CAPÍTULO 59 Igor Smith Depois daquela conversa, eu tomei uma decisão... se eu vou cuidar da Luana, não posso continuar com a Elisa, isso é certo! Eu sei que já perdi qualquer espaço como homem na vida da Luana, mas ainda sou o pai do bebê, e enquanto ele cresce, eu me responsabilizarei e cuidarei dos dois, coisa que eu já deveria ter feito. Voltei para o apartamento, e vi que Elisa havia acabado de chegar, pois agora que estava tirando os sapatos, e ela não os usa dentro de casa. Olhei no relógio e já passava das vinte e três horas, isso não era normal, e ninguém procurava emprego neste horário. — Oi... — Oi, Igor... — Chegou agora? — perguntei. — Sim... eu acabei passando no Shopping, usei o seu cartão que estava em cima da mesa! — falou. — Hum... eu preciso falar com você... — Fala... veio me abraçar, mas eu não deixei. — Eu não posso continuar com você! Eu pensei muito, e... tenho sido irresponsável, Elisa! A Luana precisa d
CAPÍTULO 60 Igor Smith Fiquei por um tempo parado olhando para aquele papel que o advogado colocou sobre a mesa. — Podemos rasgar esse documento, senhor Smith? — perguntou, a respeito do acordo antigo, já assinado por nós dois. — Sim! — falei e ele rasgou em pequenos pedaços de papéis, me deixando aliviado. — Então o senhor reconsiderou? Não quer mais o divórcio? — perguntou ele, e percebi que não mesmo, a última coisa que eu gostaria era do divórcio, mas... eu não posso ser egoísta outra vez! — Perdi a minha chance, doutor! Ela tem outros planos agora, e pelo que vi espera por esse divórcio, e não vou cometer o mesmo erro outra vez! Vou deixar ela livre com um pássaro, e se algum dia esse pássaro voltar pra mim, é porquê ele sempre foi meu! — falei engolindo as lágrimas, tentando ser forte. — Tem certeza? Com ela ainda amarrada a você de alguma forma, será mais fácil reconquistá-la não acha? — perguntou. — Já ouviu falar em destino, d
CAPÍTULO 61 Igor Smith Até que não demorou muito para eu voltar para o carro com muitas sacolas, comprei coisas para a Luana e para o nosso bebê. Quando voltei na sala do advogado, o documento já estava pronto, peguei o original e fui direto para a casa da Luana. Logo que cheguei, percebi que ela não estava. Fiquei um pouco desanimado pois queria conversar com ela pessoalmente sobre isso, explicar a ela que todas essas coisas são de direito dela, e poder ter certeza que num futuro muito próximo, ela não terá problemas nenhum com dinheiro, e nem muito menos o nosso. Mas, pelo visto isso não seria possível. — Edineide, aonde está a Luana? — perguntei. — Ela não me diz quais são “todos” os lugares que vai... mas ultimamente ela adora sair com o bonitão do cabelo bagunçado! — essa Edineide não perde uma, para me aterrorizar! — Credo Edineide! Achei que a gente havia dado uma trégua! Estou com boas intenções... — De boas intenções o inferno t
CAPÍTULO 62 Igor Smith Saí muito apressado do meu apartamento, e nem peguei tudo que ia pegar, apenas foquei em pegar o celular, alguns documentos e a chave do carro. Preferi descer pelas escadas pois o elevador estava ocupado, e quando cheguei no último degrau deixei a chave cair, e ela foi parar lá em baixo, no esgoto. Tentei pegar de todas as maneiras mas já estava atrasado, então acabei ligando para o seguro resolver enquanto eu saía em um carro de aplicativo. Um senhorzinho muito bacana que me levou, mas quando estávamos chegando deixei cair um documento importante para baixo do banco, e pedi para que ele parasse. — É rapidinho! Eu o pego! — falei, e ele não se importou, então quando eu peguei, ele falou. — Caramba! Tá certo que a rua é meio parada, mas aquele casal está na flor da pele né? Um fogo absurdo! — Olhei para lá e aquela mulher quase engolindo o homem no volante, com a bunda quase apertando a buzina, parecia muito com a Elisa, mas d
CAPÍTULO 63 Luana Davis — A senhorita não vai descer? Este é o ponto final do ônibus! — falou o cobrador. — Será que eu poderia voltar com vocês? — perguntei. — É que vamos recolher, senhorita! Já é a quinta vez que repete o mesmo trajeto, você está bem? Por acaso, tem para aonde ir? — perguntou. — Eu? Não sei... mas eu vou descer então! Não vou atrapalhar o serviço de vocês! — me ajeitei para descer, as minhas costas já estavam até doloridas, do mau jeito com o banco, mas eu não queria ver ninguém! — Boa sorte, senhorita! — falou, e eu acenei desanimada e desci. Eu não havia comido nada o dia todo praticamente, apenas de manhã o café que Edineide me serviu. No restaurante eu nem consegui comer, e esse já era o terceiro ônibus que eu trocava. Então quando eu desci, avistei uma lanchonete e fui comer algo. Percebi que estava em um bairro próximo a minha antiga casa, então depois que comi pedi um carro de aplicativo e fui para lá. A
CAPÍTULO 64 Igor Smith Eu comecei a gritar feito um louco, pedindo ajuda a qualquer um que pudesse ajudar. — ME AJUDEM! ESTOU DESESPERADO, PRECISO DE UMA AMBULÂNCIA, ALGUÉM CHAMA A EMERGÊNCIA! EU NÃO CONSIGO, NÃO CONSIGO! — Eu chorava desesperado, acho que nunca sofri tanto na minha vida, eu preferia mil vezes uma faca afiada no meu peito do que isto, eu não podia perdê-la, não podia. A Edineide sumiu, então vi um homem se aproximando. — Me desculpem, por favor! Eu nem a vi... ela praticamente pulou no meu carro em movimento, eu... eu... — Pelo visto ele era o motorista, e por mais que eu estivesse em desespero, eu vi claramente que a culpa não era dele. — Só chame a emergência... — falei, e a puxei melhor no meu corpo, e a abracei forte, a chuva engrossou muito, eu a manteria mais quente, faria o que eu pudesse, pelo menos... Coloquei a mão na sua barriga, e me bateu um desespero maior... O que teria acontecido com o meu filho? Porque ela es
CAPÍTULO 65 Igor Smith Eu só consegui me levantar daquele gramado, quando senti duas mãos nas minhas costas, alguém me puxou e me abraçou com força. — Meu neto! O que aconteceu, meu querido? Eu não acredito! Eu sabia que aquela bailarina dos infernos não prestava, até agora não me conformei da Edineide não me esperar! Eu iria acabar com a raça dela! — A minha avó falou, mas eu não sei se ouvi direito... levantei a minha cabeça devagar, a olhando. — Do que está falando, vovó? Como assim? — Eu não queria ouvir o que ela falaria, se fosse o que eu estava pensando, era decepção demais pra mim... — Eu acabei com a raça dela, dona Olga! Eu juro! Ela nunca mais vai ter a pele do rosto lisa, porque bonita nunca foi! — Fez o sinal da cruz. — Mas, ela foi presa, e lá não é nada bom! Eu vi muito bem que foi ela quem empurrou a minha menina de propósito, pensando bem, devia ter esfolado a cara dela no asfalto! — A Edineide não parava de falar, e era examente o qu
CAPÍTULO 66 Luana Davis (quatro meses depois) Está fazendo quatro meses que eu comecei uma nova vida aqui em Washington. Estou morando numa casa com Louis, mas ainda continuamos sendo apenas amigos. Eu não entendo como as coisas funcionam, não sou nenhuma especialista em relacionamento, já errei muito, e não sei se é cedo pra dizer, mas eu não consigo ver o Louis como homem, talvez eu esteja condenada a amar o homem errado para sempre, pois não pretendo voltar atrás, e o Igor precisa ser apagado da minha história... Comecei o curso de escultura, e logo na segunda semana me surpreendi com uma proposta de emprego em uma galeria de arte. O Louis continua no seu mesmo emprego. Eu acredito, que eu tenha tido muita sorte em conseguir um na nossa área, e em tempo recorde, logo que cheguei, fui muito bem recebida, e em todos os lugares que pisei. Até teve quem tentou começar a me pressionar, mas eu já não sou a mesma boba... afinal de contas mudar de local para