ROSAAcordei com a minha cabeça latejando, não consigo me lembrar de ter vindo para cama, olhei em volta e Bruno não estava, me arrastei até o banheiro, quando olhei no espelho, fora as olheiras e a cara amassada eu estava de roupão, minha cabeça girava tentando me lembrar dos eventos da noite anterior, mas a dor latejante não deixava que eu me concentrasse.Após fazer minha higiene e tomar um longo banho, saí do banheiro e encontrei Bruno, sentado lendo um jornal, ele tomava uma xícara de café, não levantou os olhos quando entrei, me sentei na mesa, ao seu lado.Bruno:- Tem café preto e suco de laranja-Disse ainda sem olhar para mim, eu estava nervosa, por não saber o que aconteceu, quando ele baixou o jornal para pegar a xícara, vi um aranhão em seu pescoço, e entrei em choqueRosa:- O que é isso no seu pescoço?- Meus olhos estavam fixos neleBruno me olho e passa a mão pelo pescoço como se não soubesse do que eu estava falando, ele se levanta e olha no espelho acima do aparador.Br
ROSAAs palavras dele me impactaram, eu sentia algo indescritível acontecendo no meu coração, mas ainda existia o medo e as dúvidas, medo de que ele me tocasse, eu ainda tinha receio disso depois de tudo que me aconteceu, duvidas, pela forma como ele me convenceu a casar com ele.Bruno se levanta me puxando contra seu corpo, ficamos ali ao lado dá mesa, estamos dançando, mas uma música lenta que nem mesmo existe, com certeza atraímos alguns olhares, mas nesse momento não estou me importando muito, minha atenção está nele.Descanso minha cabeça em seu peito e me deixo levar, por seu perfume e o balanço do seu corpo, me senti numa bolha, e ninguém poderia entrar nela, era uma sensação conflituosa, divergia de tudo que eu pensava sobre esse relacionamento.Uma das mãos dele estava na minha cintura me prendendo firme junto ao seu corpo, e a outra acariciava meu cabelo me causando um gostoso arrepio.Sinto que estou perdida e não sei o que fazer, apenas estou seguindo o fluxo e vou pensar
BRUNOTomamos café e saímos em seguida, meu humor não estava tão bom, talvez pelo fato de não poder passar o dia ao lado dela.Rosa:- Por que está de mau-humor?Bruno:- Não quero passar o dia sozinho.Rosa:- Você vai trabalhar e pode ver seus irmãos.Bruno:- Vou continuar sem você ao meu lado.Rosa:-Nossa muito drama para um ogro-Rosa levou a mão a boca como se estivesse arrependida pelo que disse, mas ao ver que eu estava gargalhando ela sorriu também.Bruno:-Não é drama, se você me deixasse, te provaria que não é drama-Ela revira os olhos ainda rindo-Será que a minha esposa gostaria de jantar comigo?Ela fica pensativa, se vira para mim com uma expressão que não consigo decifrar.Rosa:- Você não acha que devemos nos manter afastados?Bruno:- Porque eu me manteria afastado de você?Rosa:- Você sabe.Bruno:- Os maldit@s doze meses? Esqueça disso, nunca vou te deixar ir. Rosa:- Como assim? Temos um contrato- Respirei profundamente, ela conseguia me tirar do sério com sua teimosia.Bru
ROSAPassei o dia pensando no que fazer, eu estava casada e Bruno diz me amar, eu não podia negar ter sentimentos por ele, por mais que ele tivesse agido de forma errada comigo, iriamos jantar, mas isso não queria dizer que eu tornaria fácil a sua vida, ele precisava entender o que fez comigo, pode parecer uma coisa banal, mas tudo isso me afeta de uma forma que talvez nem ele saiba.Sai na hora combinada, e Bruno já me esperava do lado de do carro, os braços cruzados, ele vestia uma calça de sarja preta e uma camisa também preta que deixava seus músculos em evidência, o sorriso emoldurava seu rosto bonito, as mulheres que passavam pela calçada olhavam fascinadas, algumas até paravam, era uma visão e tanto.Bruno:- Como foi seu dia?-Ele abriu a porta do carro para mim enquanto me perguntava isso.Rosa:- Foi um ótimo retorno, amei estar com as minhas crianças.Bruno:- Fico feliz que tenha se divertido em seu trabalho, para mim o dia foi arrastado e difícil, sem vocêFiquei sem palavras
BRUNOA noite estava fria e a maresia fazia com que a sensação térmica despencasse, eu já sentia os efeitos.Bruno:-Rosa, estou com frio, vem comigo-Segurei sua mão e entramos no quarto, percebi que ela ficou tensa-É o local mais quente, e temos as cobertasMe deitei de roupa, isso pareceu aliviar um pouco sua tensão, ela se deita ao meu lado e a puxo para o meu peito, sei que estou sorrindo, mas não consigo reprimir a sensação de alegria pela qual sou tomado.Minha Rosa está ali, a cabeça apoiada no meu peito, sua mão delicada brincando com o botão da minha camisa.Seguro uma mecha dos seus cabelos e cheiro, ela se aconchega ainda mais, sua respiração está normal, o que indica que está confortável.Bruno: O tempo poderia parar agoraRosa:- Você diz isso porque sabe que não vai acontecer.Bruno:-InfelizmenteRosa:- Se o tempo parasse agora você perderia muito dá vidaBruno:- E ainda assim eu estaria feliz- Ela sorri e esfrega o nariz no meu peito.Rosa:- Eu gosto do seu cheiroBruno:-
BRUNOEstá talvez seja uma das promessas mais difíceis que já fiz, estar com Rosa em meus braços e não toca-lá é uma tortura, e seus beijos acendem o fogo que queima dentro de mim.Me senti um adolescente, passamos parte dá noite nos beijando, não posso dizer que tenha sido ruim, mas precisei de todo meu alto controle, para não toca-lá de forma mais íntima, mas sempre que eu me lembrava como nosso casamento começou, me sentia feliz pelo avanço conquistado.Rosa adormece em meu peito, mas me sinto dolorido, a coloco no travesseiro com cuidado e vou ao banheiro, fazer algo que não faço há muito tempo, não precisei de muito para g@zar, só me lembrar dos seus lábios nos meus, troquei minha cueca, e ri, realmente me tornei um adolescente, beijos e cuecas meladas, suspirei e voltei para quarto, quando vi minha esposa dormindo tranquila, por você vale a pena.Com o passar dos dias, minhas escapadas ao banheiro pela madrugada se tornaram frequentes, minha esposa me enchia de tes@o, mas deixar
BRUNOTudo estava bem, Rosa dirigia para o trabalho e eu voltava com seu carro, até que ela conseguiu a carteira de motorista, o fato da minha esposa ser praticamente um piloto de fuga, era bom, mas a fiz prometer que seria cuidadosa ao volante e ela concordou.Já fazia duas semanas, que eu não a levava ao trabalho e sentia falta disso, minhas atividades na empresa retornaram, eu precisava de um negócio licito para encobrir os ilícitos.Passei o dia no escritório, pensar nos beijos noturnos que trocávamos, não era uma boa ideia, mas eu não conseguia esquecer como ela se comportava nos meus braços, quando eu beijava o seu pescoço, ela gemia baixinho quase me levando a loucura, suspiro forte e resolvo ligar para minha esposa.Bruno:- Como esta sendo o seu dia?Rosa:- Tudo bem, já com saudades Senhor Wood?Bruno:- Sempre, basta um segundo longe de você-Ela dá uma leve gargalhada, escuto barulho ao fundo, e logo em seguida uma buzina.-Onde você está?Rosa:- Preparando uma surpresa para o
BRUNOComo eu imaginava ela não dormiu, se levantou no meio dá madrugada e foi para sala, me levantei e a observei escondido no corredor, ela senta em uma das cadeiras dá sacada, seu olhar é triste, deixo meu corpo escorregar até o chão e me sento ali, abaixo a cabeça apoiando nos joelhos, e olho para ela vez ou outra, a visão de sua tristeza está me matand@, em uma das vezes que levanto minha cabeça para espiar, ela está parada na minha frente, e me assusto.Minha Rosa me olha e só vejo decepção e tristeza, em seus belos olhos.Rosa:- O que está fazendo aqui?Bruno:- Só queria me certificar de que estava bem.Rosa:- Estou ótima- Ela vai para o quarto e eu não sei o que fazer, permaneço ali por um tempo, depois me sento no sofá e tomo uma dose de whisky, estou tentando entender os sentimentos que tenho nesse momento, raiva de mim, e vergonha, sim, me sinto envergonhado por omitir algo tão importante dela, depois dessa constatação volto ao quarto e me sento na cama.Bruno:- Me perdoa-E