Layonel L. Drevitch
-Hana porque você é tão teimosa. - Passo as mãos no rosto bagunçando os cabelos enquanto observo a mulher semi nua a minha frente.
-Já conversamos sobre isso Layonel. Eu já coloquei a casa a venda e ponto final. Juan está cuidando de tudo e ele informou que há várias pessoas interessadas.
- Eu odeio Juan. Porque não deixa um dos meus advogados resolver isso? -Levanto tentando não perder a paciência com aquele assunto.
-Porque você prometeu que não se envolveria na dívida e está se envolvendo. - Ela cruza os braços no peito.
-Eu só quero resolver as coisas sem você precisar vender a casa. Isso é tão injusto.
-Não, você quer pagar a dívida. - Ela ergue uma sobrancelha.
Me calo por um momento, pois aquilo não era totalmen
Depois da reunião com Joaquim segui para uma vídeo conferencia e acabei quase na hora do almoço. Liguei no Leblon Ritz e pedi um almoço para mim e Hana. Acabamos almoçando juntos enquanto aproveitávamos e degustamos uma taça de vinho branco.-Não devíamos beber vinho enquanto trabalhos. -Hana afirma com um sorriso meigo estampado nos lábios.-Você não deveria sorrir dessa maneira. -Afirmo voltando minha atenção para seus lábios.Hana desvia os olhos dos meus e se levanta para colocar os pratos na pia, quando volta se apoia no balcão bebericando de seu vinho enquanto seus maravilhosos olhos percorrem meu corpo sem rodeios. -Você está excitada querida... -Sussurro com um sorriso travesso nos lábios e vejo ela voltar sua atenção para taça percorrendo o indicador na borda da mesma.&nbs
HanaConcentrada em meus afazerem nem percebo meu celular vibrar sobre a mesa e depois de insistentes ligações de Juan acabo atendendo.-Boa tarde Juan. -Cumprimento educadamente.-Boa tarde Hana.-Diga que tem boas notícias sobre a venda da casa. -Pergunto ansiosa.-É exatamente sobre isso que eu quero falar. -Comenta deixando-me apreensiva.-O que houve? -Pergunto preocupada.-Sua casa finalmente foi vendida, mas quando liguei para Paulo para quitar a dívida ela havia sido quitada a poucas horas.-Como? -Pergunto irritada. -Não me diga que foi Layonel. -Questiono mais do que irritada.-Ao que tudo indica sim, mas ele não quis entrar em detalhes e ignorou todos os meus questionamentos. Como o caso havia sido encerrado não achei viável pressiona-lo a dar respostas.-Eu não acredito. -Sinto meus olhos se encharcarem de lág
LayonelDepois que meu pai saiu da empresa Hana e eu ficamos alguns minutos parados diante da porta digerindo tudo o que havíamos acabado de ouvir, porque até mesmo para mim que sou filho de Zoy, fiquei surpreso com sua atitude inesperada, afinal esperava tudo do meu pai, mas que ele fosse pagar a dívida de Hana e ainda se recusar que ela devolvesse o dinheiro, me pegou completamente desprevenido.Participei de mais uma reunião depois do ocorrido e confesso que fechei o contrato meio no automático, minha mente hoje não consegue focar em mais nada e agradeço mentalmente por Marcos Valenci ter desmarcado a reunião das dezessete horas, o que raramente acontece, apesar de ter muitas coisas para fazer resolvo ir embora mais cedo, não adiantaria forçar minha mente, a dor de cabeça estava me matando e eu precisava de algumas horas para compreender a decisão do meu pai, a
HanaAssim que coloco os pés para fora das portas de vidro que davam acesso à rua sou abordada por uma mulher alto, magra, de longos e lisos cabelos negros escorridos. Os piercing em seu rosto chama a atenção e as tatuagens em seus braços magros e desnutridos também.Acabo franzindo as sobrancelhas ao observar seus dedos finos se envolveram em meus ombros com certo desespero.- Você precisa deixá-lo. -Afirma com convicção.-O quê? Do que está falando? - Pergunto perdida.-Você não conhece ele... - Ela balança a cabeça com convicção.- Eu não te conheço, você deve estar me confundindo. -Tento soltar suas mãos de meus ombros, mas ela insiste em se segurar com força exagerada
Hana-Layonel você vai comer doce de novo? Vai acabar passando mal. -Afirmo vendo ele fuçar dentro da geladeira em busca das guloseimas que Maria costuma fazer.-A minha filha, nem adianta, esse daí não aprende, já até desisti dele. -Maria diz enquanto preparava o jantar.- Estou ansioso, não adianta brigarem comigo, só me acalmo quando a taxa de glicose aumenta e isso exige uma quantidade de doce extra. -Resmunga com a cabeça dentro da geladeira e logo sai com uma fatia mais do que generosa de bolo de chocolate com três tipos de recheio, pois as camadas grossas de cor diferentes chegam a dar água na boca.- Você já fez um exame de diabetes Layonel? -Questiono preocupada.- Sim, costumo fazer uma bateria de exames a cada seis meses. Ordens médicas, irritantes no meu ponto de vista, mas necessárias. -Balança os ombros sentand
-Desta vez você não hesitou. -Um grande sorriso se estende por seus lábios. -Vou continuar pedindo até mesmo depois de nos casarmos. -Afirma e acabo rindo.-Vou continuar aceitando. -Beijo seus lábios suavemente.-Gosto de saber disso. -Ele retribui os suaves beijos. -Obrigado por não desistir de mim.-Tire esse pensamento da sua cabeça, não se livra de mim tão facilmente. -Nego rindo.-Quem disse que eu quero me liv.... -Layonel é interrompido por um baque na porta da cozinha e Daisy gritando.-Mãe.... -Ela entra na cozinha como um furacão e rapidamente nos afastamos vendo Daisy nos olha desconfiada.-Daisy. -Vejo Maria parecer na cozinha ofegante. -Quem segura esse mini furacão?-Pai? Você está chorando? -Ela observa Layonel visivelmente preocupada.Layonel enxuga as bochechas com as costas das mãos e se abaixa para f
HanaTrês dias se passaram e Ivan desapareceu da mesma maneira que surgiu. Às vezes pergunto se Daisy não confundiu alguém com o pai, mas para ser sincera acho isso meio improvável, porém não podemos descartar as possibilidades.Ainda assim, Layonel disponibilizou uma junta de segurança para acompanhar Daisy na escola até sua saída.Por mim eu nem enviava ela para escola pelo menos por uma semana, mas ele garantiu que nada vai acontecer com nossa filha e eu acredito, afinal ele ama Daisy incondicionalmente e eu não duvido disso.Arrumo as pastas para levar para Layonel, mas sabia que ele estava em uma reunião, então sento novamente e meu telefone toca com o ramal da recepção.-Escritório do senhor Drevitch. -Atendo no segundo toque.-Senhora Ravallo a um homem na recepção que gostaria de conversa
- Eu ainda não acabei...-Solta Ivan, solta. -Grito estapeando ele, mas ele insiste em me segurar com tanta força que chega a doer.Um baque na porta me faz virar a cabeça e um alívio enorme enche meu coração ao ver Layonel.-Hana? - Ele olha de mim para Ivan.Não dá nem um segundo e Layonel invade a sala como um furacão agarrando o terno de Ivan com as duas mãos.-Solta ela desgraçado. -Vocifera em pura raiva enquanto acerto o rosto de Ivan com um soco o que faz ele cambalear e praticamente cair sobre a mesa.A irá nos olhos de Ivan me preocupa e quando vejo Ivan parte para cima de Layonel entre socos.Layonel acerta outro soco na cara de Ivan e pragueja balançando a mão, mas Ivan não se dá por vencido e volta a atacar. Desesperada, pois sabia que aquilo não acabaria bem grito para chamarem os seguranças