A força dos dedos longos de Ângelo aumentava à medida que suas emoções saíam de controle.Nesse momento, parecia que seu cérebro havia perdido o controle, buscando desesperadamente um escape, sem se preocupar com mais nada.Íris estava em agonia, suas sobrancelhas finas ligeiramente franzidas, seus olhos cheios de lágrimas, observando o homem impassível.Com suas habilidades, ela certamente poderia revidar. No entanto, ela não lutava, suportando silenciosamente.Porque, de fato, a criança de Gisele realmente havia sido perdida por um erro seu.Se Ângelo quisesse que ela pagasse com sua vida, ela daria sua vida e a de seus dois filhos de volta, sem hesitação.Ela preferiria morrer pelas mãos de Ângelo a viver o resto de sua vida em dívida com Ângelo e Gisele!Não se sabe quanto tempo passou, mas Íris sentiu que realmente estava prestes a morrer, seu rosto pequeno ficando vermelho de dor e frieza, e ela fechou os olhos...No final, Ângelo não teve coragem, empurrando Íris com a última go
Naquele dia, Ângelo tratava de alguns assuntos oficiais.Gisele, que havia se acalmado apenas graças aos tranquilizantes, começou a enlouquecer novamente assim que o efeito passou.- Me deixe morrer, me deixe morrer!Ela batia desesperadamente contra a parede, criando um grande galo na cabeça, e gritava:- Meu filho se foi, eu não quero mais viver, eu não quero mais viver!As enfermeiras, aterrorizadas, correram para ligar para Ângelo. Ângelo largou os compromissos e correu para lá o mais rápido possível.Ele abraçou Gisele, que estava fora de si, repetindo várias vezes para acalmá-la:- Está tudo bem, está tudo bem.Gisele subitamente se acalmou e o abraçou de volta, chorando:- Ângelo, o bebê se foi, era a única lembrança que Álvaro me deixou, e agora se foi... Eles me disseram que meu útero foi removido, não poderei mais ter filhos, o que farei agora? Minha vida acabou!Ângelo silenciosamente a colocou na cama e aplicou uma toalha quente na cabeça machucada, sussurrando:- Você não
O quarto sombrio estava iluminado apenas pelo brilho pálido da tela do computador. Ângelo repetia incessantemente o vídeo da câmera de segurança do Residencial Serra Lago, tentando confirmar se a verdade dos fatos era realmente como Gisele havia descrito, tudo por causa da arrogância de Íris.Ele pressionava os botões de avançar e retroceder várias vezes. Observava, repetidamente, como Íris humilhava Gisele, como a empurrava ao chão e como ficava indiferente ao vê-la caída numa poça de sangue...- Maldição! - Ângelo focava seu olhar, seu rosto bonito estava tenso de raiva, e no silêncio sombrio da escuridão, soltava um xingamento desapontado.Ele nunca havia considerado Íris uma mulher má, no máximo uma mulher que fazia as coisas à sua própria maneira, com forte autoconsciência. Mas aquele vídeo realmente lhe dava um tapa na cara... Ele percebeu que uma mulher poderia ser cruel ao extremo, capaz de não poupar nem mesmo um bebê ainda não nascido!Ângelo lutava para controlar suas emo
Ângelo desejava poder estrangular Zeca ali mesmo, seus olhos escuros se apertavam cada vez mais.- Como assim uma pessoa viva simplesmente evapora do mundo desse jeito?- Exatamente, senhor, e não é por falta de procurar! Já procuramos em todos os cantos e ainda não encontramos qualquer informação sobre a Srta. Íris, e, além disso... Junto com a Srta. Íris, desapareceu também a ama dela, a Maia... - Zeca falou, suspirando repetidamente e pediu desculpas. - Presidente, eu realmente fiz tudo que pude, mas ainda assim fui incapaz. Se o senhor não acredita, só resta mesmo ir pessoalmente!Sem hesitar, Ângelo pegou seu jato particular e voltou para a Cidade M.Ele estava convencido de que, se alguém estava vivo, deveria haver algum rastro, não era possível que não houvesse nenhum sinal.A menos que... Íris ainda estivesse realmente na Cidade M!Assim, ele não hesitaria em usar todo o poder ao seu alcance para arrastá-la para fora dali.Ângelo reforçou o número de pessoas, vasculhando cada c
- A situação literal.Ângelo falava com a respiração controlada e uma expressão neutra ao revelar a verdade.Afinal, a criança já havia desaparecido, assim como Íris, portanto, não fazia mais diferença guardar o segredo ou revelá-lo.- O... O quê?Severino estava com a boca entreaberta, tão surpreso que parecia capaz de engolir um ovo inteiro.Emanuel levou pelo menos dez minutos para entender completamente a situação antes de suspirar profundamente.- Ângelo, você está confuso, foi injustiçado.Ângelo respondeu friamente:- Não fui injustiçado. Esta vida foi dada a mim pelo meu irmão mais velho, e é natural que eu faça tudo ao meu alcance para cumprir seus últimos desejos, mas infelizmente... Sou muito incapaz!Ele socou a mesa fortemente, seus olhos ligeiramente avermelhados.Era evidente o quanto ele se sentia culpado em relação a Álvaro!- Você não foi injustiçado, quem foi injustiçada foi sua jovem e delicada esposa! - Severino não pôde deixar de defender Íris. - Você disse que as
- Eu quase a estrangulei, isso foi demais? - Perguntou Ângelo.- Demais, mas não tão absurdo, dada a situação. - Disse Severino, como um observador externo, de forma justa e imparcial. - Pelo seu estilo habitual, Ângelo, estrangulá-la até que foi leve, mas... Se fosse sua querida esposa, eu diria que foi um pouco demais.Severino, que conhecia Ângelo há tantos anos, nunca tinha visto Ângelo tão fora de si, tão destituído de razão. Era irritante, sim, mas de certa forma também doloroso de ver, por isso ele tentava não falar tão duramente.- Isso foi culpa dela! - Ângelo, com um tom de voz finalmente calmo, como um vulcão adormecido que de repente entra em erupção, disse friamente. - Uma vida por outra vida, é justo!Severino recuou assustado, dando um passo para trás e, com uma expressão irônica, brincou de maneira provocativa:- Então, está tudo normal? Estamos fazendo todo esse alvoroço, procurando por ela em todos os lugares, porque não conseguiu estrangular até a morte e quer conti
Na verdade, Ângelo sabia muito bem que Íris não poderia estar mais na Mansão dos Dellamonica.Mesmo assim, ele ainda mantinha uma leve esperança, desejando que um milagre pudesse acontecer.Era até engraçado pensar como ele, que antes era tão assertivo e decidido, jamais hesitando em suas ações, tinha se tornado tão indeciso e irracional.Ângelo entrou no quarto e se sentou na borda da cama. Seus dedos longos suavemente tocaram a colcha, como se acariciassem os cabelos dela, suas bochechas, sua pele pálida e lisa como porcelana...Em sua mente, só surgiam imagens de Íris.O jeito como ela sorria para ele, como ficava irritada, como o confrontava, como se envergonhava e, por fim, o momento em que ela, desiludida, se virou para ir embora.No fundo do seu coração, parecia que um buraco se havia formado, uma constante sensação de colapso, extremamente dolorosa.- Maldição!Ângelo respirou fundo, sentindo que não podia continuar assim.Afinal, era apenas uma mulher. Ela se foi, e sua vida n
"Eu nunca soube que, neste mundo, realmente existem coisas como amor à primeira vista ou paixão à segunda vista. Nos encontramos no momento mais belo, mas ficamos juntos de maneira melodramática... Sei que ele não me ama, mas teve que se casar comigo, então posso entender sua indiferença sob a imagem divina...""Creio que o coração dele deve estar cheio de muitas coisas, como sonhos, poesias, lugares distantes e a garota que ama, mas definitivamente não eu. No entanto, quando o padre disse troquem os anéis e, daqui para frente, até que a morte os separe, nunca se separem, fiquei emocionada até as lágrimas, imaginando que, talvez um dia, eu também possa ter um pequeno espaço no coração dele, mesmo que seja minúsculo!""Chorei tão tristemente, com lágrimas e ranho, o assustando. Ele claramente me desprezava, mas ainda assim enxugou minhas lágrimas e colocou o anel no meu dedo, indiferente, mas ainda gentil naquele momento... Eu me perdi."Capítulo 3, etc."Imaginei inúmeras vezes cenas d