Estou em transe enquanto pego a xícara e a levo aos lábios. Bem, isso é até o gosto atingir minha boca e eu acabar cuspindo o líquido.

“Isso é nojento. Como você consegue aguentar?” eu questiono, limpando a boca.

Pela primeira vez, ouço Gabriel rir. É uma risada profunda e sensual que faz coisas com meu corpo. Aquele tipo de risada que faz você esquecer seu nome. Sou a única que acha risadas atraentes?

Ele dá de ombros. “É algo que você adquire o gosto com o tempo. Não é para todo mundo.”

É como se eu tivesse perdido minha maldita voz, então, em vez disso, apenas aceno com a cabeça. Ainda estou presa ao fato de que Gabriel riu. Sua risada então se transforma em um sorriso genuíno e lindo. Um que eu nunca tinha visto antes. É cativante e parte de mim odeia o fato de que me cativou.

“Você está bem?” ele se aproxima. “Você parece maravilhada.”

“Você tem uma risada e um sorriso lindos.”

No momento em que essas palavras saem da minha boca, sinto vontade de me socar. Por que eu disse