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Acordo, sentindo como se um camião tivesse passado por cima de mim. Os meus olhos estão inflamados, deixando evidente que eu passara a madrugada toda chorando incessantemente.

Não consigo reconhecer-me quando me vejo ao espelho, nenhum resquício da costumeira Savanah. Parece que tudo à minha volta desabou quando eu consenti em casar-me com o Antonio. Perdi o meu emprego como bailarina, as minhas amizades e a minha dignidade.

E o pior é que eu abdicaria de tudo isso, novamente, e mais algo caso ele estivesse disposto a amar-me.

Arrasto-me até ao banheiro e entro no box com dificuldade, à minha cabeça está a doer muito. Enquanto me esfrego, lembro-me da minha consulta com o Dr° William, provavelmente eu estou atrasada.

__O Antonio não voltou ontem à noite?__ pergunto a uma das criadas, polidamente.

__Não senhora.__ responde-me num tom trêmulo.

A informação faz-me começar o dia com o pé esquerdo. O motorista insiste em levar-me à clínica, mas eu recuso

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