"É fácil amar nos momentos bons, quando o riso é frouxo e os problemas não existem. Difícil é amar nos dias comuns e nos momentos de fraqueza. Com você, aprendo que o amor verdadeiro está sempre aqui, independentemente da situação."××××GregórioAs horas parecem passar ainda mais devagar, só porque estou ansioso. Termino de beber uma cerveja e decidi ir até o local onde acontecerá a cerimônia. Meu pai me acompanhou, e aproveitamos para passar um tempo juntos — afinal, ficaremos um mês inteiro longe um do outro. Mas é por uma boa causa: estarei em lua de mel com a mulher da minha vida.Enquanto caminhamos, conversamos um pouco sobre tudo o que nos aconteceu: sobre a morte de Cristóvão, meu padrinho, e também sobre minha mãe. Ele me contou um pouco sobre ela — como era carinhosa, cuidadosa, linda e como nos amava acima de tudo, com um amor sem igual. Não lembro de seu rosto, mas pelas descrições e tudo o que ouço, sinto que sim... ela era uma mulher incrível, e fui um privilegiado por
BrendaMeu coração dispara como se fosse saltar pela boca. É ansiedade, angústia, nervosismo, medo... tudo ao mesmo tempo. Minha garganta está seca, e, por diversas vezes, preciso me segurar para não desabar em lágrimas. Não consigo acreditar que tudo isso está acontecendo justo hoje, no dia do meu casamento. Cada detalhe foi cuidadosamente planejado para dar certo, e agora, do nada, parece que tudo saiu do controle. Isabel e eu passamos horas decidindo o formato do bolo dos meus sonhos... e, em poucos segundos, tudo desmorona.A angústia aperta o peito com força, quase como uma fisgada. Para completar o meu desespero, o celular insiste em não funcionar. A bateria até carrega um pouco no carro, mas a ligação com Gregório simplesmente não completa.— Que merda! Por que isso tinha que acontecer justo hoje? Será que nunca vamos ter paz ou ser felizes de verdade? — penso, olhando pela janela da limousine, com os olhos marejados.— Filha, acalme-se. Vai dar tudo certo. — minha mãe diz, ape
BrendaA cada passo que dou, meu coração acelera ainda mais. Um filme passa pela minha cabeça, e tudo se torna ainda mais intenso quando vejo Gregorio chorando e, ao mesmo tempo, sorrindo ao me ver caminhar em sua direção. Zoe está à nossa frente, e nossos pais se posicionam no altar, aguardando nossa chegada.Entrego o buquê à minha mãe. Meu pai segura minha mão e a entrega a Gregorio, que o abraça rapidamente. Ele beija minha mão, depois segura meu rosto e beija minha testa. Entrelaça nossos dedos e ficamos diante do juiz.Enquanto o juiz fala, sorrimos sem parar. Olhamos um para o outro e sussurramos em uníssono:— Eu amo você.Sorrimos com o olhar. Logo em seguida, ouvimos a tão esperada pergunta:— Brenda Ortiz Dark, você aceita como seu esposo Gregorio Valentim Fontana, prometendo ser fiel, amá-lo e respeitá-lo, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?— SIM... SIM... SIM... ACEITO COM TODA A FORÇA DO MEU CORAÇÃO! — resp
BrendaQuando entro na limusine rumo à nossa lua de mel, não faço ideia de para onde estamos indo. Greg guarda segredo, e isso me parece extremamente romântico. Estamos sentados no banco de trás enquanto o motorista dirige com rapidez.— Agora você é minha mulher. Enfim, a senhora Fontana — diz ele, me encarando com intensidade, me devorando com aquele olhar cinza que me desmonta.— Sempre fui sua, desde o primeiro momento em que te vi — respondo com um sorriso provocador.Não estou nervosa, estou ansiosa. É como se fosse a nossa primeira vez — e, de certa forma, realmente é: a primeira noite como marido e mulher.O carro avança por mais trinta minutos, depois entra numa estrada de terra cercada por árvores. Está escuro e a iluminação da rua é fraca.— Onde estamos? — pergunto, surpresa.— Já estamos chegando, meu amor — responde ele, pousando a mão sobre minha perna e me lançando um olhar intenso.— Quero fazer amor com você. Sentir você. Quero ser sua esta noite e em todas as outras
BrendaAinda trememos nos braços um do outro, nos recuperando do êxtase. Enlaço minhas pernas em torno dos quadris dele, abraçando-o com força.A respiração de Greg é rápida e profunda, bem junto ao meu ouvido. Ouço alguns gemidos roucos escapando de seus lábios.Ele me encara com seus olhos cinzentos. Sua boca está avermelhada e um pouco inchada pelos beijos intensos.Os lábios entreabertos buscam ar, e um sorriso largo começa a surgir em seu rosto. Greg segura meu rosto com carinho, olha fundo nos meus olhos e sorri com aquela perfeição toda. Não resisto e também sorrio. É um sorriso de felicidade — por estarmos um nos braços do outro.— Eu te amo tanto, baby, que chega até a doer — sussurra ele, encostando os lábios na minha testa.— Eu também te amo demais... aliás, nós três te amamos muito — respondo sorrindo, acariciando minha barriga antes de depositar um beijo suave em seus lábios.Ele continua sobre mim, e eu ainda o mantenho preso entre minhas pernas, mantendo-o dentro de mi
BrendaPuxo ele pra cima e começo a beijar sua boca, sentindo o gosto da minha excitação em seus lábios.— Você me deixa louca! — gemo, arfando entre um beijo e outro.Ele solta um risinho malicioso.— Vamos pra banheira. Quero molhar você ainda mais — diz, me pegando no colo e me levando até lá.Entro primeiro.— Chega pra frente, amor — ele pede, e eu obedeço. Ele se acomoda atrás de mim, e fico sentada entre suas pernas.A água está morna, deliciosa.Sinto o pênis dele roçando no meio das minhas costas.— O tempo podia eternizar isso — comento, enquanto ele me abraça por trás, apertado.— Eu iria adorar — sussurra ao pé do meu ouvido.Greg pega um pouco de sabonete líquido, esfrega nas mãos e começa a deslizar pelas minhas costas lentamente. Aquilo é erótico demais. Logo, suas mãos passeiam pelos meus seios, minha barriga, minhas pernas, me deixando completamente relaxada e excitada.Quando saímos da banheira, nossas peles exalam o cheiro de aloe vera. Greg me pega no colo, me joga
BrendaAinda são sete da manhã quando acordo sentindo o peso dos braços de Gregório ao meu redor. Nossa viagem será no fim do dia, então temos bastante tempo para ficarmos juntos. Dou um leve beijo em seu rosto e percebo que ele ainda ressona suavemente. Estou apertada para ir ao banheiro, então, com cuidado, tiro seu braço de cima de mim, levanto da cama e caminho até o banheiro.Lá, decido tomar um banho. Faço minha higiene e escolho uma camisola de renda branca, que vai até os joelhos. Ela tem alças finas e um detalhe rendado nos seios que chama atenção. Me olho no espelho e, pela primeira vez na vida, sinto algo diferente. Sinto-me mulher.Olho pela porta entreaberta e vejo Greg ainda dormindo, enrolado nos lençóis. Seu peito sobe e desce num ritmo leve. Caminho até ele. Está lindo. É perfeito vê-lo descansar. Dou um beijo em sua testa e sigo para a cozinha. Estou com fome e decido preparar nosso café da manhã e levá-lo na cama.Ainda não conheço a casa, mas presumo que a cozinha
BrendaAinda estamos nos braços um do outro quando o despertador no celular de Gregório toca.— Ah, Senhor! Eu esqueci completamente — diz ele, levantando-se apressado da cama e desligando o aparelho.Olho assustada para ele, querendo saber do que se trata.— Esqueceu do quê, amor? — pergunto.— Do horário do nosso voo — responde ele, sorrindo.— Mas ainda faltam quase cinco horas para o embarque. Não acha cedo demais para irmos ao aeroporto? — questiono, acariciando e beijando suas costas.— Sim, mas ainda preciso passar em um lugar antes de irmos.— Que lugar seria esse?— O quartel.— Quartel? Mas o que você precisa fazer no quartel?— Esqueci de te contar, mas fui convidado para prestar serviços novamente no Exército Brasileiro como paraquedista, amor.— E você aceitou?— Sim, meu amor. O que foi? Ficou chateada ou triste comigo por eu não ter contado antes? É que não deu tempo, por causa do casamento e das obras das lojas que precisavam ficar prontas.— Não é isso, amor. Fico mui