Rosa quase não conseguiu dormir, estava cheia de energia, Bruno precisou busca-lá na cozinha diversas vezes a noite, ela estava todo tempo querendo ver se tudo estava em ordem.Bruno:-Se você não se deitar e descansar, vou ligar desmarcando-Ela se deitou a contragosto, após rolar muito na cama acabou adormecendo de cansaço.Bruno se levantou cedo, queria organizar tudo e deixar que ela dormisse o máximo possível, mas ela acordou alguns minutos depois dele.Bruno:-Você precisa descansar para estar bem quando Ana chegar.Rosa:-Estou bem, animada demais para dormir.Ele precisou concordar, sabia que nada a faria voltar para cama.Ela terminou o que precisava na cozinha e foi para o jardim, o almoço seria sido servido lá, seria mais agradável para Ana.Rosa:-Deveríamos ter contratado alguns brinquedos-Ela olhava para o espaço com a mão na cintura.Bruno:-Pedi ontem para os homens organizarem isso, já devem estar chegandoRosa:-O que eu faria sem você?Bruno:-Espero que nada, assim você nu
O almoço foi servido, uma grande mesa cheia de comidas deliciosas.Ana:-Mamãe, parece que estamos em um restaurante.Irina:-Rosa fez tudo isso para você-Ana arregala os olhos e se vira para Rosa devagar.Ana:-Preciso comer tudo?-Ela parecia assustada.Rosa:-Não meu amor, coma apenas o que quiser e o quanto quiser, eu não tinha certeza do que você ia gostar, então fiz um pouco de cada coisa.Ana:-Ufa-A menina arrancou risadas de todos.-Irmã, faz meu prato?Os olhos de Rosa ficaram marejados, se levantou com o prato nas mãos trêmulas, a menina ia apontando o que queria e ela colocou pequenas porções, Ana insistiu em se sentar ao lado de Rosa, ela a ajudou durante a refeição, algo que não conseguiu fazer pela irmã durante todos aqueles anos, uma lágrima insistiu em cair, mas ela a secou rapidamente antes de Ana perceber.Ela suspirou olhando para o marido, Ana era uma criança doce, fácil de se apegar e até ele se viu enredado nas brincadeiras da menina.Já caia a tarde quando os Simons r
Rosa estava feliz, saiu de casa sorrindo, e foi para sua consulta, fez todos os exames, aguardava os resultados, ela e Sara conversavam, estava animada.Medica:-Você está bem, os resultados todos normais, menos um-Rosa olhou para ela com a testa franzida.Medica:-Meus parabens senhora Wood, a senhora esta gravida-O sorriso de Rosa se desfez e ela começou a hiperventilar, a médica imediatamente ligou para Bruno, que havia combinado de busca-lá e já chegava ao consultório.Bruno atendeu ao telefone e correu para dentro, encontrou a esposa chorando, sem conseguir respirar, quando a médica contou o motivo, ele respirou profundamente, se sentiu culpado por não ter se prevenido, ainda era cedo demais, mas precisariam contornar isso.Bruno:-Rosa, eu estou aqui-Ela parecia não o reconhecer, segurava a cabeça com as duas mãos, estava em completo desespero, ele a abraçou, fazia carinho em suas costas e começou a falar em seu ouvido.Bruno:-Minha Rosa, meu amor, seu ogro está aqui-Aos poucos ela
Bruno tentou não comentar sobre o assunto, queria que ela se sentisse a vontade para falar quando estivesse pronta, mas a todo momento, reforçava o quanto a esposa era bonita, capaz e forte, era sua forma de dar apoio nesse momento.Beatriz:-Bom dia, como passou minha paciente essa noite-Pela manhã a médica de Rosa apareceu no quarto teve uma ideia para que Rosa tivesse uma aceitação melhor da sua condição.Rosa:-Mais tranquila doutora, eu gostaria de fazer uma pergunta-Beatriz se colocou ao lado da cama e olhou para ela.Beatriz:-PergunteRosa:-O sedativo que me deu...-Antes que ela pudesse terminar Beatriz já sabia do que se tratavaBeatriz:-Não fará mal ao bebê, não se preocupe.Rosa:-Obrigada doutora.Beatriz:-Agora que está mais tranquila, quero fazer alguns exames-Bruno se preocupou e Beatriz percebeu-Fique tranquilo, são apenas por segurança.Beatriz chamou a enfermeira, ela entrou com alguns aparelhos, levantou a camiseta de Rosa, para fazer um ultrassom, quase não se via nada
Rosa iniciou o pré-natal no dia seguinte, e intensificou suas consultas com a doutora Beatriz, queria ser a mãe que seu filho merecia.Caminhou pela propriedade depois do almoço, Bruno estava no escritório, cuidando de negócios.Rosa pensou em pegar um cavalo, mas temeu que isso afetasse o bebe, então caminhou até o gazebo, sentou ali, se sentia em paz naquele lugar.Rosa:-Enzo, a mamãe veio até aqui para te pedir perdão, mesmo que eu saiba na minha mente que a culpa não foi minha, sinto como se fosse, eu sempre vou me lembrar de você meu filho, você sempre vai estar dentro do meu coração, mas a mamãe precisa seguir em frente, pelo bem do seu irmão.-Ela se encostou no banco e respirou profundamente com seus olhos fechados, uma brisa soprou e uma leve chuva começou a cair, Rosa sentiu que era o perdão do filho, não sabia como, mas seu coração dizia que era.Rosa:-Obrigada meu amor, um dia vamos nos encontrar, e eu vou poder estar com você como eu gostaria.A chuva se tornou mais forte,
Bruno acendeu um cigarro, e esperou pacientemente pelos pais da menina, Leonel tentou falar, mas foi calado por ele com um tapa.Bruno:-Fique calado, não permiti que falasse-O homem ficou orando em silêncio, não via uma saída.Um homem alto chegou, estava sozinho, olhou em volta, mas não entrou, ficou parado na porta.Bruno:-Sua filha está no quarto, talvez seja melhor conversar com ela antes de falarmos-O homem foi conduzido para dentro, depois de alguns minutos voltou a sala, os olhos vermelhos e uma fúria evidente.Paulo:-Senhor, sei quem é, peço que me perdoe, preciso levar minha filha até minha esposa e depois retorno, se puder me dar 30 minutos, preciso clarear a mente.Bruno percebeu o esforço de Paulo para manter a calma, tinha a filha nos braços, mas seus olhos não negavam o quanto ele estava perturbado.Bruno:-Fique a vontade, estarei esperando.Bruno aguardou do lado de fora, não aguentava mais olhar para cara de Leonel, ligou para esposa e ficou conversando com ela até que
Bruno tomou seu café e fez a bandeja da esposa, ela estava saindo do chuveiro, olhou para ele e revirou os olhos.Bruno:-Calma, só sinto prazer em fazer as coisas para você, sei que não posso te prender aqui-Ela sorriu e deu um beijo rápido nele, Bruno a segurou aprofundando o beijo, mas foi interrompido pelo celular, xingou, e ela saiu rindo, os homens o esperavam no galpão.Bruno:-Mande alguém buscar Paulo, vou levar minha esposa ao serviço e irei.-Desligou sem esperar resposta.Tomou café com a esposa e a levou para o trabalho, fez diversas recomendações, antes de sair.Rosa ouviu atentamente, sabia que se não o fizesse ele não ficaria tranquilo e ela não conseguiria trabalhar, se despediu dele com um longo beijo e entrou na Fundação, as crianças estavam a sua espera.Bruno chegou ao galpão que pertencia a família, era um local construído para lidar com os inimigos, se negava a fazer essas coisas na propriedade, não queria que a esposa se assustasse.Paulo e os outros homens já esp
Bruno às vezes ficava espantado com o poder que a esposa tinha sobre o seu humor, mas também achava que era bom, pois estar com ela era motivo de alegria para ele.Marcaram um novo encontro com os pais de Ana, iriam a um parque e depois almoçariam, a aproximação entre Rosa e a irmã estava sendo perfeita.Ana:-Irmã, estava com saudades de você e do irmãozão-Bruno pegou a menina no colo, tinha um carinho enorme pela pequena, era sua família também.No parque, Ana queria a companhia dos dois em quase todos os brinquedos, alguns Bruno foi com ela, com medo de que a esposa se machucasse.Rosa ficou conversando com os pais adotivos de Ana por muito tempo, queria saber mais sobre a irmã, seus gostos, seus medos, muitas coisas haviam mudado.No almoço, Bruno ajudava a pequena que pediu por ele, sentiu que estava fazendo um treinamento para o futuro, Ana comia devagar e ele cortava carne e outras coisas para ela, a menina se alimentava bem.Bruno:-Se comer tudo, ganha sobremesa.Ana:-Se eu já