Helena viu a preocupação nos olhos dele. Aquela preocupação, por mais que Júlio tentasse esconder, não conseguiu tranquilizá-la. Ainda assim, ela segurou o desespero e respondeu: — Certo, vá procurá-lo. Por favor, tome cuidado e traga o Ricardo de volta são e salvo. Tenho medo que, se a Vivi acordar e não ver o Ricardo, isso possa abalá-la. Ela não pode sofrer mais nenhum choque agora. — Entendido. Eu deixo a Viviane sob seus cuidados. — Assim que disse isso, Júlio partiu com Amadeu para continuar a busca por Ricardo. Nenhum dos dois percebeu que, quando mencionaram o nome de Ricardo,
A enfermeira disse: — O médico disse que tem algo para falar com você. O médico mencionado era o responsável pelo tratamento de Viviane. Assim que Helena ouviu que era ele quem a chamava, respondeu de imediato: — Certo, já estou indo. Dizendo isso, ela seguiu os passos da enfermeira até o escritório do médico. Mal Helena tinha saído, uma figura alta apareceu na porta. O dono daquela silhueta empurrou a porta e caminhou em direção a Viviane, que estava deitada na cama. Ao vê-la, ele retirou a máscara do rosto. Se Viviane pudesse abrir os olhos naquele momento, certamente teria reconhecido Gustavo à sua frente. No entanto, ela nem precisava abrir os olhos para saber. Isso porque Gustavo já havia começado a falar: — Viviane, eu vim te ver. Mesmo ouvindo a voz de Gustavo, Viviane se sentiu nauseada. Ela queria expulsá-lo dali, mas não tinha forças para fazê-lo. — Não sei se você consegue me ouvir. "Consigo, então saia daqui imediatamente!" — Se você consegue ouvir, pr
Nesse momento, Helena abriu a porta e entrou, vendo Gustavo sobre Viviane. Furiosa, ela pegou a vassoura ao lado da porta e começou a bater em Gustavo.— Gustavo, seu pervertido, o que você está fazendo?!Gustavo, que já havia levado um soco de Viviane, estava cheio de raiva. Agora, ao ser atingido várias vezes nas costas por Helena, perdeu completamente a paciência. Ele agarrou a vassoura da mão de Helena com força, pronto para revidar, quando uma figura igualmente furiosa avançou em sua direção.— Gustavo, o que você pensa que está fazendo?! — Viviane se colocou na frente de Helena, ignorando sua fraqueza física, e o encarou com um olhar frio. — O que foi? Não bastou tentar me roubar um rim, agora quer maltratar minha amiga?Gustavo ficou atônito.Helena, por outro lado, não prestou atenção ao que Viviane dizia, pois estava completamente surpresa e aliviada ao ver que sua amiga havia despertado.— Vivi, você já acordou! Isso é maravilhoso, você nem imagina...A voz fria de Gustavo in
— Você pede a ela que fique no hospital e se recupere bem. Assim que encontrarmos o Ricardo, vamos levá-lo de volta para que eles possam se ver. Helena, sem alternativas, levou a mão à testa: — Você sabe muito bem que os dois são teimosos da mesma forma. Você realmente acha que isso é possível? Júlio suspirou, derrotado: — Certo, sendo assim, só podemos trazê-la até aqui, então. Helena hesitou por um momento, mas optou por não contar ao Júlio o que realmente pensava: "Eu também quero ir." Na verdade, ela, assim como Viviane, estava preocupada com Júlio. Mas, dizer isso em voz alta era algo que ela simplesmente não conseguia fazer. Sentia que, se deixasse escapar essa confissão, a relação entre eles daria um passo adiante. No fundo, achava que o que eles tinham agora... Helena suspirou, sem palavras. O que ela estava pensando, afinal?— E então? — Viviane, já impaciente, perguntou diretamente. Helena voltou à realidade: — Ah, o Júlio disse que vai mandar alguém par
— Viviane, o terreno aqui é muito complicado, além disso é a nossa primeira vez aqui, não conhecemos nada. Acho melhor você ficar esperando. — Eu não vou atrapalhar ninguém. — Viviane olhou para as pessoas ao redor e disse. — Mais uma pessoa é mais uma ajuda. Júlio, me deixe ir com vocês. Júlio encarou os olhos de Viviane, sentindo um calafrio percorrer seu corpo, como se uma sensação familiar aflorasse de repente. No entanto, ao olhar para ela novamente, não parecia haver nenhuma diferença em relação ao passado. Estava prestes a insistir para que Viviane ficasse, quando ouviu a voz de Helena: — Júlio, deixe a Vivi ir. Você pode mandar alguém acompanhá-la, não é? — Mas... Helena sabia exatamente do que Júlio tinha medo: — O Ricardo está desaparecido, você tem a obrigação de cuidar da Viviane por ele, mas deixá-la esperando sem fazer nada também não é uma solução. Além disso, você pode mandar alguém ficar de olho nela. Se você estiver tão preocupado assim, eu vou junto!