Olhe, ela sabia, esse homem definitivamente não estava morto. Sua vitalidade era tão robusta, mais do que uma fênix. Como poderia estar morto?! Íris soube, pelo garçom, que Ângelo havia saído pela porta lateral, então ela correu imediatamente para tentar segui-lo por essa saída...- Ah, um morto! Um morto! - Alguém apontou para Davi, caído no chão, e gritou alto. A maioria das pessoas no restaurante se dispersou em terror, enquanto os mais corajosos se aproximaram. - Davi, seu desgraçado, pare de fingir estar morto, eu não vou acreditar em você. Estou te avisando, acorde logo! - Nanda, com o rosto pálido de medo, empurrava o homem no chão com as mãos trêmulas.Íris percebeu que algo estava errado e teve que voltar pela porta lateral.- O que aconteceu? - Íris abriu caminho entre as pessoas, franzindo a testa, e perguntou com uma voz grave.Alguém apontou para Nanda, a acusando em voz alta:- Essa mulher é a assassina, ela estava batendo neste bonitão o tempo todo, agora o matou!
A porta lateral abriu diretamente para a praia, onde a brisa do mar soprava sobre as ondas que sobiam e desciam, batendo na costa.Já era tarde da noite, a iluminação da praia era fraca e poucas pessoas estavam presentes, apenas alguns casais que passeavam esparsamente.Íris caminhou pela areia com passos incertos, seus grandes olhos claros vasculham a linha da costa como um radar.As rajadas de vento desordenavam seus longos cabelos e faziam sua saia branca esvoaçar, revelando suas pernas delgadas e elegantes. Ela parecia a encarnação de uma sedução selvagem na escuridão da noite, irradiando um charme enigmático...Íris procurava por um longo tempo, mas em vão, e sua expressão animada aos poucos se transformava em desapontamento."Ângelo, seu tolo, você está brincando de esconde-esconde comigo? Que infantilidade!"De repente, ela se sentiu um pouco tola e perdeu o interesse na brincadeira. Afinal, se este homem ainda estivesse vivo, ele certamente apareceria em algum dia.Com esse pen
Íris fez uma careta e rapidamente soltou Rodrigo, em seguida, se levantou para arrumar sua aparência com uma expressão distante, falando friamente:- Você está dizendo que aquele coquetel de Blue Flame que eu tomei foi você quem preparou?Rodrigo, ainda relaxado e casual, não se levantou, permanecendo sentado na areia. Apoiava o torso com os braços estendidos e olhava para cima em direção a Íris, retrucando:- O que, você pensou que foi o Ângelo quem preparou para você?Íris lançou a ele um olhar gelado e, em seguida, desviou a vista para o mar escuro e misterioso. Majestosa como um pavão e com os lábios cerrados em vermelho vivo, não disse uma palavra.Rodrigo continuou:- Esse drink, Ângelo já tinha preparado para mim antes. Insisti muito e ele finalmente me deu a receita, dizendo que foi uma criação sua. Achei interessante, o calor da vodka e a frescura das folhas de hortelã, claramente são duas coisas que não combinam, mas juntas têm uma reação química tão mágica. Não é... muito pa
- Eu? - Íris franziu as sobrancelhas, sem conseguir imaginar que artimanha Rodrigo estava planejando.Ela agora se encontrava completamente distante de Ângelo e ainda mais da família Dellamonica.Ainda assim, ele teve a audácia de pedir sua ajuda, certamente superestimando sua generosidade.Rodrigo, com uma expressão séria, prosseguiu:- Há seis meses, renunciei ao cargo de chefe de pesquisa e desenvolvimento do Grupo KCL e vendi parte das minhas ações. O Grupo KCL agora está sob nova direção. O novo presidente também é formado em técnica, mas possui uma visão mais empresarial. Ele planeja implementar reformas radicais em toda a empresa, desde a gestão interna até os parceiros externos, mas eu já me afastei e realmente não tenho mais influência alguma...Íris ergueu uma sobrancelha, indiferente:- Às vezes, uma empresa é como um reino. Por mais próspero que seja, sempre surge uma nova era para substituir a antiga. O que você está tentando dizer?- Sou naturalmente desorganizado e amo a
Não foi difícil perceber, pelas palavras de Rodrigo, que o Grupo Dellamonica enfrentava problemas.Ângelo, desaparecido num momento tão crítico, com destino e condição de vida incertos, sugeriu que, mesmo vivo, provavelmente enfrentava circunstâncias adversas."Mas, o que isso importava?"Ascensão e declínio são leis universais do desenvolvimento de todas as coisas, o Grupo Dellamonica já tinha reinado por tanto tempo que a iminência de sua queda parecia apenas natural.Mesmo que ela concordasse em ajudar Rodrigo, substituindo Ângelo para estabilizar a moral, não conseguiria reverter a tendência de declínio lento.Contudo, ela estava curiosa para saber quem teria coragem suficiente para tentar assassinar o herdeiro da família Dellamonica não uma, mas duas vezes.Com isso em mente, Íris ligou o computador e começou a procurar notícias sobre o assassinato de Álvaro anos atrás.Infelizmente, havia pouquíssima informação disponível online sobre Álvaro, quase nada.Provavelmente, isso era r
Quando a porta se abriu, Íris irradiava felicidade.Lá fora, não era outro senão seu amado filho, Xavier!- Mamãe, quanto tempo! Estava morrendo de saudades, me dê um abraço!Xavier, com seu rosto limpo e bonito, parecia um filho mimado de família rica e, com calma, estendeu os braços para Íris, sem mostrar constrangimento por ter caído nas mãos de pessoas ruins.A alegria de Íris rapidamente se transformou em raiva enquanto ela cruzava os braços e começava a repreender com um rosto sério:- Você, finalmente cansou de brincar e veio me procurar? Quanto tempo faz que saí da Ilha do Sol? Está tentando se rebelar? Não sabe que ficaríamos preocupados? Quer me matar de preocupação?!- Ei, mamãe, não fique brava, olha, eu voltei...Xavier, com a indiferença de quem estava alheio à situação, deu de ombros e, ignorando tudo, se jogou nos braços de Íris e, piscando seus olhos grandes e brilhantes, fez sua cara mais inocente e disse:- Você conhece minhas habilidades, mamãe. Não há motivo para p
Xavier foi obediente, ele sabia que Íris estava realmente irritada desta vez. Ele se ajoelhou com um som abafado e estendeu suas palmas, alvas e macias, encarando a punição com resignação:- Mamãe, pode bater. Depois de bater, você não pode ficar zangada, ficar zangada faz mal à saúde, Xavier pode aguentar a dor.- Você ainda está tentando suavizar suas palavras, não é? - Íris decidiu agir e, com um som seco, acertou a palma de Xavier, perguntando severamente. - Você entendeu seu erro?Esse golpe foi forte, a palma delicada do pequeno ficou imediatamente marcada de vermelho.No entanto, Xavier foi forte, segurou as lágrimas nos olhos brilhantes e não chorou, ele ergueu o queixo teimosamente e disse:- Xavier não está errado, estou protegendo mamãe, onde está o erro nisso?- Você! - Íris, furiosa, deu a ela outra pancada, mais forte que a anterior.Não havia jeito, o pequeno estava crescendo cada dia mais e com mais ideias travessas.Ela se sentia cada vez mais incapaz de discipliná-lo
Anteriormente, ela havia mencionado a Bernardo que gostaria de ver os rascunhos de design do Grupo Dellamonica para o celular com chip G6.Afinal, esse celular é de grande importância para o Grupo Dellamonica e representa uma revolução para toda a indústria de eletrônicos, um produto que, ao ser lançado, precisa ser um sucesso, pois falhar não é uma opção.Ela desejava verificar o que mais o Grupo Dellamonica havia desenvolvido em termos de design para esse celular, além de utilizar o chip G6 fornecido pelo Grupo KCL como principal atrativo.No entanto, esses segredos comerciais de alto nível são protegidos rigorosamente e não são facilmente acessíveis.Será que Xavier realmente conseguiu pegar os esboços de design para ela? Se isso fosse verdade, resolveria uma questão muito urgente para ela, e ela certamente teria que recompensá-lo com alguns beijos de agradecimento.Xavier abriu sua pequena pasta e retirou o documento que tinha secretamente colocado lá, entregando-o a Íris com um s