"Não!" Eu digo a palavra abruptamente, chocando até a mim mesma com a ferocidade por trás dela.

Ele me encara com uma emoção sem nome. Em segundos, seu rosto está em branco, e uma certa frieza toma seu lugar.

Eu engulo em seco com a corrente perigosa que enche a sala. Este era o Gabriel com quem eu estava acostumada. O Gabriel que eu conheço. O homem duro que se torna perigoso quando não consegue o que quer.

"É mesmo? Você nem vai ouvir o que eu tenho a dizer? O que estou propondo?" Ele agora parece calmo, mas eu sei que é apenas uma fachada. Há uma fera muito perigosa por baixo do terno e da gravata.

Um tubarão que vai te despedaçar muito antes que você consiga descobrir o que diabos está acontecendo ou como você acabou nas garras dele.

"Não", repito. "Não quero fazer parte do que quer que você esteja tentando propor", respondo confiantemente.

Fazer um acordo com Gabriel é como fazer um acordo com o diabo, e quem em sã consciência iria querer fazer isso? Posso ser muitas coisas, mas e