Boas Conversas

Boas Conversas

Joana verificou sua agenda com Roberta e deixou à tarde em aberto, caso tivesse algum imprevisto não teria nada para resolver.

Roberta estava encarregada de ver os relatórios e repassar se algo estivesse ruim. A CEO estava tranquila porque sempre trabalha a frente de seus prazos para que qualquer problema interno não prejudique o bom funcionamento da empresa.

Saiu para almoçar sem hora para voltar e Roberta sabia que a CEO sempre volta mesmo que a noite então deixaria tudo em sua mesa para poder avaliar.

Joana passou uma mensagem para Tainá avisando que passaria pelo hospital na hora do almoço.

Ao chegar por volta das 13h00 Tainá ainda não havia almoçado e disse estar aguardando-a. Joana ficou bem feliz e as duas foram para lanchonete enquanto Peter ficou acompanhando os exames.

As duas almoçaram, conversaram sobre Elisa, sobre a necessidade de repouso que será o mais complicado. Dr. Rafael explicou que se ela não repousar o que eles querem fazer não vai dar certo porque o local que precisa tratar está bem prejudicado e ele quer ver como fazer e só terá um resultado oficial em alguns dias quando vai explicar a elas.

Joana pediu para Tainá tentar ser o mais firme possível e realista com a mãe dela buscando fazê-la entender a questão ou ela faz tudo de acordo com o pedido médico ou o esforço de todos será em vão e terá que se desculpar com muitas pessoas envolvidas nessa recuperação.

Tainá disse que o argumento de Joana é bom e quem sabe ela mesma poderia conversar com dona Elisa e falar exatamente isso. Explicou que santo de casa não faz milagre. A CEO concordou.

Joana ficou por ali até umas 14h00 quando resolveu voltar para empresa porque Dr. Rafael avisou que iria terminar em uma hora tudo. Peter estava com tudo planejado e Tainá iria conversar com Dr. Rafael e anotar tudo para mais tarde Joana fazer uma visita e falar sobre o repouso.

Joana pensou em convidar sua mãe para irem ao apartamento de Tainá e assim ela ajudava a convencer dona Elisa. Afinal poderia aproximar mais as famílias.

(...)

Na parte da tarde Gisele e Vick foram até a Grantec  Digital conversar sobre o projeto e nossa CEO mostrou todo funcionamento do setor de desenvolvimento. Vick ficou de fazer umas filmagens e depois pegar a autorização de divulgação.

Joana concordou só quer planejar o dia e ver como mostrar a estrutura de uma empresa onde a tecnologia faz toda diferença. Por que o projeto mostra a transformação das vidas pelos aparelhos e sistemas de forma a ajudar seus usuários.

Gisele comentou que o marketing pode desenvolver algo para atrair mais cliente e elas mostrariam na entrevista o que faria a empresa ganhar assim como o projeto. A ideia era mostrar o lado bom da tecnologia e mostrar que tudo depende de como é usada a ferramenta.

Gisele avisou que iria buscar suas malas porque estava precisando de algumas coisas e Joana deixou a chave com ela e avisou que entregasse ao porteiro ou ela ficaria na rua. Vick que estava junto prometeu não deixar Gi esquecer. Joana notou um entrosamento diferente só não comentou nada.

(...)

No hospital

Elisa terminou os exames e uma equipe veio para conversar com ela, Tainá e Peter que não saiu de perto da bela senhora. Ele se sentia parte de tudo e queria ser o responsável naquele momento tão delicado porque sabe bem como a dor fragiliza o ser humano.

Dr. Rafael explicou um pouco sobre o distúrbio de coluna que Elisa tem e deixou claras as consequências de não se levar a sério o repouso e o tratamento. O que aconteceu foi só uma prévia do que pode vir a ter se não cuidar.

Tainá encheu os olhos d’água e Peter segurou sua mão dando-lhe força. Elisa percebeu a preocupação da filha e tentou ser forte naquele momento onde a cabeça estava fervendo e com vários pensamentos sobre o futuro.

No final a equipe saiu e Dr. Rafael se comprometeu a ajudar no que for necessário, explicou que a rotina precisaria mudar porque se ele estiver certo o caso pode agravar claro tudo depende exclusivamente das ações de Elisa que logo se manifestou:

- Dr. Rafael eu estou me sentindo melhor que na última semana e quero ficar assim, não se preocupe que vou me cuidar. Pode ter certeza que o susto foi grande.

- Elisa você está medicada agora e eu vou ser chato e direto, se não fizer as coisas bem devagar e cuidando da coluna pode ficar um bom tempo sem movimentos.

- Dr. Rafael mamãe pode ficar sem andar? (Tainá perguntou preocupada)

- Tainá sua mãe deixou chegar a um ponto delicado e não vou mentir, ou ela muda ou ela vai sofrer as consequências. Rafael insistiu nos cuidados.

- Eu tinha medo de não poder trabalhar e acreditava que a continuidade ia me ajudar e não pensei que fosse piorar assim. (disse Elisa assustada)

- Elisa eu estou sendo duro com você porque já tive pacientes que passaram doze meses em uma cama para entenderem que deviam ter parado.

- Dr. eu sei que preciso me cuidar, só que eu dependo do meu trabalho e por isso não consigo seguir tudo que os médicos passam. (Elisa explicou)

- Mãe, por favor, nós conversamos ontem e eu vou cobrir as despesas só preciso que fique bem ou eu que vou adoecer. Cuidou de mim a vida inteira agora chegou minha vez de retribuir. (Tainá falou)

- Perdão por me intrometer, eu conheço vocês a pouco tempo e quero ajudar a fazer sua mãe entender o problema, peço apenas que me permitam leva-las para casa e explicar a situação de uma maneira simples que tenho certeza vai ajudar. (Peter falou com segurança)

Tainá agradeceu ao Sr. Peter e concordou com a carona que era bem vinda. E Dr. Rafael explicou sobre as possíveis dores que ela sentiria ao deixar o hospital e com toda movimentação até sua residência. Infelizmente ele nada poderia fazer sobre esse deslocamento.

- Os remédios são fortes e podem prejudicar em grande quantidade, então o repouso será a melhor maneira de amenizar a dor. (Falou Dr. Rafael)

- Dr. Rafael eu agradeço tudo que fez por minha mãe e sei que o tratamento vai deixa-la melhor e não vai mais sentir essa dor.

- Eu nem tenho palavras para agradecer Doutor e saiba que eu senti tanta dor nos últimos anos que esse deslocamento não será ruim tenho certeza ainda mais com todo esse amor que recebo da minha princesa e de meu novo amigo Peter.

(...)

Peter abriu um sorriso e levou as duas para o apartamento com tanto cuidado que Elisa não sentiu quase nada na coluna. Depois ele ajudou Elisa a se instalar. Barbara havia deixado comida pronta e leve na geladeira, deixou um recado carinhoso onde avisou ir mais tarde.

Ângela mãe de Barbara chegou uns dez minutos depois para cuidar da amiga e disse que Tainá pode ficar tranquila que ela irá tirar três dias de folga para cuidar da Elisa e já coordenou os meninos que vão se virar e organizar tudo esses dias.

Tainá ficou feliz porque assim poderia trabalhar tranquila. Peter disse que poderia ficar com Elisa na parte da tarde quando o restaurante é mais tranquilo, ele iria organizar tudo pela manhã, receber os clientes do almoço e às 14h30 poderia estar lá todos os dias.

Ângela deu uma olhada na geladeira e chamou Tainá para ir ao mercado. Como Elisa costumava ir todas as segundas e teve que trabalhar não deu tempo de fazer compras da semana.

Peter aproveitou para conversar...

- Elisa você é uma mulher linda de todas as formas e eu fiquei encantado ao te conhecer, pode parecer frase feita só que eu me apaixonei pela pessoa com quem conversei e senti como se fosse um presente de Deus em minha vida.

- Peter eu nem sei o que dizer porque eu também senti algo diferente aquele dia e me sinto boba em gostar de um homem que só encontrei uma vez, como uma adolescente.

-  Exatamente Elisa foi algo adolescente que eu amei sentir, foi como uma chama aquecendo meu coração que há anos estava frio e sem alegria.

- Nós não somos mais adolescentes e temos nossas responsabilidades, nossas vidas e temos que encarrar a realidade.

-Verdade. Temos que reconhecer que existe algo bom, existe uma atração entre nós e como somos adultos podemos descobrir o que isso significa.

- Peter está dando em cima de uma mulher em recuperação?

- Elisa eu estou me colocando aos seus pés, eu estou dizendo que quero te conhecer mais e te ajudar no que for possível porque gostei de você e você gostou de mim.

- Esse momento é tão delicado, me sinto impotente para poder te responder algo.

- Presta atenção Elisa você não tem cinquenta anos ainda e eu tenho sessenta, sou viúvo e sozinho. Nós dois sabemos bem tudo sobre a vida e ao mesmo tempo nada sobre o futuro. Existe uma diferença de idade, porém, existe experiência de vida de ambos.

- O futuro é uma novidade que acontece sem que se perceba e ao mesmo tempo com a certeza que virá. Eu precisei amadurecer cedo para criar Tainá e acredito que no seu caso a idade só tende a ajudar nessa relação.

- Por isso quero viver um tempo com você, te ajudar nesse momento difícil e quem sabe juntos descobriremos um sentimento novo onde um possa fazer a alegria do outro.

- Você tem certeza que quer me conhecer nesse momento em que eu estou tão frágil?

- Elisa fui casado e quando minha esposa precisou, não estava ao lado dela, não quero substituir ninguém, eu quero poder ajudar uma mulher que admirei desde o primeiro momento. Acredite que irei bem devagar com essa relação.

- Promete que se eu perceber que não somos perfeitos juntos vai respeitar minha decisão?

- Prometo, não quero ser feliz sozinho e se eu não for o que deseja irei me afastar, tem minha palavra.

Depois de algum tempo Tainá voltou com Ângela e Peter se despediu das belas mulheres.

Joana ligou e conversou com Tainá que estava mais animada e isso a deixou tranquila. A CEO resolveu visitar sua mãe contar tudo que acontecia e convida-la para ir visitar Elisa no final do próximo dia.

Dalva confirmou que irá com ela. Explicou que nesses momentos o foco é a recuperação da mãe de Tainá,  e se ela puder ajudar vai fazer o que for possível. Pediu para filha não tratar a moça de modo diferente apenas ser companheira na dor que deve estar passando.

(...)

No dia seguinte Tainá foi cedo trabalhar e Ângela ficou com Elisa. No trabalho ela apresentou o atestado e Renata se colocou a disposição se ela precisasse de algo.

Tainá agradeceu e foi para seu departamento onde focou no trabalho, ela estava confiante e certa que sua mãe vai ficar bem com tratamento e fisioterapia.

A manhã passou rápida e Roberta pediu que Tainá fosse a sala da CEO.

- Bom dia! Joana, tudo bem?

- Bom dia Tainá, tudo tranquilo por aqui e muitos negócios futuros para nós. E sua mãe como passou a noite?

- Foi bem tranquila, Dr. Rafael deu um remédio para ela tomar sempre antes de dormir.

- Rafael é incrível e vai gostar do tratamento dele.

- Eu sei, ele é o que mamãe precisa um homem duro e que fala o certo.

- Ele não vai permitir que ela faça nada errado. Mas eu te chamei para confirmar hoje às 15h00 e se quiser tirar uma hora de almoço podemos sair às 17h00 o que acha?

- Sim as 15h00 eu consigo terminar o relatório. Agora não acha que vão falar se eu sair cedo depois de faltar dois dias?

- Você não faltou, estava de acompanhante e aqui todos tem família. Falar de você, sendo sincera Tainá eles sempre vão, cabe a nos absorver ou não.

- Isso é verdade e meu trabalho está em dia então saímos às 17h00.

(...)

O resto do dia foi de muito trabalho e Dr. Rafael ligou com a nova rotina de Elisa, ele passou uma a Tainá e depois ligou para mãe dela, assim teria certeza que iam ter as informações de como ela deve se comportar para não prejudicar a coluna e sofrer com dor.

Peter foi até o apartamento pontualmente às 14h30 e levou chocolates a paciente com flores. Ele quer que Elisa se sinta amada e feliz.

Joana havia ligado para ele falando sobre as contas de Elisa e de como ela se preocupa, queria ver uma maneira de ajudar que nem Tainá e nem Elisa se ofendessem. Peter ficou de ajudar porque tem o mesmo pensamento.

No fim do dia Tainá foi à frente porque estava de carro e Joana foi buscar dona Dalva. No caminho para visita Dalva descobriu como ajudar. Conversando com a filha sobre Peter pensou em propor um serviço para Tainá onde ela receberia setenta por cento agora e trinta por cento na entrega. Se o sistema do Peter puder ser atualizado ela se responsabiliza de fazer um novo para gestão do restaurante e Joana se encarrega de ver o valor no mercado para convencer Tainá que poderá pagar suas contas.

Dalva conhece Peter e sabe que ele nunca quis mexer nos programas do restaurante. Ele nunca quis  ter que lidar com coisas modernas sendo que o sistema dele está dando certo há anos.

Joana olhou para sua mãe e perguntou como viver sem ela a seu lado? A mãe respondeu que o amor sempre mostra os caminhos a seguir basta acreditar e o universo vai ajudar.

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