Capítulo Seis

Como prometido minha irmã ficou uma semana conosco e depois voltou para a sua carreira e seu namorado ela disse que as gravações para o filme iriam começar e até convidou a mim e meus amigos para visitar o set de filmagens. Catarina disse que aprimoraria seu inglês e Caio nos confidenciou que gostaria de ver de perto como funciona a gravação de uma cena de luta, eu também me animei para ver a minha irmã brilhando como atriz. Meus pais estavam em reuniões e não poderiam me levar para a escola hoje e por isso estavam chateados.

— Filha, vamos comprar um carro e contratar um motorista só para você. – Meu pai diz abaixando seu jornal.

— Não se preocupem comigo, eu peço aos meus amigos que me deem uma carona. Sei que vocês estão ocupados e não quero atrapalhar vocês.

— Você nunca atrapalha filha, antes do trabalho sempre virá você e sua irmã.

Meus pais mesmo sendo ícones e muito ocupados, eles nunca abandonam as filhas, estão sempre presentes quando eu morava na Suíça eles ficavam se dividindo entre Suíça e Brasil, tudo para que eu não me sentisse sozinha, Margo é outra que faz de tudo por nós, não fui agraciada com beleza, mas em questão de família tenho que admitir que não tenho do que reclamar eles são maravilhosos.

Liguei para Caio e pedi carona e ele disse que passariam para me pegar eu o agradeci e me arrumei para esperar, na hora marcada o carro deles chegaram  e quando entrei minha amiga me deu um tapa no braço por não ter pedido carona a ela, Cat ficou emburrada mesmo eu dizendo que falar com Caio era a mesma coisa que falar com ela.

— Ally, deixa essa chata pra lá. – Caio me puxa conversar comigo e ao me tocar sinto uma corrente elétrica e sinto minhas bochechas esquentarem. O que está acontecendo comigo. — Por que seu rosto está vermelho? – Ele pergunta pondo a mão em meu rosto o que o faz esquentar ainda mais.

— Não é nada. – Tiro sua mão gentilmente do meu rosto e Cat nos observa e ao olhar para ela sorri.

Chegamos na escola, o carro mal estaciona e minha amiga me puxou para longe de seu irmão.

— Pode abrir o jogo amiga, você gosta dele? – Ela pergunta sorrindo.

— Dele quem? – Pergunto realmente confusa, confesso que sou meio lerdinha.

— Aff! Do meu irmão.

— Não mesmo. Você está igual a minha irmã, gosto dele só como amigo.

— Sei, e por que você ficou vermelha? – Ela ergue a sobrancelha esperando a minha resposta.

— Sabe que sou tímida, é só isso.

Ela olha para mim e diz que finge que acredita, Caio se junta a nós e pergunta o motivo de termos corrido para longe dele, eu tomo a frente de Cat, antes que ela diga algo constrangedor e digo a ele que não era nada demais. Ele olha para nós e sorri.

— Vocês duas são terríveis juntas.

— Terríveis por quê? – Pergunto e ele solta uma risada nasalada.

— Deixa pra lá. Vamos para a sala quero sentar estou cansado. – Ele diz parecendo um velho.

Fomos para a sala e esperamos a professora chegar o bom é que hoje não teremos aula da professora Vera, que não gosta de mim por que não sei e por conta disso persegue meus amigos também.

O professor Marcos aparece e diz que a aula hoje é na quadra, fomos para o vestiário onde trocamos de roupa, já na quadra ele pede para as meninas ficarem sentadas e diz que os meninos jogaram futebol e logo após nós jogaremos queimado.  Cat e eu nos sentamos para assistir aos meninos jogando futebol e quando vi Caio jogando meus olhos não viam mais ninguém, como não observei antes Caio é moreno de cabelos meio liso, olhos castanhos e íris esverdeada.

— Limpa a baba que está escorrendo. – Minha amiga me tira de meu devaneio.

— Que baba? Enlouqueceu?

— Essa babinha aí no cantinho da boca quando viu meu irmão sem camisa jogando. – Ela ri da minha cara.

— E você aí, olhando o Gustavo, deixa o Caio vê isso. – Rapidamente ela fecha cara.

— Você percebeu? – Ela pergunta e pela a primeira vez em todos esses meses vejo minha amiga sem jeito.

— Tá bom você me pegou Cat, tenho uma quedinha pelo o Gustavo, olha para ele – ela diz apontando o amigo loiro do irmão — ele é lindo, perfeito, maravilhoso, forte, eu já falei lindo?

— Meu Deus! Você está caidinha por ele mesmo. Nunca te vi desse jeito. – Estava tão animada que falo alto.

— Quer um megafone? – Ela pergunta irritada e com vergonha o que arranca boas risadas de mim. — Que bela amiga você é. Rindo da sua amiga do coração.

Ela se senta e continua olhando para Gustavo enquanto eu não consigo tirar os olhos do seu irmão, finalmente o tempo dos meninos termina e o professor chama as meninas para jogar queimado, desde que entrei para escola sou obrigada a fazer todas as aulas, na Suíça eu não era obrigada a fazer educação física. Não gosto de praticar esportes, até porque sou completamente desequilibrada e sem coordenação. O professor escolhe as capitãs e como sempre eu sou escolhida por último. Mal o jogo começa e tropeço duas vezes, Emili sorri para mim e me dá uma bolada no rosto proposital que me fez desequilibrar e bater a cabeça.

Abro meus olhos e estou na enfermaria da escola, ao meu lado está Caio, Catarina, Flávia e Gustavo, eles perguntam como estou e eu digo que estou sentindo um pouco de dor de cabeça a enfermeira me dá um analgésico e diz que estou liberada

Chego em casa e digo a Margo que não quero nada, apenas vou para o quarto e me deito, as lágrimas vem aos meus olhos e me pergunto por que não sou como a GFAlly? Afinal somos a mesma pessoa, meu rosto ainda está um pouco dolorido, mas não quero contar a ninguém, todos já tem tantos problemas e eu não quero ficar alugando eles com meus problemas.

Margo apereceu em meu quarto e perguntou se eu não queria alguma e mais uma vez eu disse que estava tudo bem e que não precisava de nada. Ela se retirou pesarosa e me levantei para trancar a porta.

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