- E então, Sr. Sergio? Está satisfeito com a medicina do Ademir?Gabriela ergueu o canto da boca, exibindo um toque de orgulho juvenil.Afinal, este era o homem por quem ela tinha se apaixonado.- Quem diria que uma simples pílula poderia ser tão milagrosa? - Sergio exclamou, seus olhos brilhando. - Irmão Ademir, qual é o nome dessa pílula? Pode me dar mais algumas? Estou disposto a pagar um preço alto por elas!- Essa pílula é chamada de Pílula do Corvo Dourado e é uma receita secreta. Devido aos ingredientes raros necessários, só tinha aquela. - Disse Ademir, calmamente.- Não importa, você pode vender a receita para mim? Sergio obviamente não desistiu.Sendo ele um farmacêutico magnata, ele estava muito ciente do valor daquela medicina.Se pudesse ser produzida em massa, seria uma fortuna inigualável!- Já disse que é uma receita secreta, naturalmente não posso vender. - Ademir falou, antes de mudar subitamente de tom. - Claro, se você encontrar as outras plantas medicinais que eu f
- Você está brincando, não está? Um VIP de alto nível realmente precisa de cinco milhões?! - Carlos parecia completamente perplexo.- Exatamente! Por que vocês não vão roubar? - Eduarda ficou um pouco enfurecida, a vergonha se transformava em raiva.Ainda bem que ela retirou o cartão rapidamente, caso contrário, teria estourado o limite.- Essas regras foram estabelecidas pelo nosso patrão. Se acharem caro, podem optar por algo mais modesto, como o VIP regular. - A atendente manteve uma expressão inalterada.- Quanto é o VIP regular, então? - Eduarda perguntou tentando sondar.- Um depósito de um milhão e você pode se tornar um VIP regular. - A atendente explicou.- Um milhão? Ainda é muito!Eduarda franziu a testa:- Nós só viemos aqui para jantar, não gastaremos tanto dinheiro. Não pode abrir uma exceção? No máximo, eu te dou uma gorjeta extra mais tarde!Se ela soubesse que o Hotel Topo de Nuvem era tão caro, nem teria escolhido este lugar.- Lamento, mas só atendemos VIPs. - A aten
- O quê? O patrão?! - Carlos ficou completamente atordoado, como se não conseguisse assimilar a situação.- Você está brincando, não está? Como é possível que este sujeito seja o patrão?! - Eduarda também estava com uma expressão de incredulidade.- Como não é possível? Quanto desdenho! Nunca vi alguém tão arrogante, se atrevendo a tomar o lugar do anfitrião! - O gerente estava com uma expressão nada amigável.Ele tinha visto claramente no camarote.O ex-patrão Sergio já havia transferido todo o Hotel Topo de Nuvem para Ademir.- Impossível! Este sujeito não tem nada, como ele conseguiu dinheiro para abrir um restaurante? - Carlos estava com o rosto cheio de choque.- De onde eu tirei o dinheiro, não é da sua conta. Você só precisa saber que o restaurante é meu agora. Portanto, só eu tenho o direito de expulsá-los. - Disse Ademir, calmamente.Ao ouvir isso, os rostos de Eduarda e Carlos ficaram feios imediatamente.Pareciam que tinham comido algo nojento.Eles queriam se gabar com seu
Naquele momento, na posição junto à janela do Hotel Topo de Nuvem, Eduarda e seu filho não paravam de reclamar.- Quem diria que aquele inútil do Ademir poderia ser patrão? Deus deve estar cego! - Carlos dizia, claramente indignado.- Não é nada mais do que um rostinho bonito que vive às custas de uma mulher! Se não fosse pela Srta. Gabriela, onde ele estaria hoje? - Eduarda desdenhou.- Exatamente! Assim que a novidade da Srta. Gabriela passar, ela vai chutar o Ademir. E então, vamos ver como ele se comporta! - Carlos falou, com inveja evidente em seu rosto.- Homens que sobem na vida às custas de mulheres não têm valor. Apenas jovens talentosos e eruditos como Gustavo são os verdadeiros gênios! - Eduarda começou a exaltar Gustavo e a menosprezar Ademir.- Falando nele, é uma pena. Se você não tivesse ido para o exterior, já seria meu cunhado! - Carlos falou, balançando a cabeça.- Sim, sim! Gustavo, você não sabe, mas desde que foi estudar no exterior, Beatriz ficou triste por muito
Beatriz olhou para trás e viu Ademir vindo em sua direção. Imediatamente, ela perguntou:- O que você quer dizer com isso?- A bebida foi batizada, se você beber, ficará à mercê de qualquer um. - Ademir alertou.- Batizada? - Beatriz franziu ligeiramente a testa e olhou para Gustavo.- Ademir, você está equivocado. - A expressão de Gustavo endureceu por um momento, mas logo voltou ao normal.- Você sabe muito bem se é um mal-entendido ou não. - Ademir respondeu friamente.- Beatriz, você acha que eu sou esse tipo de pessoa?Gustavo se virou, com uma expressão sincera.Beatriz olhou para a esquerda e para a direita, e finalmente perguntou:- Ademir, você tem alguma prova?- O gerente do restaurante viu com os próprios olhos. Ele pode testemunhar. - Disse Ademir.- Isso mesmo! Eu vi claramente, foi ele quem colocou algo na bebida! - O gerente apontou para Gustavo.- Todos sabem que vocês estão juntos, se vocês estiverem conspirando para me incriminar, eu não tenho como me defender. - Gus
Olhando para a expressão enfurecida de Beatriz, ouvindo aquelas palavras estridentes, Ademir ficou paralisado no lugar, sem palavras. O vinho derramado em seu rosto, escorrendo pelo queixo, caía gota a gota no chão, fazendo-o parecer um pouco desgrenhado. Ele pensou que o relacionamento entre eles havia suavizado, mas não esperava que fosse frágil como papel.- Então você acha que eu estou intencionalmente incriminando? - Ademir franziu a testa, com um olhar complexo. - Será que nos seus olhos, eu sou tão indigno de sua confiança?- Sim! - Beatriz respondeu sem hesitar. Mas logo se arrependeu. Apenas o seu costume de ser forte a impedia de baixar a guarda para explicar.- Muito bem, você finalmente falou o que pensa. - Ademir sorriu abatido, com o rosto cheio de desapontamento. - Parece que me intrometi demais. Não esperava que, depois de tantos anos, você ainda tivesse sentimentos remanescentes.- O que você está falando?! - Beatriz franziu a testa.- Eu disse algo errado? Antes você
Na manhã seguinte.Quando Ademir foi convidado a entrar na Mansão, encontrou, além de Gabriela, um homem corpulento de meia-idade. O homem musculoso, vestia uma roupa preta, com as mãos calejadas, claramente um treinado.- Sr. Ademir, sinto muito por incomodá-lo novamente.Gabriela se levantou para recebê-lo.- Somos amigos, não precisa ser tão formal; além disso, eles me chamaram pelo nome, eu não posso fugir. - Ademir disse com um sorriso leve.Depois que Luísa foi sequestrada no dia anterior, o pessoal de Thiago o chamou pelo nome.- Sr. Ademir, venha, deixe-me apresentá-lo, este é o Ítalo, o especialista de elite enviado pela sede da família Ribeiro. - Gabriela apontou para o homem de meia-idade.- Você é o Sr. Ítalo, é um prazer conhecer você. - Ademir acenou com a cabeça, com uma atitude nem humilde nem arrogante.- Você é o Ademir? - Ítalo olhou para ele de cima a baixo. – Fiquei sabendo que você matou Xavi e Yago, é verdade?- Suponho que sim. - Ademir assentiu.- Matou ou não
- Sr. Ítalo, quem te deu permissão para falar?Gabriela franziu a testa, parecendo um pouco insatisfeita.Ela ainda não havia falado, e Ítalo já havia concordado, era simplesmente uma falta de respeito à hierarquia!- Senhorita, não há do que se temer? Essas pessoas insignificantes, posso resolver facilmente sozinho. - Ítalo estava muito confiante.Ele não tinha percebido onde estava o seu erro.- E se a gente perder, já pensou nas consequências? - Gabriela perguntou, com os olhos semicerrados.- Está brincando? Como posso perder? Daqui a pouco, abram bem os olhos, e vejam minha apresentação! - Ítalo disse orgulhosamente.- Srta. Gabriela, agora você tem apenas duas opções: ou seguir as regras do mundo dos negócios, apostando todos os seus ativos; ou pagar metade dos ativos para resgatar sua irmã. - Thiago interveio oportunamente.- Posso concordar com você, mas primeiro você tem que libertar minha irmã. - Gabriela respondeu friamente.Embora soubesse que era uma armadilha, felizmente,